SEMANA 8 - TERÇA-FEIRA
SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO
MENSAGEM 16: A edificação do Corpo de Cristo no ministério de João (3 Jo 3-4)
Leitura bíblica: Gn 1:1; 2:7; Jo 1:2; 4:24; Rm 4:17; 1 Co 6:17
Ler com oração: O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo (1 Ts 5:23).
A CRIAÇÃO DO HOMEM DE MANEIRA ESPECIAL
Os anjos e toda criação de Deus foram formados pela Palavra de Deus, Aquele que chama a existência o que não existe (Gn 1:1; Jo 1:2; Rm 4:17b). Contudo Deus criou o homem de maneira muito diferente, já o preparando para o mundo que há de vir. Primeiro, ele foi criado de algo já existente, o pó da terra. Portanto o homem é terreno. Quando esse boneco de barro foi moldado, Deus lhe soprou nas narinas o fôlego da vida. Esse sopro de Deus tornou-se o espírito humano e o homem se tornou alma vivente (Gn 2:7). Desse modo o ser humano possui espírito, alma e corpo (1 Ts 5:23). Em Zacarias 12:1 lemos: “Fala o SENHOR, o que estendeu o céu, fundou a terra e formou o espírito do homem dentro dele”. Essa é a grande diferença entre o homem e todos os demais seres viventes criados por Deus, até mesmo os anjos. Embora os anjos sejam seres espirituais, eles não possuem o sopro de Deus. Por meio do espírito humano, o homem e Deus se comunicam. Isso é maravilhoso!
Hoje podemos ter contato com Deus, porque temos um espírito, e Deus é Espírito (Jo 4:24). Em nosso espírito humano estão a consciência, a comunhão e a intuição. A alma, por sua vez, é formada de mente, vontade e emoção. As três partes da alma, junto com a consciência, formam o coração (Hb 4:12; 10:22).
A consciência nos dá sensibilidade quanto à vontade de Deus, ao que é certo e errado, o que agrada ou não a Deus (Jo 8:9; Rm 2:15). Mas, se não a mantivermos pura, corremos o risco de cauterizá-la, como que ferida por um ferro quente; assim ela perde sua função (1 Tm 4:2). A consciência deve liderar toda a alma, mas a queda do homem foi tão profunda que a consciência humana perdeu essa liderança sobre a alma. Ainda assim, quando temos comunhão com Deus, ela pode ser fortalecida. Além disso, se mantivermos constante comunhão com Deus, aumentará a sensibilidade da intuição, que é o sentimento de Deus falando em nosso interior.
No momento em que fomos salvos, o Espírito de Deus entrou em nosso espírito e se mesclou com ele (Jo 3:6; Rm 8:16). Agora somos um espírito com o Senhor (1 Co 6:17). Isso também nos diferencia dos anjos: o Espírito Santo em nós permite a Deus fazer Sua vontade por meio de nós. Porém, para que mantenhamos comunhão constante com o Senhor, precisamos manter nosso espírito conectado com o Senhor. Podemos fazer isso invocando Seu nome: “Ó Senhor Jesus, ó Senhor Jesus!”. Isso mantém o nosso contato vivo com o Senhor.
Invocar o nome do Senhor traz impacto e ousadia no falar. Essa era a característica inicial da igreja em Jerusalém, e o que identificava os cristãos ali (At 9:14, 21). Mais tarde, quando houve uma grande perseguição por parte dos judeus, os discípulos foram dispersos (8:1). Contudo os que foram dispersos iam por toda parte pregando o reino e o nome do Senhor Jesus (v. 12). Alguns foram até a Fenícia, Chipre e Antioquia.
Graças ao Senhor, por Sua soberania, até mesmo essa perseguição foi útil para a propagação do evangelho e o surgimento das igrejas gentias! Hoje, mesmo em situações difíceis, devemos sempre invocar o nome do Senhor. Isso não apenas nos manterá em comunhão com Deus, como abrirá as portas do evangelho por onde passarmos.
Ponto-chave: Somos um só espírito com o Senhor.
Pergunta: De que modo podemos manter nossa consciência sensível e nossa intuição aguçada?
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