sábado, 30 de novembro de 2013

ANDAR EM COORDENAÇÃO E SER ATIVO E FRUTÍFERO NA OBRA DO SENHOR

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - DOMINGO


 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
 Participantes da natureza divina (2 Pe 1:3-8)

Leitura bíblica: Jo 21:15-23; 2 Pe 1:8

Ler com oração:  Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres (Jo 21:18).

ANDAR EM COORDENAÇÃO E SER ATIVO E FRUTÍFERO NA OBRA DO SENHOR

Graças ao Senhor pelo ministério de João em sua maturidade. Esse ministério é Espírito e vida! Diferentemente dos demais servos de Deus, o ministério confiado a João é um ministério que permanecerá até a volta do Senhor (Jo 21:23).
Quando Pedro estava no mar de Tiberíades, pescando com mais seis discípulos, o Senhor lhe apareceu (vs. 1-2). Após comerem, o Senhor perguntou três vezes a Pedro se ele O amava (vs. 15-17). Em seguida, o Senhor acrescentou: “Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias” (v. 18a). A palavra moço, nesse versículo, significa infantil ou de pouca idade espiritual. Pedro ainda era imaturo, por isso cingia a si mesmo, era “dono de seu próprio nariz”, isto é, sua vida da alma ditava as regras.
O Senhor prosseguiu: “Quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres” (v. 18b). A palavra velho tem um sentido figurado e significa maduro ou crescido em vida. Nessa condição, Pedro passaria a ser cingido e não mais cingiria a si mesmo. Ele seria conduzido por outros. Essa é uma boa lição para nós que servimos na obra do Senhor, isto é, temos de aprender a não servir sozinhos. Os que servem sozinhos não querem dar satisfação a ninguém.
O melhor é servirmos em coordenação com outros. Na obra do Senhor, precisamos de companheiros espirituais. Esse companheiro nos leva para onde não queremos ir, de modo que passamos a ser comandados por outros, que nos levam, espiritualmente, para onde não queremos ir.
Como a vida da alma de Pedro, nessa altura, ainda não estava totalmente eliminada, vendo a João que os acompanhava, Pedro disse ao Senhor: “E quanto a este?” (Jo 21:21). O Senhor, porém, lhe respondeu: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me” (v. 22). Os demais discípulos, por causa disso, passaram a dizer que João não morreria. O próprio João explicou: “Ora, Jesus não dissera que tal discípulo não morreria, mas: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?” (v. 23). João lhes explicou que não se tratava da pessoa dele que não morreria, mas o seu ministério permaneceria até a volta do Senhor.
O ministério de João é o único que, mesmo depois de sua morte, não acabou, ainda estamos nele. Esse ministério nos leva para o espírito e para a vida. Esse ministério nos ajuda a crescer na vida e natureza de Deus e produz em nós o amor ágape.
Quando praticamos o ministério de João em sua maturidade, nos tornamos ativos e frutíferos (2 Pe 1:8). O BooKafé, o BooKafé nas garagens das casas, também conhecido como BooKafé caseiro, os lugares de oração, a colportagem e o CEAPE são boníssimas ferramentas que o Senhor, hoje, disponibilizou para Seus filhos serem ativos e frutuosos.
Se assim praticarmos, temos uma promessa maravilhosa: “Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (v. 11). Diante disso, vale a pena negar nossa vida da alma e viver a vida da igreja queimando em nosso espírito e praticando as ferramentas disponíveis, pois o Senhor nos promete ter uma entrada ampla em Seu reino. Aleluia!


Ponto-chave:  Aprender a não servir sozinho.

Pergunta:  Qual é a maneira de obtermos amplo acesso ao reino?


O AMOR ÁGAPE

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - SÁBADO

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES

 Participantes da natureza divina (2 Pe 1:3-8)

Leitura bíblica:  Mt 5:43-44; 1 Co 8:1b; 1 Jo 4:8, 16

Ler com oração:  Por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor (2 Pe 1:5-7). Deus é amor (1 Jo 4:8). Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem (Mt 5:44).

O AMOR ÁGAPE

Ontem vimos sobre a grande verdade contida na Segunda Epístola de Pedro: Deus se fez homem para o homem ser como Deus em vida e natureza, sem a Deidade. Mas qual é a natureza de Deus? Deus é amor (1 Jo 4:8, 16), portanto a natureza de Deus é amor.
O apóstolo Pedro nos ajuda a compreender como Deus deseja trabalhar Sua natureza para dentro de nós: “Por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade” (2 Pe 1:5-6). Nosso ponto de partida é a fé. Associando a ela as demais virtudes, temos a piedade. Isso indica que Deus já começa a tomar forma em nós, pois passamos a nos parecer com Ele.
O trabalhar de Deus em nós ainda prossegue: “Com a piedade, a fraternidade” (v. 7a). “Fraternidade” em grego é filadélfia, que significa amor entre irmãos. Essa é a característica da igreja em Filadélfia (Ap 3:7-8): os irmãos se amam porque estão cheios da vida de Deus.
Para sermos como Deus em vida e natureza, entretanto, precisamos avançar um pouco mais. Por isso Pedro acrescenta: “Com a fraternidade, o amor” (v. 7b). Esse amor é o amor ágape, o amor de Deus. Esse é o nível mais alto de nosso crescimento de vida. Esse amor é impossível de se imitar.
O amor ágape é capaz de nos fazer amar nossos inimigos e orar por eles. Em Mateus 5:43 lemos: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo”. Até aqui não há muita dificuldade em praticar. Contudo o versículo 44 continua: “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem”. Neste ponto, o amor fraternal não é suficiente, pois seria o mesmo que amar quem é amável. Contudo, amar nossos inimigos e orar por eles, somente o amor ágape é capaz de fazer.
Para praticarmos o amor ágape, amando e orando por nossos inimigos, precisamos do caminho do Espírito e vida, do ministério do apóstolo João. Nesse ministério, o foco não é nos enchermos de conhecimento, pois ele nos ensoberbece (1 Co 8:1b). Antes, necessitamos da vida, pois ela faz com que nos tornemos filhos do Pai celeste (Mt 5:45a). Ou seja, somente os que têm a vida do Pai celeste conseguem praticar esse nível de amor.
O amor ágape excede todo entendimento. Somente o amor divino excede o “amar os que nos amam” e “saudardes somente os nossos irmãos”. Esse amor faz “chover sobre justos e injustos” (vs. 45b-47). O máximo que o lado bom de nossa alma pode tentar imitar é o amor fraternal. O amor ágape, porém, requer a vida e a natureza de Deus.
A parábola do joio e do trigo é uma boa ilustração acerca de como devemos lidar com os que nos perseguem (13:24-30). O Senhor nos recomenda não “arrancar” o joio semeado junto com o trigo. Pelo contrário, diz para “deixar crescer até a colheita”. O que determina que “joio” não é “trigo” é o crescimento de vida. O trigo, quando maduro, por causa de seus frutos, pende, encurva-se, indicando que, quanto mais crescemos em vida, mais humildes nos tornamos. O joio, entretanto, não é assim. Seu caule continua ereto, como se estivesse orgulhoso. Como trigo que cresce e frutifica, nossa comissão, hoje, é alimentar nossos conservos, os inúmeros filhos de Deus que estão em diversas congregações. Nosso coração precisa ser grande como o de Deus. Este é suficiente para acolher todos os Seus filhos, inclusive aqueles que nos perseguem.
Por fim, Pedro conclui, dizendo: “Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo” (2 Pe 1:8). Ser ativo e frutífero é o resultado de alguém que está na busca pelo crescimento de vida e da natureza de Deus.


Ponto-chave:  Amar nossos inimigos, orar pelos que nos perseguem e alimentar os nossos conservos.

Pergunta:  Que diferença há entre o amor fraternal e o amor ágape?

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

VIVER PELA VIDA E NATUREZA DE DEUS

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - SEXTA-FEIRA


 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
 Participantes da natureza divina (2 Pe 1:3-8)

Leitura bíblica:  Sl 82:6; Jo 10:34; Gl 3:14; 2 Co 3:6; Hb 2:5

Ler com oração:  Pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co participantes da natureza divina, livrando- vos da corrupção das paixões que há no mundo (2 Pe 1:3-4).

VIVER PELA VIDA E NATUREZA DE DEUS

O Senhor Jesus é o grande modelo de alguém que só se apoiava no Pai. Em Mateus 8:18-20 lemos: “Vendo Jesus muita gente ao seu redor, ordenou que passassem para a outra margem. Então, aproximando-se dele um escriba, disse-lhe: Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores. Mas Jesus lhe respondeu: As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. Enquanto viveu na terra, o Senhor Jesus não se apegou nem a travesseiro, nem a uma cama para fazer parte do Seu ninho. Ele nunca buscou nada para se acomodar. Pelo contrário, o Senhor dependia constantemente do Pai, porque Ele não organizou nenhuma estrutura para se acomodar.
Nossa vida deve ser assim: “Isto, porém, vos digo, irmãos: o tempo se abrevia; o que resta é que não só os casados sejam como se o não fossem; mas também os que choram, como se não chorassem; e os que se alegram, como se não se alegrassem; e os que compram, como se nada possuíssem; e os que se utilizam do mundo, como se dele não usassem; porque a aparência deste mundo passa” (1 Co 7:29-31). Ainda que tenhamos tudo, até mesmo um bom local para as reuniões da igreja, onde tudo funciona muito bem, precisamos exercitar nosso espírito desesperadamente, para não nos acomodarmos, mas manter o fogo do espírito aceso.
Os ministros da nova aliança, não da letra, mas do Espírito (1 Co 3:6), devem ser os que negam a si mesmos, não dependem de nenhuma estrutura, de nenhum ninho, mas dão liberdade ao espírito. Ao perceber as coisas da vida da alma, queimam-nas com o fogo que está no espírito e crescem em vida. Dessa maneira, são preparados para reinar.
Esse caminho do Espírito e fogo nos foi revelado pelo apóstolo Pedro. Ele o experimentou, foi transformado e aprendeu a lidar com seu ego. Já amadurecido, ele pôde escrever sua segunda epístola. Nela, vemos uma grande verdade: Deus se fez homem para o homem ser como Deus em vida e natureza, mas sem a Deidade, isto é, não para ser adorado. Embora essa verdade possa nos chocar, é um fato que está na Bíblia (Sl 82:6; Jo 10:34; 1 Jo 3:2).
Deus enviou Seu Filho em forma de um homem, o qual viveu aqui na terra uma vida perfeita (Jo 1:1, 14). Na ressurreição, esse Homem, Jesus, foi designado Filho de Deus (At 13:33; Rm 1:4; Hb 1:5; 5:5). Aquele que antes era apenas o Filho unigênito de Deus (Jo 1:14; 3:16), tornou-se o primogênito de Deus (Rm 8:29; Cl 1:15).
Jesus, em Sua ressurreição, foi o primeiro homem a se tornar um Filho de Deus. Por isso podemos dizer que hoje há um Homem na glória (Mc 16:19; At 2:33). Como o primogênito de Deus, o Senhor Jesus abriu a porta para levar Seus muitos filhos à glória (2 Co 3:18; Hb 2:10). E esse processo acontece por meio das coisas que conduzem à vida e à piedade, as quais nos foram doadas (2 Pe 1:3a). Deus Pai é a fonte da vida, pois é quem dá vida (At 17:24-25). Piedade quer dizer parecer-se com Deus. Ele nos deu tudo para que cresçamos em Sua vida e piedade. Vivendo Sua vida expressamos Sua natureza.
Prosseguindo na segunda parte do versículo 3 de 2 Pedro, lemos: “Pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude”. Sem dúvida, o Senhor Jesus é aquele que nos chama para Sua própria glória e virtude! Ele veio a ser Homem e alcançou glória. Em Seu conhecimento completo, Ele viveu uma vida humana sem defeitos, fazendo a vontade de Deus com Suas virtudes.
No versículo 4 continua: “Pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo”. As preciosas e mui grandes promessas estão relacionadas ao Espírito prometido (Gl 3:14). Por meio Dele, Deus nos dá toda a Sua natureza. Deus nos deu tudo. Essa é a maneira de nos livrarmos das paixões e das corrupções que há no mundo. À medida que recebemos Sua natureza, essas coisas perdem seu lugar em nós.
A finalidade de sermos como Deus em vida e natureza, mas sem a Deidade, é ser reis com Cristo no mundo que há de vir (Hb 2:5-8). O salmista disse: “Que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste” (Sl 8:4-5). A terra, comparada ao universo, é um cisco. Logo, o homem, comparado ao universo, é menos que nada. Mas Deus a esse homem quer doar todas as coisas que conduzem à vida e a piedade, para fazer dele rei e com Ele reinar sobre a terra. Isso é muito grandioso!


