sábado, 30 de novembro de 2013

O AMOR ÁGAPE

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - SÁBADO

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES

 Participantes da natureza divina (2 Pe 1:3-8)

Leitura bíblica:  Mt 5:43-44; 1 Co 8:1b; 1 Jo 4:8, 16

Ler com oração:  Por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor (2 Pe 1:5-7). Deus é amor (1 Jo 4:8). Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem (Mt 5:44).

O AMOR ÁGAPE

Ontem vimos sobre a grande verdade contida na Segunda Epístola de Pedro: Deus se fez homem para o homem ser como Deus em vida e natureza, sem a Deidade. Mas qual é a natureza de Deus? Deus é amor (1 Jo 4:8, 16), portanto a natureza de Deus é amor.
O apóstolo Pedro nos ajuda a compreender como Deus deseja trabalhar Sua natureza para dentro de nós: “Por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade” (2 Pe 1:5-6). Nosso ponto de partida é a fé. Associando a ela as demais virtudes, temos a piedade. Isso indica que Deus já começa a tomar forma em nós, pois passamos a nos parecer com Ele.
O trabalhar de Deus em nós ainda prossegue: “Com a piedade, a fraternidade” (v. 7a). “Fraternidade” em grego é filadélfia, que significa amor entre irmãos. Essa é a característica da igreja em Filadélfia (Ap 3:7-8): os irmãos se amam porque estão cheios da vida de Deus.
Para sermos como Deus em vida e natureza, entretanto, precisamos avançar um pouco mais. Por isso Pedro acrescenta: “Com a fraternidade, o amor” (v. 7b). Esse amor é o amor ágape, o amor de Deus. Esse é o nível mais alto de nosso crescimento de vida. Esse amor é impossível de se imitar.
O amor ágape é capaz de nos fazer amar nossos inimigos e orar por eles. Em Mateus 5:43 lemos: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo”. Até aqui não há muita dificuldade em praticar. Contudo o versículo 44 continua: “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem”. Neste ponto, o amor fraternal não é suficiente, pois seria o mesmo que amar quem é amável. Contudo, amar nossos inimigos e orar por eles, somente o amor ágape é capaz de fazer.
Para praticarmos o amor ágape, amando e orando por nossos inimigos, precisamos do caminho do Espírito e vida, do ministério do apóstolo João. Nesse ministério, o foco não é nos enchermos de conhecimento, pois ele nos ensoberbece (1 Co 8:1b). Antes, necessitamos da vida, pois ela faz com que nos tornemos filhos do Pai celeste (Mt 5:45a). Ou seja, somente os que têm a vida do Pai celeste conseguem praticar esse nível de amor.
O amor ágape excede todo entendimento. Somente o amor divino excede o “amar os que nos amam” e “saudardes somente os nossos irmãos”. Esse amor faz “chover sobre justos e injustos” (vs. 45b-47). O máximo que o lado bom de nossa alma pode tentar imitar é o amor fraternal. O amor ágape, porém, requer a vida e a natureza de Deus.
A parábola do joio e do trigo é uma boa ilustração acerca de como devemos lidar com os que nos perseguem (13:24-30). O Senhor nos recomenda não “arrancar” o joio semeado junto com o trigo. Pelo contrário, diz para “deixar crescer até a colheita”. O que determina que “joio” não é “trigo” é o crescimento de vida. O trigo, quando maduro, por causa de seus frutos, pende, encurva-se, indicando que, quanto mais crescemos em vida, mais humildes nos tornamos. O joio, entretanto, não é assim. Seu caule continua ereto, como se estivesse orgulhoso. Como trigo que cresce e frutifica, nossa comissão, hoje, é alimentar nossos conservos, os inúmeros filhos de Deus que estão em diversas congregações. Nosso coração precisa ser grande como o de Deus. Este é suficiente para acolher todos os Seus filhos, inclusive aqueles que nos perseguem.
Por fim, Pedro conclui, dizendo: “Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo” (2 Pe 1:8). Ser ativo e frutífero é o resultado de alguém que está na busca pelo crescimento de vida e da natureza de Deus.


Ponto-chave:  Amar nossos inimigos, orar pelos que nos perseguem e alimentar os nossos conservos.

Pergunta:  Que diferença há entre o amor fraternal e o amor ágape?

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