quinta-feira, 13 de março de 2014

PAULO PREGAVA OUSADAMENTE EM DAMASCO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 1 - QUINTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM capítulo 2: SENSÍVEIS AO GUIAR DO ESPÍRITO

Leitura bíblica: At 8:3; 9:4-5, 15-17; 2 Co 12:1-4; At 9:21-25

Ler com oração: Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprouve revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, sem detença, não consultei carne e sangue, nem subi a Jerusalém para os que já eram apóstolos antes de mim, mas parti para as regiões da Arábia e voltei, outra vez, para Damasco.(Gl 1:15-17)


PAULO PREGAVA OUSADAMENTE EM DAMASCO

O Novo Testamento tem vinte e sete livros, dos quais catorze são de autoria do apóstolo Paulo, incluindo a Epístola aos Hebreus. Dessa maneira, os escritos de Paulo ocupam mais da metade do conjunto de livros do Novo Testamento. É, portanto, inegável a importância do ministério de Paulo quanto à revelação das verdades. Depois de tantos séculos, hoje, somos os grandes beneficiários desse legado, ou seja, das verdades apresentadas em seus livros. Louvado seja o Senhor!

Saulo, instruído aos pés de Gamaliel

Paulo era chamado de Saulo (At 13:9), seu nome hebraico; nasceu em Tarso da Cilícia, foi criado em Jerusalém e instruído aos pés do mestre Gamaliel, segundo a exatidão da lei de seus antepassados, sendo zeloso para com Deus (22:3). Ele mesmo disse que quanto ao judaísmo se avantajava a muitos da sua idade, sendo extremamente zeloso das tradições de seus pais (Gl 1:14).
Saulo muitas vezes era radical em defender a tradição dos judeus. Quando Estêvão, cheio do Espírito testemunhava no Sinédrio, os judeus enfurecidos lançaram-no fora da cidade e o apedrejaram. Saulo, muito jovem, guardava as vestes dos que apedrejavam Estêvão (At 7:55-59) e consentia na sua morte (8:1).

Saulo assolava a igreja

Após a morte de Estêvão, levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém. Saulo assolava a igreja, entrando nas casas, e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere (At 8:3). Não satisfeito, Saulo, respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote e lhe pediu cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, caso achasse alguns que eram do Caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para Jerusalém (9:1-2). Relatamos esses fatos, para chamar a atenção sobre o extremo zelo e radicalismo excessivo de Saulo contra os seguidores de Jesus, para defender a tradição de seus pais, antes da sua conversão.

Sua conversão

Seguindo Saulo estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (At 9:4-5). Em Damasco Deus enviou Ananias para que recuperasse a visão de Saulo, e para dizer-lhe que era um instrumento escolhido do Senhor, para levar o Seu nome perante os gentios e reis (vs. 15-17).

A visão celestial

Depois disso, Saulo permaneceu em Damasco alguns dias com os discípulos (At 9:19). Todavia, o Senhor precisava equipá-lo com a verdade da nova dispensação; pois ele fora muito bem instruído aos pés do Gamaliel, segundo a exatidão da lei, da antiga dispensação. De Damasco foi para as regiões da Arábia para receber a revelação, conforme ele mesmo relata na Epístola aos Gálatas: “Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprouve revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, sem detença, não consultei carne e sangue, nem subi a Jerusalém para os que já eram apóstolos antes de mim, mas parti para as regiões da Arábia e voltei, outra vez, para Damasco” (1:15-17).
Para Deus revelar Seu Filho, isto é, toda a Sua economia neotestamentária, foi preciso levar Saulo até as regiões da Arábia. Na Segunda Epístola aos Coríntios, Paulo relata a sua experiência de como recebeu a revelação: “Se é necessário que me glorie, ainda que não convém, passarei às visões e revelações do Senhor. Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) e sei que o tal homem (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir” (12:1-4).

Quarenta dias e quarenta noites

Moisés subiu ao monte Sinai e ali permaneceu por quarenta dias e quarenta noites (Êx 24:18; 34:28) para receber de Deus todas as instruções sobre as leis, os dez mandamentos, o tabernáculo com seus utensílios, o serviço sacerdotal; em suma: o plano da administração de Deus na primeira aliança, isto é, a economia veterotestamentária de Deus. Semelhantemente, Paulo também deve ter permanecido pelo menos o mesmo período de tempo nas regiões da Arábia para receber a revelação completa do plano de Deus para a nova aliança, ou seja, a economia neotestamentária de Deus.
O Senhor Jesus havia revelado aos Seus doze apóstolos o mesmo plano de Deus, nos três anos e meio que passou com eles. Ele não os ensinou numa sala de aula, durante quarenta dias e quarenta noites; eles o receberam nas situações práticas do dia a dia em um período muito maior. Todavia, Paulo não teve essa oportunidade, pois ele mesmo disse que era um nascido fora de tempo (1 Co 15:8). Ele recebeu a revelação de uma só vez, semelhante a quem faz um curso intensivo, com grande carga de conhecimento teórico, e, a partir daí, precisa de muito tempo e maturidade para assimilar todo seu conteúdo.

Paulo pregava ousadamente em Damasco

De volta a Damasco, Paulo pregava nas sinagogas, afirmando que Jesus é o Filho de Deus, pois já estava equipado com as verdades que recebera na Arábia: “Ora, todos os que o ouviam estavam atônitos e diziam: Não é este o que exterminava em Jerusalém os que invocavam o nome de Jesus e para aqui veio precisamente com o fim de os levar amarrados aos principais sacerdotes? Saulo, porém, mais e mais se fortalecia e confundia os judeus que moravam em Damasco, demonstrando que Jesus é o Cristo” (At 9:21-22).
Decorridos muitos dias, os judeus deliberaram entre si tirar-lhe a vida. Mas os seus discípulos tomaram-no de noite e, colocando-o num cesto, desceram-no pela muralha (vs. 23-25). Devido a isso, Paulo teve de fugir para Jerusalém. Esse episódio nos mostra que em Damasco, Paulo tinha um grupo de seguidores, de discípulos. Ninguém deve ter discípulos, somente o Senhor Jesus.

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