Ponto-chave:  Viver pela vida e natureza de Deus.

Pergunta:  Qual é o propósito de recebermos a natureza divina em nosso interior?

O “NINHO” DA VIDA DA ALMA DE JÓ

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - QUINTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
 Participantes da natureza divina (2 Pe 1:3-8)

Leitura bíblica:  Jó 29:1-18; 40:15; 41:1; 42:1-6
Ler com oração:  Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza (Jó 42:5-6).

O “NINHO” DA VIDA DA ALMA DE JÓ

Ontem vimos que a parte exterior do “ninho” de Jó fora tocada. Hoje, porém, veremos a parte interior dele. Essa parte diz respeito à sua vida da alma.
Os três amigos de Jó por sete dias nada falaram, pois era possível perceber quão grande era seu sofrimento (Jó 2:13). Nos primeiros dias o olhar deles era de condolência e misericórdia. Conforme os dias iam passando, porém, o olhar se tornou de juízo, de reprovação. Então passaram a falar e a discutir. Entre os capítulos 4 e 31 temos o registro dessa troca de palavras, sendo que, de um lado, os amigos de Jó o acusavam e, de outro lado, ele se defendia, justificando-se.
No capítulo 29, porém, há importantes porções que merecem nossa atenção. Leiamos o versículo 18: “Eu dizia: no meu ninho expirarei, multiplicarei os meus dias como a areia”. Jó havia preparado um ninho confortável para si mesmo, para seu ego. Quando, porém, isso foi tocado, principalmente no que se refere à sua integridade, Jó ficou extremamente aborrecido com Deus. Para justificar a si mesmo, chegou a insinuar que Deus fora injusto com ele.
Entre os versículos 1 e 18, Jó descreve como era o seu ninho. Ele dizia que, quando contava com a bênção de Deus, tudo lhe ia bem, a ponto de lavar os pés no leite e da rocha lhe correrem ribeiros de azeite (vs. 1-6). Jó também contava com o respeito dos mais novos e dos mais velhos (vs. 7-10) e tinha uma boa reputação em meio a sociedade. Esse ninho, contudo, só lhe regalou a alma. Trouxe-lhe altivez e orgulho.
Jó se considerava tão justo, que se achava capaz de julgar com equidade a causa dos outros (vs. 11-17). Os pobres, órfãos, viúvas e necessitados, além de serem assistidos por ele, também o louvavam e o engrandeciam pela ajuda que dele recebiam. Tudo isso se tornou a estrutura montada por ele, e esse ninho servia somente para o crescimento de sua vida da alma, de seu ego.
No fim, Deus apareceu para Jó e lhe disse: “Quem é este que escurece os meus desígnios com palavras sem conhecimento?” (38:2). Em outras palavras, era como se Deus dissesse: “Quem é esse que sem entendimento Me condena para se justificar?”.
Passando Deus a falar, expôs o orgulho de Jó ao compará-lo a dois grandes animais – o “beemote” e o “leviatã” (40:15–41). A Tradução Revista e Atualizada traz os nomes “hipopótamo” e “crocodilo” para “beemote” e “leviatã”, respectivamente. O primeiro, o hipopótamo, dentro da água, parece ser um animal dócil e de fácil contato. Na África, contudo, é o animal que mais mata, e também há inúmeros casos de derrubada de embarcações. Esses animais são assim: quando quietos, parecem dóceis, mas, quando provocados, ninguém os pode segurar! Assim é nossa vida da alma. O lado bom dela parece ser apreciável, muito parecido com as coisas de Deus; porém, quando exposta, é, na verdade, um verdadeiro monstro!
Quando Jó enxergou sua condição a partir das palavras de Deus, ele percebeu que o que mais apreciava era um grande adversário para Deus. Dessa maneira, Jó se abominou e se arrependeu profundamente (42:5-6).
Por isso é tão importante permitir que o Senhor mexa em nosso ninho. Quando isso ocorre, temos a chance de exercitar nosso espírito, para que o fogo que está nele subjugue não só o lado mau, como o lado bom de nossa vida da alma. Essa palavra é para nós hoje. Não nos apeguemos à nossa estrutura. Não tenhamos um viver leviano nas áreas de nossa vida. Hoje é o tempo de exercitarmos nosso espírito desesperadamente, a todo tempo. Pois os verdadeiros filhos de Deus são aqueles que são guiados pelo Espírito (Rm 8:14).


Ponto-chave:  Ver Deus e se arrepender.

Pergunta:  Qual tem sido sua reação quando seu “ninho” é mexido? Você culpa outros para se justificar?

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

NÃO SE APOIAR EM NADA QUE NÃO SEJA DEUS

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - QUARTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
Participantes da natureza divina (2 Pe 1:3-8)

Leitura bíblica:  Jó 1:1-5, 13-22; 2:3-10; Jo 3:8

Ler com oração:  Não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida. Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e sim no Deus que ressuscita os mortos (2 Co 1:8-9).

NÃO SE APOIAR EM NADA QUE NÃO SEJA DEUS

O aperfeiçoamento que o Senhor proporciona a Seus filhos consiste em levá-los a depender do Espírito (Jo 3:8). Mas muitos de nós, infelizmente, ao longo da vida, dependemos das estruturas que criamos para as várias áreas da vida, como a financeira, a profissional, a humana e, inclusive, a espiritual. Qualquer estrutura pode nos levar ao comodismo, pois, em tudo que já sabemos exatamente como e o que fazer, não precisamos depender do Espírito.
Essas estruturas são como um ninho no qual ficamos acomodados. Uma vez montado esse “ninho”, não há desespero em nós. Por isso o aperfeiçoamento da maneira como foi descrito ontem produz um desconforto em nós, pois saímos da nossa zona de conforto e, por não saber o que vai acontecer nem o que fazer diante de tantas situações novas, passamos a depender unicamente do Senhor. Para que o coração das pessoas amoleça enquanto pregamos a Palavra, precisamos de muita oração ao Senhor e sensibilidade. Nesse sentido, é tão essencial exercitar nosso espírito para saber o que o Espírito deseja fazer.
Um exemplo de alguém que teve o “ninho” mexido foi Jó. Vejamos a estrutura que Jó possuía: “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal [...]. Decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim o fazia Jó continuamente” (Jó 1:1, 5). A primeira parte da estrutura do “ninho” de Jó era estar de bem com Deus. A vida da alma tem como base de sua estrutura o estar de bem com Deus para que tudo vá bem. Esse é o fundamento do “ninho”.
Prosseguindo nos versículos 2 e 4 lemos: “Nasceram-lhe sete filhos e três filhas [...]. Seus filhos iam às casas uns dos outros e faziam banquetes, cada um por sua vez, e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles”. A segunda parte da estrutura de Jó eram os filhos, a família. Entre eles havia muita harmonia e, para que Deus não ficasse zangado com seus filhos, Jó os santificava e sacrificava por eles.
Porém, para manter sua família, Jó necessitava de bens e dinheiro. Essa era a terceira parte da estrutura do “ninho” de Jó, conforme lemos: “Possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; era também mui numeroso o pessoal ao seu serviço, de maneira que este homem era o maior de todos os do Oriente” (v. 3). O homem se desespera pela busca ao dinheiro para trazer tranquilidade para sua alma. Nos dias de hoje, essa tranquilidade se estende não somente aos filhos, como aos netos e, até mesmo, aos bisnetos. Esse “ninho” tem de fornecer segurança financeira, alcançando, por fim, a aposentadoria garantida.
Dessa forma, estar de bem com Deus, ter uma harmônica família e possuir bens eram os componentes da estrutura do “ninho” de Jó. Deus, entretanto, permitiu que seu “ninho” fosse mexido. Em um só dia, Jó perdeu tudo o que possuía (vs. 13-22). Só não perdeu sua integridade para com Deus (2:3). Depois de ter seu “ninho” mexido, o Senhor permitiu que Satanás tocasse no corpo de Jó, poupando-lhe, entretanto, a vida (vs. 4-8). Jó se coçava da cabeça aos pés e, ainda assim, não perdeu sua integridade. Sua mulher, porém, ao vê-lo naquela condição disse-lhe: “Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre” (v. 9). Isso, contudo, não perturbou Jó, que se manteve firme (v. 10).
O alvo do aperfeiçoamento de Deus não é o sofrimento. O que Ele quer nos mostrar com o exemplo de Jó é que não podemos nos apoiar no nosso “ninho” que criamos para servi-Lo. Ter seu “ninho” desestruturado foi a maneira que Deus usou para levá-lo a conhecer de fato ao Senhor e a si mesmo.


