segunda-feira, 20 de maio de 2013

O ANDAR RESTRITO DE UM PRISIONEIRO


ALIMENTO DIÁRIO

SEMANA 2 - SEGUNDA-FEIRA

SÉRIE: A EDIFICAÇÃO DO CORPO DE CRISTO

MENSAGEM 10: Andar no amor, luz e espírito (Ef 5:1-2, 8, 18)

Leitura bíblica:  Ez 47:3-5; Mt 6:10; Jo 21:18; Ef 4:11-12

Ler com oração:  Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados (Ef 4:1).

O ANDAR RESTRITO DE UM PRISIONEIRO

O tema geral do nosso estudo nesta série do Alimento Diário é “A edificação do Corpo de Cristo”. Essa edificação é feita pelos santos que, por sua vez, são aperfeiçoados pelos servos do Senhor (Ef 4:11-12).
Um servo de Deus é aquele que tem uma comissão da parte de Deus. Por vezes, confundimos comissão com conhecimento doutrinário e eloquência. Um verdadeiro servo de Deus, um verdadeiro apóstolo, não necessariamente deve ser eloquente ou saber falar bem, mas quando fala, ainda que de maneira simples, muda a vida das pessoas, por causa de seu viver, experiência e testemunho. Seu falar não visa apenas aumentar o conhecimento dos ouvintes; antes, causa uma mudança em suas vidas, pois tem como conteúdo e substância a realidade e a vida que estão na Palavra de Deus.
Hoje, o Senhor nos tem mostrado dois itens importantes com relação ao nosso viver. O primeiro é que a vida da igreja não se resume à vida de reuniões, mas também inclui a vida familiar e social (trabalho, escola etc.). Não somos cristãos com tripla personalidade: uma na reunião da igreja, outra em casa e outra nos demais lugares. Não! Somos a mesma pessoa e vivemos a vida da igreja onde quer que estejamos. O segundo item são os cinco tipos de andar mostrados em Efésios: andar na graça, na verdade, no amor, na luz e no Espírito. Todos nós precisamos ter esse tipo de andar no viver diário.
Em Efésios 4:1-2, Paulo, o prisioneiro no Senhor, nos roga que andemos de modo digno de nosso chamamento, com humildade, mansidão, longanimidade, suportando-nos uns aos outros em amor. Ser prisioneiro quer dizer negar a si mesmo, a vida da alma, o que quer dizer que o eu natural já não tem liberdade. Isso nos faz lembrar o episódio do capítulo 21 do Evangelho de João. Ali, o Senhor disse a Pedro que, quando jovem, ele tinha plena liberdade de ir aonde bem queria (v. 18). Jesus não se referia à sua idade física, mas à sua maturidade espiritual. Alguém espiritualmente infantil não tem restrição nenhuma e faz coisas de maneira independente. Porém, quanto mais cresce na vida espiritual, menos liberdade há para a vida da alma (cf. Ez 47:3-5). Alguém maduro estende as mãos para que outro o conduza, ou seja, é algo voluntário. Ele já não quer viver de maneira livre; antes, procura submeter-se à vontade do Senhor. Nesse momento ele se torna prisioneiro do Senhor.
Depois de nos transmitir as visões e revelações elevadas nos três primeiros capítulos de Efésios, a partir do capítulo quatro Paulo começa a falar da prática, e esse é nosso problema. Todos nós gostamos de ouvir mensagens, mas, quanto a praticar a Palavra de Deus, temos dificuldade, pois encontramos um paredão à frente: a vida da alma. Não gostamos de ser restringidos; pelo contrário, nossa alma quer liberdade para fazer coisas que deseja. O Senhor, porém, nos chamou, e espera que nosso andar seja digno de Seu chamamento, um andar segundo a vida no reino. Por causa disso, devemos orar: “Senhor, venha Teu reino em minha vida, em minha família. Faça-se Tua vontade em minha casa, no meu quarto, no uso do computador, no meu trabalho ou no shopping” (cf. Mt 6:10). Se orarmos dessa maneira, com sinceridade, iremos pedir perdão ao Senhor por ainda termos um viver livre demais e pedir-Lhe que nos restrinja como Seus prisioneiros.


Ponto-chave:  Andar segundo o chamamento divino nos restringe.

Pergunta:  Em que aspectos você tem percebido a restrição do Senhor em seu andar?


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