Ponto-chave:  Não confiar em nada além do Senhor a fim de avançarmos em nossa experiência espiritual.

Pergunta:  Em quais estruturas humanas o homem costuma se apoiar a ponto de não mais confiar em Deus?

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

MANTER ACESO O FOGO DO ESPÍRITO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - TERÇA-FEIRA

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
Participantes da natureza divina (2 Pe 1:3-8)

Leitura bíblica:  Mt 16:24-25; Lc 12:49

Ler com oração:  Não apagueis o Espírito (1 Ts 5:19). Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos (2 Tm 1:6).

MANTER ACESO O FOGO DO ESPÍRITO

Conforme vimos ontem, há fogo no espírito e ele é responsável por purificar-nos das impurezas de nossa alma. Essa “queima”, contudo, só acontece quando somos iluminados pelo Senhor, nos arrependemos e nos voltamos a Ele confessando nossas limitações e pecados.
Graças ao Senhor que em nosso dia a dia, nas situações corriqueiras, temos a oportunidade de ser iluminados pelo Senhor. No trato de uns para com outros, como na lida conjugal, relacionamento entre irmãos, ou mesmo no contato com conhecidos e desconhecidos, o Espírito traz-nos luz. Não precisamos esperar uma reunião da igreja para que isso ocorra, a qualquer hora e em qualquer lugar podemos experimentar esse queimar interior do espírito. Mesmo os que ministram a Palavra de Deus devem também vigiar para não serem surpreendidos usando o lado bom da vida da alma para falar aos irmãos. Se queremos seguir o Senhor, precisamos nos negar, e, se isso ocorrer voluntariamente, haverá maior eficácia do que fazê-lo forçado por circunstâncias (Mt 16:24).
Uma das maneiras de mantermos o fogo do espírito sempre acesso é ser aperfeiçoado no CEAPE (Centro de Aperfeiçoamento para Propagação do Evangelho). Os irmãos mais velhos, como os cooperadores na obra, foram encorajados a passar um tempo no CEAPE para serem aperfeiçoados, a fim de ter a mente renovada em vários aspectos, pois a velhice espiritual traz consigo muitos conceitos que nos fazem resistir à novidade de vida que o Senhor nos tem apresentado. Nosso muito falar precisa dar lugar à prática da Palavra, e, para isso, nada melhor do que sairmos de nosso habitat natural.
Alguns cooperadores da obra se submeteram à rotina do CEAPE, que preza pela comunhão matinal com o Senhor, incluindo oração individual ao despertar, leitura da Bíblia e do Alimento Diário. Eles também seguiram com afinco os horários e cumpriram as tarefas diárias de cultivo da horta; cuidado e limpeza do banheiro, do galinheiro, do chiqueiro e canil; além da colportagem. Eles também tiveram de depender muito do Espírito nos momentos de abordar pessoas nos semáforos da cidade e ir de porta em porta. Não foram poucas as equipes que, por falta de sucesso, ajoelharam-se nas calçadas para orar com desespero ao Senhor. Essa prática, entretanto, os ajudou a desfrutar da comunhão com o Senhor, receber Seu rico suprimento e depois orar com as pessoas levando-as a crer no Senhor, invocar o Seu nome, além de semear o evangelho do reino com os livros espirituais. Desde o despertar até o dormir, não se tinha outra opção, senão depender do Senhor. E, por causa disso, não havia murmuração, mas louvor e gratidão!


Ponto-chave:  Ser aperfeiçoado no CEAPE para manter sempre aceso o fogo purificador do Espírito Santo.

Pergunta:  Como as coisas práticas podem nos ajudar a depender do Senhor?

domingo, 24 de novembro de 2013

O FOGO DO ESPÍRITO SANTO ELIMINA AS IMPUREZAS DA ALMA

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 2 - SEGUNDA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES

 Participantes da natureza divina (2 Pe 1:3-8)

Leitura bíblica:  Gn 2:17; Mt 16:21-23; 1 Co 1:10-11, 13-14; 1 Pe 1:5-7; 4:12

Ler com oração:  Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo (Mt 3:11).

O FOGO DO ESPÍRITO SANTO ELIMINA AS IMPUREZAS DA ALMA

Na semana anterior, vimos que o batismo com Espírito Santo e fogo é a “chave” para negarmos a nós mesmos, experiência fundamental na vida dos ministros da nova aliança, ministros do espírito (Mt 3:11). Tomando como exemplo a vida do apóstolo Pedro, podemos perceber que a vida da alma não é eliminada somente por meio de enfermidades e vários sofrimentos. É comum nos apegarmos mais ao Senhor durante as tribulações, no entanto, muitas vezes, quando elas cessam, notamos que o ego ainda está presente e forte. Em outras palavras, à medida que a pressão diminui, a vida da alma volta a manifestar-se.
A vida da alma, que tem sua origem na árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2:17), tem dois lados: o lado mau e o lado bom. O primeiro é facilmente detectável quando se manifesta. O lado bom, entretanto, confundimos com as coisas espirituais. As experiências de Pedro nos mostraram o quanto esse lado bom não ajuda a Deus no cumprimento de Seu propósito. Em Mateus 16:22 lemos: “E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá”. Ele expressou seu amor e sua bondade pelo Senhor. O Senhor Jesus, no entanto, respondeu-lhe: “Arreda, Satanás!” (v. 23a). Essa resposta, por mais dura que pareça, expõe verdadeiramente que a fonte de onde saíram as palavras de Pedro não era Deus.
O Senhor acrescentou: “Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens” (v. 23b). Nossos pensamentos, mesmo os melhores, podem estar apenas naquilo que é humano. Deus precisa de alguém que cogite sobre Suas coisas, e somente o homem que vive no espírito é capaz disso (1 Co 1:10-11, 13-14).
Por falta de discernimento e pelo fato de confundirmos as coisas espirituais com as coisas boas da alma, valorizamos e apreciamos nossas opiniões e pontos de vista, porém desconsideramos seu perigo. A habilidade natural de fazer a obra de Deus, a eloquência para pregar o evangelho, nossa habilidade de ajudar os necessitados são bons exemplos do que o lado bom de nossa vida da alma é capaz de fazer sem depender de Deus.
Durante o período em que o Senhor esteve com os discípulos, Pedro foi o mais exposto dentre eles em seu modo de ser: impulsivo, precipitado, violento e às vezes covarde. Mas em todas as ocasiões o Senhor lhe ensinou algo (Mt 17:4, 24-27; Jo 18:10, 27). Certamente, ele aprendeu muitas lições e, por vezes, sentiu-se envergonhado quando isso acontecia (Mc 14:72). Pedro deve ter usado esse aprendizado para ajudar Silas (Silvano) e Marcos, que serviam com ele na Babilônia (1 Pe 4:1-2; 5:12-13).
O apóstolo Pedro também falou sobre a importância das provações para eliminar as impurezas de nossa alma quando escreveu: “Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” (1:6-7). A nossa fé é muito mais preciosa do que o ouro perecível e o seu valor será confirmado na vinda do Senhor com louvor, glória e honra. Por isso a nossa fé hoje está sendo provada como o ouro é provado pelo fogo. Sob alta temperatura o ouro é posto no cadinho e se liquidifica. Por ser pesado, o ouro decanta e desce, enquanto as impurezas, que são mais leves, sobem. Dessa forma, o ourives remove essas impurezas, deixando o ouro mais puro.
As provações que enfrentamos no dia a dia, muitas delas expondo nosso temperamento, egoísmo e outras manifestações de nosso ser natural, nos ajudam a reconhecer o quanto precisamos nos arrepender e negar a nós mesmos. Quando praticamos isso, o fogo que há no Espírito queima as impurezas em nós, que não agradam a Deus.
Por isso temos de exercitar nosso espírito, para mantê-lo sempre em alta temperatura, isto é, mantê-lo como uma “fornalha” sempre pronta. Dessa maneira o fogo do Espírito separará o que é de Deus e o que não é.


Ponto-chave:  Viver no espírito para cogitar das coisas de Deus.

Pergunta:  Como manter o espírito humano em estado de “fornalha ardente” para eliminar as impurezas da vida da alma?

PURIFICADOS PELO FOGO DO ESPÍRITO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 1 - DOMINGO

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
 Espírito e fogo (1 Pe 1:3-7; 4:12-13; Mt 3:11)

Leitura bíblica:  Mt 3:11; 17:24-27; 24:14; 28:19-20; 1 Pe 4:12-13; Ef 5:17-18

Ler com oração:  Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo (1 Pe 4:12).

PURIFICADOS PELO FOGO DO ESPÍRITO

Mesmo após ter tido a revelação de que deveria ouvir somente ao Senhor Jesus, Pedro ainda cedia à influência de sua vida da alma (Mt 16:5c; 17:24-27). Pedro aprendeu que a vida da alma não pode ser eliminada pelos sofrimentos exteriores, pois essas circunstâncias nos levam a buscar a Deus apenas temporariamente. Uma vez cessada a dificuldade, temos uma forte tendência de voltar a estar sob o ego e suas inclinações. Para negarmos a vida da alma efetivamente, precisamos de algo muito mais poderoso do que o sofrimento; necessitamos nos arrepender cabalmente todas as vezes que o fogo do Espírito nos queimar interiormente a fim de eliminar nossas impurezas (Mt 3:11; 1 Pe 4:12-13). Como Pedro experimentou o queimar do fogo do Espírito, ele pôde atestar que o batismo com Espírito Santo e com fogo é eficaz para nos libertar da influência da vida da alma.
Conforme a parábola do semeador em Mateus 13, o coração do homem muitas vezes se assemelha a um terreno cheio de espinhos (v. 7). É muito difícil exterminá-los, pois, ainda que sejam arrancados, se os deixarmos ali, voltam a crescer. Assim é a nossa vida da alma. Quando somos contristados pelo sofrimento, podemos lidar com ela temporariamente, tornando-nos humildes e mansos, mas logo depois ela volta a se manifestar. Para eliminar gradativamente a vida da alma, precisamos do Espírito Santo, pois com Ele há fogo. Quando invocamos o Senhor e somos fervorosos de espírito, o fogo que está no Espírito queima nossas impurezas. Não somente isso, mas o fogo do Espírito também extingue todas as coisas negativas, como os pecados, a carne e o mundo. Quando permitimos que o fogo do Espírito queime essas coisas, podemos desfrutar da harmonia em nosso lar, em nosso viver da igreja, em nossa vida social e profissional.
Também precisamos ser fervorosos de espírito quando nos dedicamos a propagar o evangelho do reino (Mt 24:14; 28:19-20; Ef 5:17-18). Essa é a comissão que o Senhor nos confiou, essa é a nossa causa, por isso devemos lhe dar especial importância. Quando deixamos de pregar o evangelho do reino, passamos a dar espaço à vida da alma, discutindo questões que não têm importância. Quando, porém, o evangelho do reino é nossa meta, não nos preocupamos com outra coisa, senão fazer a vontade do Senhor para trazer o Seu reino. Aleluia!


Ponto-chave: Queima Senhor, minhas impurezas!

Pergunta: Como a vida da alma de Pedro foi sendo eliminada gradualmente?

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

CHAMADOS PARA FORA DO MUNDO PARA SEGUIR O SENHOR

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 1 - SÁBADO

 Feliz e abençoado Sábado a todos Amigos e Irmãos. 
 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
 Espírito e fogo (1 Pe 1:3-7; 4:12-13; Mt 3:11)

Leitura bíblica: Mt 16:18-19, 24-25; Gl 5:16; Ef 5:14-15; Cl 3:5a

Ler com oração: Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me (Lc 9:23). Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, o Pai o honrará (Jo 12:26).

CHAMADOS PARA FORA DO MUNDO PARA SEGUIR O SENHOR

O Evangelho de Mateus registra a igreja sendo revelada pelo Senhor Jesus (16:18-19). Porém talvez muitos ainda não tenham compreendido o sentido completo dessa revelação. A igreja revelada nesse capítulo não é um local de reuniões, um templo ou um local fixo. Em verdade, o que o Senhor revela é a vida da igreja. A palavra usada por Mateus para “igreja”, no original grego, é ekklesía. Essa palavra não possui um sentido estático, de algo parado. Sua definição está associada com algo em movimento e dinâmico. Ekklesía é formada por dois radicais: ek, que quer dizer para fora, e klesía, do verbo kaleo, que significa chamar.
A sociedade grega constantemente entrava em conflito com outros povos. Quando alguma cidade grega estava sob ameaça estrangeira, os gregos costumavam emitir um alerta para convocar todos os moradores para o centro da cidade a fim de receberem orientações. Assim, todos eram chamados para fora de suas casas, e formava-se a ekklesía. Portanto o sentido dessa palavra é o ajuntamento daqueles que foram chamados para fora.
Semelhantemente, a igreja é composta por aqueles que foram chamados para fora da tradição, da velha vida e do mundo. A igreja é o viver dessas pessoas que rejeitam o mundo e suas paixões por amor ao Senhor. Por essa razão, depois de revelar a igreja, o Senhor prosseguiu ensinando o modo de praticarmos essa palavra, de vivermos a realidade da igreja, que é seguir o Senhor. Para isso, necessitamos negar a nós mesmos e tomar a cruz (Mt 16:24-25).
Sempre que nosso ego se manifestar, precisamos nos voltar ao espírito. Assim podemos lançar as impurezas de nossa alma no Seu fogo santificador, ou seja, tomamos a cruz a fim de eliminar o ego. O viver da igreja é a esfera onde fazemos morrer a vida da alma, para que a vida de Deus cresça em nós (Cl 3:5a). Mas isso não é tão simples na experiência!
Seis dias depois que Pedro recebeu uma exortação acerca da necessidade de negar a si mesmo, Jesus subiu a um alto monte e foi transfigurado diante dele, de Tiago e João. Nesse momento lhes apareceram Moisés e Elias, falando com o Senhor. “Então, disse Pedro a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; uma será tua, outra para Moisés, outra para Elias. Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi” (Mt 17:4-5). Aqui vemos mais uma vez a opinião de Pedro e como ele era precipitado. Embora Moisés e Elias fossem muito valorizados pela cultura judaica, Pedro não devia ter colocado Jesus na mesma posição deles. Além disso, ainda que sua intenção fosse boa, ele foi interrompido pelo Pai que disse: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi” (v. 5b).

Ponto-chave: A igreja é a esfera onde fazemos morrer a vida da alma.

Pergunta: Qual é o sentido prático da igreja revelado em Mateus 16?

A PLENA SALVAÇÃO DE DEUS

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 1 - SEXTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
 Espírito e fogo (1 Pe 1:3-7; 4:12-13; Mt 3:11)

Leitura bíblica: 1 Pe 1:6-9

Ler com oração: Todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito (2 Co 3:18).

A PLENA SALVAÇÃO DE DEUS

Em 1 Pedro 1:5 lemos: “Sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo”. Isso se refere à plena salvação de Deus. Nosso espírito foi salvo e regenerado mediante a obra redentora de Cristo. Nosso corpo mortal será salvo e transfigurado no dia em que o Senhor retornar (1 Co 15:52; Fp 3:20-21). Hoje, entretanto, somos responsáveis pela salvação de nossa alma.
A salvação da alma depende de cada um de nós (Mt 16:25-26). Para que isso ocorra, é necessário que neguemos a nós mesmos para que sejamos transformados por meio do Espírito e da vida que está em nós. O problema é que na alma está o ego, que quer ser independente de Deus e deseja buscar seus próprios interesses. Por essa razão a experiência de Pedro é tão significativa para nós, pois ele aprendeu a lidar com sua vida da alma e por fim foi transformado.
Em Mateus 16:24-25 lemos: “Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á”. Esse é o caminho para salvarmos nossa alma.
Pedro, então, nos diz: “Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo; a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória, obtendo o fim da vossa fé: a salvação da vossa alma” (1 Pe 1:6-9). Logo, a salvação da alma ocorre na medida em que o valor de nossa fé cresce por meio de várias provações.
Pedro compara esse processo ao método de purificação do ouro pelo fogo (v. 7). Esse fogo é o fogo santificador do Espírito, descrito em Mateus 3:11. Uma vez que nos voltemos ao espírito, nossa alma pode ser purificada pelo fogo do Espírito que está nele. Assim como o ouro fica mais puro quando submetido a maiores temperaturas, nossa alma é purificada quando a submetemos ao fogo santificador do Espírito. Por meio dessa ilustração podemos entender qual é a melhor maneira de remover as impurezas da alma. Quanto menos impureza, maior o valor da nossa fé, e esse valor é mais precioso que o ouro. Desse modo, quando o Senhor retornar, receberemos louvor, glória e honra.


Ponto-chave: Exultar nas provações.

Pergunta: De que modo nossa alma pode ser purificada de suas impurezas?

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

TER A VIDA DE DEUS, NEGAR A NÓS MESMOS E PREGAR O EVANGELHO DO REINO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 1 - QUINTA-FEIRA

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
 Espírito e fogo (1 Pe 1:3-7; 4:12-13; Mt 3:11)

Leitura bíblica: Rm 10:13; 1 Co 1:2; 12:3b; 1 Pe 1:4

Ler com oração: Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém! (Ef 3:20-21).

TER A VIDA DE DEUS, NEGAR A NÓS MESMOS E PREGAR O EVANGELHO DO REINO

Ontem vimos que nossa esperança é reinar com o Senhor. Uma vez que cremos, precisamos estar envolvidos com tudo que esteja relacionado com o propósito de apressar a vinda do Senhor. Assim, com um espírito exercitado, podemos nos tornar vasos úteis em Sua mãos.
Em primeiro lugar, recebemos Sua vida em nós, mediante a regeneração, que nos capacita a servi-Lo. Em segundo, Ele nos deu a igreja, onde podemos ser aperfeiçoados e aprender a negar a nós mesmos para crescermos na vida divina. Quando estamos junto dos irmãos e servimos uns aos outros, temos inúmeras oportunidades para negar a nós mesmos. Durante esse processo nossas falhas são expostas diversas vezes, o que nos leva a nos arrepender e ser corrigidos pelo Senhor. Dessa maneira, nos tornamos aptos para receber a herança incorruptível, sem mácula, que está reservada para cada um de nós (1 Pe 1:4).
Em terceiro lugar, o Senhor nos concede ferramentas úteis para o cumprimento de Seu plano, que é pregar o evangelho do reino em toda a terra habitada. O Senhor quer encher toda a terra com Sua vida, com Seu Espírito. Atualmente o que o Senhor tem nos falado é que precisamos ter vários lugares de oração espalhados por toda a terra e ainda divulgar pela colportagem os livros espirituais. Pelas unidades BooKafé (livrarias e cafeterias/lanchonetes com um ambiente agradável para leitura e oração) e pelas tendas de oração (tenda ou estande montado em lugares movimentados com o propósito de criar um ambiente de oração e comunhão com as pessoas), muitos têm sido alcançados nos mais variados lugares e em diversas partes do mundo.
Além de alcançar inúmeras pessoas com o evangelho do reino, pela misericórdia do Senhor também muitos irmãos têm sido aperfeiçoados por meio dessas ferramentas. Todavia o mais importante é andarmos e vivermos no espírito. Uma vez que façamos isso, seremos guardados de nos desviar do propósito divino e, mesmo que passemos por tribulações, não seremos abalados. O modo mais prático e eficaz de permanecermos no espírito é invocar o nome do Senhor. Essa é a verdade mais eficaz que o Senhor nos concedeu por meio de Sua Palavra, pois pelo invocar podemos experimentar tudo que Deus é, tem e realizou (Rm 10:13; 1 Co 12:3b).

 Colportagem: anunciar o evangelho por meio de livros espirituais que ajudam as pessoas a entender melhor a Bíblia e a aplicá-la em suas vidas a fim de cumprir a vontade de Deus.


Ponto-chave: O mais importante é andar e viver no espírito.

Pergunta: De que modo prático podemos apressar a volta do Senhor?

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

REGENERADOS PARA UMA VIVA ESPERANÇA

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 1 - QUARTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
 Espírito e fogo (1 Pe 1:3-7; 4:12-13; Mt 3:11)

Leitura bíblica: Mt 16:22-23; Mc 14:29-30, 72; 1 Pe 5:10

Ler com oração: Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo (1 Pe 1:3-5).

REGENERADOS PARA UMA VIVA ESPERANÇA

Além das verdades neotestamentárias reveladas nos escritos de Paulo, outra linha ministerial do Novo Testamento é composta pelas verdades reveladas pelos doze apóstolos. Seus ensinamentos e escritos foram baseados nas lições que receberam diretamente do Senhor Jesus, durante os três anos e meio de Seu ministério terreno. Os escritos de Pedro e João representam essa linha ministerial.
Nesta semana destacaremos a porção de Pedro nesse ministério. Graças ao Senhor, ao considerarmos a experiência dele, podemos nos identificar. Apesar de amar muito ao Senhor, diversas vezes ele foi exposto em suas falhas (Mt 16:22-23; Mc 14:29-30, 72). No início de seu serviço, Pedro ainda era muito imaturo, agindo segundo seu entendimento natural. Por essa razão, ele é como um espelho para nós, pois muitas vezes também cometemos muitos erros.
O Senhor, porém, não desiste de nós e insiste em nos fazer participar de Seu reino. Por isso, por meio de Sua Palavra, Ele nos exorta e nos encoraja a perseverar e não desanimar. É nesse sentido que em 1 Pedro 5:10 lemos: “Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar”.
Em 1 Pedro 1:3a lemos: “Bendito o Deus e Pai, de nosso Senhor Jesus Cristo”. Aqui vemos quão íntima é a nossa relação com Deus, pois somos Seus filhos. Ele não é apenas nosso Deus, como também é nosso amoroso e amado Pai, e temos um vínculo de vida com Ele. Pedro, então, continua: “Segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (v. 3b). Segundo sua experiência, ele percebeu que o Senhor teve muita misericórdia dele.
Essa misericórdia também nos alcançou. O simples fato de termos hoje a oportunidade de nos voltar a Ele e ouvir Sua Palavra, de nos arrepender e nos encher com Sua vida, de praticar Sua vontade e de poder participar de Seu reino é uma grande prova de Sua infinita misericórdia e bondade.
Nesse mesmo versículo Pedro também falou acerca de nossa regeneração, isto é, de nosso novo nascimento, o qual possui um propósito específico dentro do plano eterno de Deus. Não fomos regenerados para vivermos uma vida melhor e mais próspera ou para nos tornarmos pessoas melhores. A Palavra nos diz que nascemos de novo para uma viva esperança. Isso está relacionado com a volta do Senhor Jesus, quando, por fim, estabelecerá Seu reino na terra. Essa é nossa esperança, a manifestação do reino dos céus, ocasião em que receberemos a herança e reinaremos com o Senhor.


Ponto-chave: Nossa esperança é herdar e reinar com Senhor.

Pergunta: Qual é o propósito de nossa regeneração?

terça-feira, 19 de novembro de 2013

PRATICAR O QUE APRENDEMOS

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 1 - TERÇA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
 Espírito e fogo (1 Pe 1:3-7; 4:12-13; Mt 3:11)

Leitura bíblica:  2 Co 12:2-4; Ef 5:18-21; 1 Tm 1:3-4; 2 Tm 4:7; 2 Pe 3:16

Ler com oração:  O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco (Fp 4:9).

PRATICAR O QUE APRENDEMOS

Todas as verdades reveladas no Novo Testamento perfazem a economia neotestamentária de Deus, cujo conteúdo é a Fé. O Senhor deseja dispensar a Fé objetiva, contida em Sua Palavra, para dentro de nós, a fim de que ela se torne subjetiva, isto é, nossa experiência. Como resultado, as nossas atitudes serão transformadas e expressarão o conteúdo de Sua Palavra.
Grande parte dessas verdades foi revelada por Deus ao apóstolo Paulo, quando foi arrebatado ao terceiro céu, ao paraíso de Deus (2 Co 12:2-4). Nessa ocasião, Deus lhe revelou Seu plano eterno, Sua economia neotestamentária. Desse modo, equipou-o com as verdades espirituais e o enviou a fim de que transmitisse tais revelações para que todas as pessoas pudessem conhecê-las e, principalmente, praticá-las (Fp 4:9).
Paulo não esteve junto ao Senhor em Seu ministério terreno, portanto não recebeu nenhuma orientação ou ensinamento diretamente Dele. Ele era um fariseu e, por sua formação, conhecia apenas a economia veterotestamentária. Desse modo, após sua conversão, Deus o arrebatou ao terceiro céu e lhe falou palavras inefáveis que nortearam seu ministério.
Ao final de sua vida, ao testemunhar acerca de si mesmo, ele afirma ter completado sua carreira (2 Tm 4:7). Toda a revelação que recebera da parte de Deus ele registrou em suas epístolas. Devido ao seu conteúdo elevado e difícil de entender, muitos que se dedicaram a estudá-las foram enredados pelo conhecimento doutrinário, passando a analisar e deturpar seu conteúdo (2 Pe 3:16). Eles não se voltavam ao Espírito para receber revelação na Palavra, tampouco a praticavam.
Um exemplo dessa situação é identificado na igreja em Éfeso, onde a mera análise das verdades provocou o surgimento de outras doutrinas que promoviam discussões em vez do serviço de Deus na fé (1 Tm 1:3-4). Apesar de Paulo ter sido inspirado pelo Espírito para escrever suas epístolas, os efésios não exercitavam o espírito ao ler aquelas palavras. Eles permaneciam na esfera da mente, analisando, discutindo e debatendo. Até hoje é muito comum vermos esse comportamento, mesmo entre os filhos de Deus, em que as pessoas se ocupam com o estudo da Palavra sem, contudo, se voltar ao Senhor para receber vida e praticá-la.
A nossa atitude para com as verdades deve mudar. Devemos estudar as epístolas de Paulo no espírito, pois nele recebemos Espírito e vida. Dessa maneira, ao lermos a Palavra, a Fé será infundida em nós, levando-nos a praticar a vontade de Deus.


Ponto-chave: Ler a Palavra de Deus a fim de praticar Sua vontade.

Pergunta: Qual tem sido sua atitude com relação às verdades?

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

DESPOJAR-NOS DO VELHO HOMEM E REVESTIR-NOS DE CRISTO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 1 - SEGUNDA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
 Espírito e fogo (1 Pe 1:3-7; 4:12-13; Mt 3:11)

Leitura bíblica: Rm 7:5-6; 8:6; 12:2; Ef 4:17-24; 1 Tm 2:4; Hb 2:1

Ler com oração: No sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade (Ef 4:22-24).

DESPOJAR-NOS DO VELHO HOMEM E REVESTIR-NOS DE CRISTO

No volume anterior desta série do Alimento Diário vimos sobre as duas linhas ministeriais que nos revelam as verdades neotestamentárias. Temos as verdades reveladas pelo ministério do apóstolo Paulo e as verdades reveladas pelos doze apóstolos que andaram com o Senhor. Todas as verdades neotestamentárias foram reveladas por Deus e todas elas são importantes. Por essa razão, não podemos desprezá-las, mas devemos nos apegar firmemente a elas, para que delas jamais nos desviemos (Hb 2:1).
Sabemos que o problema não está nas verdades. O problema está na nossa atitude com para com elas. Se apenas enfatizarmos o mero conhecimento das verdades, não seremos transformados. Com efeito, Deus deseja que cheguemos ao pleno conhecimento da verdade (1 Tm 2:4). No entanto precisamos ser aperfeiçoados quanto à nossa atitude, pois, ao considerarmos nossa prática, percebemos quão aquém estamos do que conhecemos, pois ainda somos governados pela nossa alma caída, vivendo muito pouco no espírito.
A humanidade de modo geral tem uma profunda admiração pelas coisas da alma, e, inconscientemente, a vida da alma, ou seja, o ego, tem se fortalecido geração após geração. Em todas as esferas de relacionamento humano – social, familiar e profissional – podemos identificar uma busca incessante pela satisfação da alma. A própria tecnologia tem se dedicado a essa tarefa, oferecendo comodidades que muitas vezes afastam o homem de Deus. Nas relações humanas é comum a busca pela exaltação do ego, que resulta em ambição e orgulho. Todas essas coisas pertencem à esfera da vida da alma e promovem a independência do homem para com Deus.
Ao lermos a Palavra, especialmente o Novo Testamento, percebemos quão sério é esse problema. A alma humana foi corrompida pelo pecado, por isso a mente caída do homem busca apenas a satisfação da alma, fazendo-o andar na vaidade de seus próprios pensamentos. Poucos são os que percebem que viver sob o controle da vida da alma é e sempre foi uma barreira muito grande para o avanço da obra do Senhor em toda a terra. Por isso, em Efésios 4:17-24, vemos que, para andarmos na verdade, devemos renovar a mente no espírito. Para isso, devemos nos despojar do velho homem, da velha maneira de viver, e nos revestir de Cristo.
Todos nós que cremos no Senhor Jesus já recebemos a vida de Deus. Todavia, se nos deixarmos ser guiados por nossa vida da alma, certamente nos inclinaremos para as coisas da carne, cujo resultado é morte; quando, porém, inclinamos nossa mente às coisas do Espírito, recebemos vida e paz (Rm 8:6). Aprendamos a usar nossa mente de forma correta. Procedendo assim, nossa alma será preenchida com a vida divina, levando-nos a andar na verdade.


Ponto-chave: Despojar-nos do velho homem para revestir-nos de Cristo.

Pergunta: Por que a vida da alma é um obstáculo para o avanço da obra de Deus?

domingo, 17 de novembro de 2013

ANDAR NO ESPÍRITO E PRATICAR A PALAVRA MUDA AS PESSOAS

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 8 - DOMINGO

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
 Andar no amor, na luz e no espírito (Ef 5:1-2, 8, 18-21; 1 Jo 1:5-7; 4:7-9, 16)

Leitura bíblica: 1 Tm 1:3; 2 Tm 1:6; 3 Jo

Ler com oração: Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade (3 Jo 4).

ANDAR NO ESPÍRITO E PRATICAR A PALAVRA MUDA AS PESSOAS

Paulo escreveu aos efésios uma carta maravilhosa sobre a economia de Deus e sobre um viver que traz o reino do Senhor. Contudo, pelo que lemos em 1 Timóteo 1:3, alguns preferiam ocupar-se com fábulas e genealogias sem fim. Quando isso ocorre, a igreja cai na esfera da alma, da mente e morre espiritualmente. Depois de seu primeiro aprisionamento, ao passar novamente por Éfeso, Paulo deixou ali o jovem cooperador Timóteo para ajudar a igreja a permanecer na economia divina, mas aparentemente Timóteo não foi capaz de fazê-lo. Pela segunda carta que Paulo escreveu-lhe, percebemos que Timóteo fora subjugado pela situação negativa; ele estava fraco e a chama de seu dom espiritual se havia apagado (2 Tm 1:6).
Segundo a história, cerca de vinte anos depois desses acontecimentos, após seu exílio na ilha de Patmos, o velho apóstolo João foi para Éfeso. Por meio de sua terceira carta, escrita para Gaio, vemos que Éfeso se tornou um centro da obra, de onde saíam irmãos para propagar o evangelho. João já tinha maturidade e sabia que todo o segredo estava no espírito; desse modo, certamente levou os efésios a voltar para o espírito.
Em 3 João 4 lemos: “Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade”. Gaio era um presbítero, provavelmente de Corinto, que andava na verdade, e isso deixava João extremamente alegre. Nos versículos 5-6 lemos que ele não só hospedou bem os que foram pregar o evangelho do reino em Corinto, mas também os encaminhou na jornada. Encaminhar aqui tem o sentido de prover o que é necessário para a viagem.
Ao contrário de Gaio, havia um irmão chamado Diótrefes, que não dava acolhida ao que João escrevia. Além de falar palavras maliciosas, ele não acolhia os santos e até expulsava os que os acolhessem (vs. 9-10). Sempre há irmãos que são contra certas práticas com respeito à pregação do evangelho, a contatar pessoas, ter contato com outros grupos cristãos. Nós, porém, devemos ser como Gaio.
No versículo 12, aparece outro personagem, Demétrio. Em Atos 19:24, encontramos Demétrio em Éfeso como um fabricante de imagens da deusa grega Diana, que reuniu os demais artífices para matar Paulo, pois, por causa da pregação do evangelho, o nome de Diana poderia cair em descrédito. Em 3 João 12, vemos que todos davam bom testemunho de Demétrio, inclusive João. Viver no espírito muda as pessoas.
Em todas as igrejas que têm a prática de contatar pessoas e pregar o evangelho, o ambiente mudou. Antes havia conflitos, problemas entre os irmãos e o número de salvos era pequeno. Quando passaram a viver no Espírito, receber e praticar a Palavra, pondo de lado as disputas, houve bênção e acréscimo de pessoas. O segredo para uma igreja cheia de harmonia, com fruto do Espírito, é praticar a Palavra. Isso é o que o Senhor quer fazer por meio de nós: andar no espírito e pregar o evangelho do reino em toda terra habitada para trazê-Lo de volta (Mt 24:14). Então virá o fim. Devemos buscar encher-nos do Espírito, até mesmo “embriagar-nos” do Espírito, a fim de agradar o Senhor e servi-Lo! Que essa seja nossa vida!


Ponto-chave: Viver no espírito muda as pessoas.

Pergunta: Como podemos mudar as pessoas e o ambiente da igreja em que estamos?

sábado, 16 de novembro de 2013

FERVOROSOS NO ESPÍRITO, SERVINDO AO SENHOR

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 8 - SÁBADO

SÉRIE: NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
 Andar no amor, na luz e no espírito (Ef 5:1-2, 8, 18-21; 1 Jo 1:5-7; 4:7-9, 16)

Leitura bíblica: Ef 5:19-21

Ler com oração: No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor (Rm 12:11).

FERVOROSOS NO ESPÍRITO, SERVINDO AO SENHOR

Em Romanos 12:9-11 lemos: “O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor”. Não ser remisso é não ser preguiçoso na obra de Deus. Não devemos deixar de sair para pregar o evangelho só porque não estamos com vontade. Não podemos deixar de ir ao BooKafé, porque está muito frio. Não podemos ser negligentes no zelo, mas sim, fervorosos de espírito.
Devemos ajudar uns aos outros a estar no Espírito, mas às vezes não conseguimos porque alguns irmãos não são suficientemente fortes para estar todo tempo no espírito. Alguns têm força de vontade maior que os outros. A grande maioria precisa de ajuda. Ajudá-los não é apenas visitar, consolar e orar com eles. Paulo diz que podemos ser fervorosos de espírito “servindo ao Senhor”. Portanto, precisamos ajudar os irmãos a servir. Pregar o evangelho, apascentar os irmãos, fazer colportagem e servir no BooKafé dá aos irmãos a possibilidade de serem renovados.
Servir ao Senhor nos ajuda a viver no espírito. Não adianta pedir aos irmãos que orem por nós, nos visitem e nos apascentem toda vez que temos uma dificuldade. Precisamos ser ajudados a servir. Quando abrirmos a casa como um BooKafé caseiro e convidarmos os conhecidos, seremos obrigados a orar, esvaziar-nos e voltar ao espírito para nos encher do Espírito. Se alguns têm medo de fazer isso sozinhos, juntem-se a outros irmãos. Quem praticar isso dificilmente ficará enfraquecido.
Um jovem, de modo geral, é inconsequente, mas, quando se casar e tiver filhos, terá de restringir o viver, não poderá dar maus exemplos aos filhos e será responsável. Espiritualmente é a mesma coisa. Os que não têm filhos espirituais, em geral não têm nenhum compromisso ou responsabilidade, espiritualmente falando. Quando, porém, gerarem filhos espirituais e tiverem pessoas para visitar, cuidar e apascentar, seu viver espiritual sofrerá grande mudança. Esses filhos estarão olhando para eles, assim eles se santificarão por amor a esses filhos e deixarão de ser o que eram: estarão mais no espírito. Isso ocorrerá quando servirem ao Senhor.
De acordo com Efésios 5:19, também podemos encher-nos do Espírito falando entre nós com salmos, hinos e cânticos espirituais, entoando e louvando de coração ao Senhor. Nas reuniões, tendo comunhão com os irmãos, cantando, louvando e compartilhando, podemos encher-nos do Espírito. Esse é o viver coletivo da igreja. É na vida da igreja que somos ajudados a nos manter no espírito.
Os versículos 20-21 dizem: “Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo”. Quem vive no espírito vive uma vida saudável da igreja, que faz a vontade do Senhor e O serve. Graças ao Senhor, hoje essa vida da igreja está disponível. Deixemos a fórmula antiga de viver a igreja, apenas indo às reuniões e voltando para casa. Comecemos a praticar a verdade que temos ouvido. Pregar o evangelho nos salva. Parece que estamos apenas levando salvação a outros, mas nós é que somos salvos e preparados para o reino.


Ponto-chave: Servir ajuda-nos a viver no espírito.

Pergunta: De que maneira podemos encher-nos do Espírito?

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

CAPACITADOS PELO ESPÍRITO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 8 / SEXTA-FEIRA


 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
 Andar no amor, na luz e no espírito (Ef 5:1-2, 8, 18-21; 1 Jo 1:5-7; 4:7-9, 16)

Leitura bíblica: Rm 8:11; 1 Co 6:17; 2 Co 3:4-6; Ef 5:18

Ler com oração: E é por intermédio de Cristo que temos tal confiança em Deus; não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus (2 Co 3:4-5).

CAPACITADOS PELO ESPÍRITO

Andar no espírito hoje é muito fácil, porque Ele está em nosso espírito (Rm 8:11; 1 Co 6:17). Quando exercitamos nosso espírito, o Espírito da realidade em nós nos conduz a toda a realidade. Um modo simples e eficaz de nos voltar ao espírito é invocar o nome do Senhor. Quando o invocamos, temos contato com o Espírito da realidade que nos leva a toda a realidade de Deus. Isso nos faz pular de alegria. Em nós mesmos, não temos capacidade de fazer isso, mas Deus está nos capacitando com Seu Espírito.
Efésios 5:18 não fala de recebermos o derramamento do Espírito exteriormente, como ocorreu no dia de Pentecostes, revestindo-nos de poder e nos dando ousadia para pregar o evangelho, mas fala de encher-nos do Espírito interiormente. O derramamento do Espírito exterior nos dá poder, mas não é suficiente para nos influenciar internamente nem de nos dar vida. Graças a Deus, além do Espírito derramado no dia de Pentecostes, temos o Espírito em nós. Quando somos cheios desse Espírito em nosso interior, Ele é capaz de nos mudar internamente, de nos dar vida e toda a realidade de Deus. É disso que precisamos.
Paulo nos alerta a não nos embriagarmos com vinho. Quem o bebe perde a sobriedade e fica mais ousado e corajoso para fazer certas coisas. Nós, porém, não precisamos beber vinho físico para ficar assim; podemos beber do Espírito, não apenas um pouquinho, mas beber até ficar cheios do Espírito, e seremos capazes de servir ao Senhor e pregar o evangelho com ousadia e poder.
Se queremos ser ministros da nova aliança, temos de saber que, de nós mesmos, nada temos; tudo vem de Deus (2 Co 3:4-6). Toda realidade vem de Deus. O que vem de nós mesmos não é realidade; tudo precisa vir de Deus. Não podemos ler a Palavra simplesmente em forma de letra; antes, devemos tomá-la no espírito, porque somos ministros do Espírito, não da letra. Não devemos dispensar letra um ao outro nem discutir e analisá-las para demonstrar quem é o melhor mestre da letra entre nós, criando com isso competições e rivalidades. Devemos suprir vida e Espírito uns aos outros.
Na vida da igreja, precisamos ajudar-nos mutuamente a viver sempre no espírito. A única maneira de ajudar a resolver os problemas da vida conjugal, dos irmãos, entre pais e filhos, entre servos e patrões, e ainda problemas pessoais de fraqueza espiritual é suprir vida e Espírito e levar os santos a viver e andar no espírito. Isso é o que revoluciona nossa vida!


Ponto-chave: Ministros do Espírito.

Pergunta: Que diferença há entre ser enchido do Espírito interiormente e revestido exteriormente?

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O ESPÍRITO E O ÓLEO SAGRADO DA UNÇÃO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 8 / QUINTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
Andar no amor, na luz e no espírito (Ef 5:1-2, 8, 18-21; 1 Jo 1:5-7; 4:7-9, 16)

Leitura bíblica: Êx 30:22-25; Mt 27:51; Lc 23:45; Jo 7:37-39; 1 Co 15:45b

Ler com oração: Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou (1 Jo 2:27).

O ESPÍRITO E O ÓLEO SAGRADO DA UNÇÃO

O Espírito citado em João 7:39 é todo-inclusivo. Nele está o Pai, o Filho, e o Espírito Santo. É importante conhecer o que é “o Espírito”. Para isso temos a figura do óleo sagrado da unção (Êx 30:22-25). No Antigo Testamento, tudo que era consagrado a Deus para ser usado por Ele precisava ser aspergido pelo óleo da unção, como os utensílios do tabernáculo e o sumo sacerdote.
O óleo da unção era um unguento composto de quatro especiarias mais azeite de oliva. A primeira especiaria é a mirra fluída, uma substância usada para tratar um corpo para sepultamento. Ela representa a morte de Cristo. A segunda é o cinamomo odoroso, que prefigura a eficácia da morte de Cristo. A terceira é o cálamo aromático, uma vegetação que cresce em meio a águas de morte, num pântano em que nada nasce. Ele simboliza a ressurreição de Cristo. A quarta especiaria é a cássia, usada como repelente de insetos e de serpentes. Ela representa o poder da ressurreição. Um him de azeite representa o Deus único e as quatro especiarias representam a criatura, o homem.
As quatro especiarias têm unidades de peso. Mirra, a primeira especiaria, pesava quinhentos siclos; a segunda, cinamomo, e a terceira, cálamo, pesavam duzentos e cinquenta siclos cada uma. A quarta especiaria, cássia, pesava quinhentos siclos. Na verdade eram três unidades de quinhentos siclos, porém a unidade do meio estava divida em duas de duzentos e cinquenta.
A composição do unguento prefigura o processo pelo qual o Senhor Jesus passou para Se tornar o Espírito que dá vida. As três unidades de quinhentos siclos representam o Deus Triúno: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A unidade do meio se partiu em dois porque simboliza o Filho, que veio à terra para ser partido e derramar Seu sangue para redimir-nos e nos dar vida. O Pai, representado pela primeira unidade, não poderia ser partido, e, o Espírito Santo simbolizado pela terceira unidade, também não. Somente o Filho, prefigurado pela segunda unidade, pôde ser partido por nós.
Esse mesmo processo é ilustrado pelo fato de o véu do santuário se rasgar ao meio de alto a baixo, quando o Senhor morreu na cruz (Mt 27:51; Lc 23:45). Esse véu era pendurado em quatro colunas separando o Santo Lugar do Santo dos Santos. Essas quatro colunas formavam três vãos de entrada, representando o Deus Triúno. Visto que o véu se rasgou ao meio, a entrada foi feita no segundo vão, que prefigura o Filho. Uma vez rasgado o véu, temos um novo e vivo caminho que nos dá acesso ao Santo dos Santos (Hb 10:19-20). O Santo dos Santos representa nosso espírito humano, onde Deus habita. O acesso a Deus está desimpedido: basta voltar-nos ao nosso espírito.
Em prefiguração, o óleo sagrado da unção é todo-inclusivo: nele temos Deus, a divindade, e Jesus, um homem perfeito, a humanidade perfeita e adequada para cumprir o propósito de Deus. Nele também temos a morte: quando a vida da alma se sobressai, o Espírito em nós pode mortificá-la. Nele temos ainda a ressurreição: quando estamos numa esfera de morte, cabisbaixos, inativos, podemos aplicar a ressurreição que está no Espírito, para ressuscitar juntamente com Cristo. Além disso, temos a eficácia da morte e o poder da ressurreição. Assim dizemos que o Espírito é todo-inclusivo, porque Nele temos tudo. A Bíblia o chama simplesmente de “o Espírito”.
Podemos nos voltar constantemente ao Espírito em nosso espírito, simplesmente invocando: Ó Senhor Jesus!, a fim de desfrutá-Lo em todos os momentos, lugares e circunstâncias! Aleluia



Ponto-chave: Voltar ao Espírito todo-inclusivo em nosso espírito.

Pergunta: Qual é a relação entre o unguento sagrado da unção e “o Espírito”?

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

ANDAR NO ESPÍRITO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 8 / QUARTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
 Andar no amor, na luz e no espírito (Ef 5:1-2, 8, 18-21; 1 Jo 1:5-7; 4:7-9, 16)

Leitura bíblica: Jo 7:37-39; 14:16-17; Ef 5:18; 1 Co 15:45b; 2 Co 3:6

Ler com oração: Andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne (Gl 5:16).

ANDAR NO ESPÍRITO

O quinto tipo de andar mencionado em Efésios está em 5:18: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito”. Esse tipo de andar é a consumação dos quatro anteriores. Precisamos aprender a andar no espírito, pois somos ministros de uma nova aliança, que não é da letra, mas do Espírito (2 Co 3:6). Somente assim conseguiremos cumprir o propósito de Deus.
Andar na graça e na verdade diz respeito ao Filho; andar no amor e na luz relaciona-se com o Pai. Andar no espírito é concernente ao encher do Espírito em nosso espírito. O simples conhecimento desses tipos de andar não nos capacita a andar de modo digno do nosso chamamento. Os maridos sabem que precisam amar a esposa e elas sabem que devem se submeter ao marido (Ef 5:22, 28), mas nem por isso conseguem praticar. O mero conhecimento da Palavra não necessariamente nos faz praticá-la, experimentá-la. Portanto, Deus nos deu o Espírito da realidade. Desse modo, andar na graça, na verdade, no amor e na luz não são um conjunto de regras de boa conduta, ao qual prestamos atenção como um manual para evitar as obras das trevas. Sabemos que não temos essa capacidade. Mas Deus é sábio, por isso pôs em nós o Espírito.
Em João 7:38-39 lemos: “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem”. Nós que cremos no Senhor, em vez de um manual de conduta nas mãos, temos o Espírito que flui em nosso espírito. O final do versículo 39 diz que “o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado”. O verbo “ser dado” no original é “ser”, “haver”. O texto não diz que não havia o Espírito Santo, pois o Espírito Santo existia desde a eternidade passada. O Espírito a que João se refere é o resultado do processo de encarnação, viver humano, crucificação, morte, ressurreição e ascensão. Por isso menciona que Jesus não tinha ainda sido glorificado. Apenas depois da morte e ressurreição é que Jesus, o último Adão, tornou-Se o Espírito que dá vida (1 Co 15:45b).
Em João 14:16, o Senhor afirmou que rogaria ao Pai e Ele nos daria o outro Consolador para estar para sempre conosco. O versículo 17 diz: “O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós”. Note que o verbo “habitar” está no presente e “estar”, no futuro. Naquele momento, quem habitava com eles era Jesus, porém, mais tarde, o Espírito é que estaria neles (Jo 20:22). Em carne, o Senhor habitava com os discípulos, mas quando morresse e ressuscitasse viria a eles como o Espírito, que é o Espírito da realidade (Jo 16:13), simbolizado pelo óleo composto da unção (Êx 30). Quando o Senhor estava na terra, o Espírito da verdade ainda não tinha vindo. Hoje, porém, quando cremos no Senhor Jesus, recebemos o dom do Espírito (At 2:38).
O Espírito em nós é o Espírito da realidade. Se temos a realidade da graça, que é o Espírito em nós, conseguimos ter a realidade de andar na graça. Isso igualmente se aplica a andar na verdade, no amor e na luz. É o Espírito da realidade que nos faz andar na verdade, porque Ele é a realidade de todas as coisas de Deus. Quem realmente é capaz de andar em amor? Se tivéssemos tal capacidade, seríamos Deus. Porém, hoje, o Espírito da realidade nos conduz a toda a verdade, isto é, a toda a realidade. Não conseguimos andar no amor, mas o Espírito nos leva a andar em amor. Nosso homem natural gosta de ficar nas trevas e fazer as obras das trevas, mas temos o Espírito em nós, que nos conduz à realidade da luz. O Espírito nos conduz a toda a realidade de graça, verdade, amor e luz.


Ponto-chave: Andar no espírito.

Pergunta: Por que dizemos que o Espírito da verdade, ou da realidade, é o próprio Senhor Jesus?

terça-feira, 12 de novembro de 2013

ANDAR NA GRAÇA VINDA DO AMOR E NA VERDADE VINDA DA LUZ

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 8 / TERÇA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES

Andar no amor, na luz e no espírito (Ef 5:1-2, 8, 18-21; 1 Jo 1:5-7; 4:7-9, 16)

Leitura bíblica: Jo 1:4-5, 16-18; 1 Jo 1:5-7, 10-16; 4:7-11

Ler com oração: Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado (1 Jo 1:7). Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor (4:7-8).

ANDAR NA GRAÇA VINDA DO AMOR E NA VERDADE VINDA DA LUZ

Além de andar no amor e na luz, devemos andar na graça e na verdade. O Evangelho de João 1:17 afirma que “a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo”. Antes da vinda do Senhor, não havia a graça e a verdade. Foi Ele quem as trouxe à terra. Ele é o Filho de Deus, Jesus Cristo, que veio à terra por meio da encarnação. A vinda Dele foi a vinda da graça e da verdade.
A graça e a verdade têm por fonte o próprio Pai, assim como a fonte do Filho é o Pai. Deus é amor (1 Jo 4:8), mas veio a nós em Cristo como graça. Do mesmo modo, Deus é luz (1:5), mas veio a nós em Cristo como verdade.
O termo verdade também quer dizer realidade, veracidade. Em todo o universo, só uma coisa é verdadeira, real: Deus e Seu Filho. Sem Deus, todo o resto é apenas ilusão, falsidade, engano. A fonte da verdade é a luz e a fonte da graça é o amor. O amor de Deus se manifestou aos homens como graça e a luz de Deus se manifestou aos homens como verdade.
Na Primeira Epístola de João 4:7 lemos: “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”. O amor procede de Deus. Todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. Não é que Deus tenha um depósito cheio de amor, Ele próprio é amor, Sua essência é amor, Sua natureza é amor. Quando contatamos Deus, estamos no amor, porque Ele mesmo é amor.
O Filho foi enviado a nós para vivermos por meio Dele. Ele nos trouxe o amor, que veio a nós em forma de graça. A fonte é o amor, a manifestação é a graça. Quando desfrutamos a graça, devemos ter em mente que a fonte é o amor. O Filho de Deus nos foi dado gratuitamente para nosso desfrute, mas não devemos nos esquecer de que tudo isso foi motivado pelo amor, porque Deus é amor.
Em 1 João 1:10-16, João nos diz que Deus é amor e nós somos filhos do amor. Quem permanece em Deus, permanece em amor e quem permanece em amor, permanece em Deus, porque Deus é amor. Por causa desse amor deixamos nossa casa domingo de manhã, quando todos preferem dormir um pouco mais, para visitar as pessoas e pregar o evangelho do reino; apascentamos os novos convertidos, servimos no BooKafé e ajudamos as pessoas a invocar o nome do Senhor. Tudo isso é motivado pelo amor!
Por outro lado, Deus é luz, mas vem a nós como verdade, como realidade. Quando temos contato com a verdade, não vivemos em trevas, pois temos contato com a luz (1 Jo 1:5-7). Como é importante andar no amor e na luz! Isso equivale a andar na graça e na verdade! Em nosso viver da igreja, a luz de Deus deve brilhar em nós como realidade e o Seu amor deve se manifestar em nós como graça. Que mais e mais da luz e do amor sejam infundidos em nós dia a dia!


Ponto-chave: A verdade vem da luz e a graça vem do amor.

Pergunta: Como podemos manifestar às pessoas que temos a luz e o amor?

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

ANDAR NO AMOR E NA LUZ

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 8 / SEGUNDA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES

 Andar no amor, na luz e no espírito (Ef 5:1-2, 8, 18-21; 1 Jo 1:5-7; 4:7-9, 16)

Leitura bíblica: Ef 5:1-17

Ler com oração:  Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará (Ef 5:14).

ANDAR NO AMOR E NA LUZ

Em Efésios 5:1-2, Paulo fala que, se queremos levar a cabo o plano de Deus para trazer Seu reino à terra, precisamos andar em amor. Andar em amor significa ter uma vida de sacrifício em favor de outros. Cristo nos amou, por isso Se entregou por nós como oferta e sacrifício a Deus em aroma suave. Se tivermos o amor infundido em nós pelo dispensar do Deus Triúno, mostrado em Efésios 1, também teremos o mesmo amor para dispensar às pessoas, ou seja, nós nos sacrificaríamos em favor delas. Somente com esse amor somos capazes de deixar o sossego do lar e sair em busca de outros, pregando o evangelho e servindo ao Senhor sempre em favor deles. Com esse tipo de andar no amor é que vamos cumprir nossa comissão.
Efésios 5:8 também nos mostra que não podemos andar como andávamos antes, nas trevas, cheios de coisas vergonhosas que fazem os que não vivem na luz. Que deixemos esse tipo de viver e andemos na luz!
Vivemos numa época em que o mundo está muito ousado, dita regras e tendências, afetando cada vez mais a moralidade e a ética. O mundo todo segue essa corrente. Mas não precisamos lutar meramente pela ética e moral; precisamos andar na luz. É a luz que reprova as trevas. Quando andamos na luz, sentiremos repulsa das obras das trevas. Portanto, precisamos andar no amor e na luz, para que o plano de Deus se cumpra na terra.
Efésios 5:3-4 diz: “Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos; nem conversação torpe, nem palavras vãs ou chocarrices, coisas essas inconvenientes; antes, pelo contrário, ações de graças”. O termo impudicícia quer dizer fornicação, prostituição e o termo chocarrice significa piada, zombaria. Não estamos dizendo que, às vezes, não devamos nos descontrair, mas precisamos evitar chocarrices, palavras vãs, conversação torpe e palavras de baixo calão, que o mundo constantemente usa, porque somos filhos da luz. De nossa boca devem sair palavras de graça e de vida para suprir as pessoas (v. 5). Isso nos fará ter herança no reino.
Nos versículos 6-13, Paulo continua a mencionar itens das trevas: não dizer palavras vãs, pelas quais vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência, não ser cúmplice nas obras infrutíferas das trevas e sim reprová-las; nem mesmo nos referir ao que eles fazem em oculto, pois é vergonha. Mas a luz manifesta todas as coisas e os frutos da luz, que são bondade, justiça e verdade, são opostos às obras das trevas.
O versículo 14 diz: “Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará”. Se queremos andar no amor e na luz, está na hora de nos levantarmos, não podemos ser cristãos acomodados, que permanecem sentados ou até deitados. Devemos nos levantar! Que nosso viver cumpra o propósito de Deus (vs. 15-16). É preciso remir o tempo, ganhar cada minuto, cada segundo, vivendo na luz e no amor, para sermos úteis ao Senhor (v. 17). Não queremos perder tempo. Que o Senhor nos revele de fato qual é Sua vontade!


Ponto-chave: Despertar, levantar e andar.

Pergunta: Que tipo de palavras deve sair da boca dos que são filhos da luz?

domingo, 10 de novembro de 2013

A VIDA DA IGREJA É PARA NOS PREPARAR PARA O REINO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 7 / DOMINGO

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES

 Andar na graça e na verdade (Ef 4:1, 7, 17, 21)

Leitura bíblica: Mt 6:9-10, 33; 16:19; At 1:3

Ler com oração: Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar [...] e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos (Ap 20:4).

A VIDA DA IGREJA É PARA NOS PREPARAR PARA O REINO

Nos últimos anos temos visto que o foco de Deus é o reino, e esse deve ser também o foco de nossa vida cristã (Mt 6:9-10, 33; At 1:3). Mas isso não significa que o viver da igreja não é importante, pelo contrário, a ênfase no reino revela a verdadeira função da igreja. Em Mateus 16:19 lemos: “Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus”. Sem a igreja, ninguém entra no reino dos céus, porque ela tem as chaves do reino dos céus. E é na igreja que nós somos aperfeiçoados para entrar no reino.
Ter uma vida da igreja visando o reino equivale a tomá-la como um lugar adequado para negarmos a vida da alma. No ambiente da vida da igreja, temos espírito e graça suficientes para negar a nós mesmos. Nessa esfera, nós praticamos o mover atual, exercitamos nossos dons, e adquirimos experiência, lidando com pessoas, para que no mundo que há de vir, sejamos úteis ao Senhor. A vida da igreja, nesse enfoque, é o lugar onde somos preparados para reinar.
Uma boa ilustração para entender essa dualidade entre a igreja e o reino, é a viagem de avião com destino a Miami. Enquanto a cidade de Miami é a meta, o avião é o meio para se chegar até lá. Os dois são importantes: Miami representa o reino, e o avião representa a vida da igreja. Sem uma vida da igreja normal, como podemos chegar ao reino?
Nesse contexto, também precisamos entender a função do BooKafé, que é uma ferramenta, um instrumento para alcançarmos o maior número possível de pessoas na esfera do reino. Esta ferramenta, porém, necessita de mordomos, de colportores, de pessoas que a utilizem de maneira adequada.
O BooKafé junto com a colportagem são duas ferramentas poderosíssimas. Todavia elas não substituem a igreja. Antigamente, usava-se serrote para fazer móveis e cortar tudo retinho; hoje um bom marceneiro, atualizado, usa serra elétrica, em substituição ao serrote, contudo, ela não pode substituir o carpinteiro. Semelhantemente o BooKafé pode substituir o local de reuniões, mas não pode substituir a igreja. A igreja é quem usa o BooKafé para suprir a vida divina e pregar o evangelho do reino ao maior número de pessoas.
Nesta semana vimos que precisamos ter uma vida da igreja equilibrada. Precisamos da graça, do exercício dos dons, mas também precisamos da verdade, da realidade. Por um lado devemos crescer na vida de Deus, ter conteúdo, por outro lado, temos que realizar a obra de Deus, pregando o evangelho do reino. O reino dos céus é a nossa meta e a igreja é o meio, o “avião” que nos leva até essa meta. Por um lado precisamos do viver da igreja para sermos aperfeiçoados, por outro lado precisamos de ferramentas que nos ajudem a apressar a volta do Senhor, como o BooKafé e a colportagem.
Que possamos andar na graça sendo aperfeiçoados, desenvolvendo nossos dons e ministérios. Que possamos também andar na verdade, na realidade, sendo íntimos do Senhor, cuidando da retaguarda, e sustentando as frentes de batalha a favor do reino.


Ponto-chave: Crescer na vida de Deus e ser aperfeiçoado na obra.
Pergunta: Que relação há entre a igreja, o BooKafé e o reino?

sábado, 9 de novembro de 2013

CUIDAR DA RETAGUARDA – NOSSA INTIMIDADE COM O SENHOR

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 7 / SÁBADO

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES / Andar na graça e na verdade (Ef 4:1, 7, 17, 21)

Leitura bíblica: Mt 7:21-23; At 16:6-7

Ler com oração: A intimidade do SENHOR é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança (Sl 25:14). Ao meu coração me ocorre: Buscai a minha presença; buscarei, pois, SENHOR, a tua presença (27:8).

CUIDAR DA RETAGUARDA – NOSSA INTIMIDADE COM O SENHOR

Ontem, vimos a importância de guardarmos bem a retaguarda para evitar que o inimigo alcance vantagem sobre nós e comprometa as frentes de batalha, atacando nossa vida familiar.
Quando as famílias estão saudáveis, o número de unidades do BooKafé e de colportores pode aumentar. Hoje, o número de BooKafé existente está bom, mas não é o suficiente para saturar a terra com o evangelho do reino. O Senhor precisa de mais obreiros, de colportores, para levar a palavra do reino às pessoas. Além de recursos humanos, a obra do Senhor também precisa de suprimento financeiro. As nossas ofertas devem acompanhar esse crescimento da obra. Quanto mais famílias saudáveis tivermos comprometidas com a edificação do Corpo de Cristo, mais condições o Senhor terá de voltar e estabelecer Seu reino.
Enquanto estamos realizando a obra de Deus, devemos ter equilíbrio entre o crescimento de vida e o serviço ao Senhor. Quanto ao crescimento em vida, precisamos negar a nós mesmos, nossa vida da alma, tendo íntima comunhão com o Senhor; precisamos continuamente exercitar o espírito por meio de invocar o nome do Senhor e ler-orar a Palavra. E, quanto ao serviço, precisamos ter o máximo de experiência possível em servir as pessoas, pois no mundo que há de vir, iremos governar sobre pessoas, nações.
Ao praticar a Palavra na esfera coletiva, não podemos esquecer-nos da esfera individual. Em Mateus 7:21 lemos: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”. Essa palavra não foi dada a incrédulos, mas aos que invocavam o nome do Senhor. Contudo, faltava-lhes realidade. Nosso andar na verdade, ou na realidade, não pode ser sem conteúdo.
Por um lado não basta apenas dizer: “Eu tenho a visão da vontade de Deus”; é preciso praticá-la. Por outro lado, fazer coisas para Deus jamais deve substituir nossa intimidade com Ele. Em Mateus 7:22-23 lemos: “Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade”. Para as pessoas desse versículo faltou-lhes andar na verdade no aspecto individual, de ter intimidade com o Senhor.
Todos nós que servimos ao Senhor precisamos de intimidade com Ele. Vimos isso no exemplo de Paulo e Silas em sua segunda viagem para pregar o evangelho. A intimidade de Paulo com o Senhor foi importantíssima nessa experiência, pois sem essa retaguarda de intimidade com o Senhor, certamente ele não teria feito a vontade Dele (At 16:6-7).
Dar uma “paradinha” para ter comunhão com o Senhor, lendo a Bíblia ou os livros espirituais é como parar para “afiar o machado”. Ao findar o dia, aquele que parar para afiá-lo, cortará mais árvores do que o que se esforçou o dia inteiro, sem parar; mas não teve a mesma eficácia que o primeiro, pois por um bom tempo, realizou seu trabalho, com o machado cego.
Nós, igualmente, precisamos também “afiar o nosso machado”. Isso significa ir diante do Senhor e perguntar-lhe: “Senhor, como estou servindo? Essa maneira Te agrada? Está de acordo com a Tua vontade?” O Senhor precisa nos conhecer, tudo o que fazemos, seja na esfera da igreja, ou da obra, seja com os irmãos, devemos fazê-lo em comunhão com o Senhor.
Precisamos desse equilíbrio. Andar na verdade no aspecto coletivo, praticando o que o Senhor está falando hoje e, no aspecto individual, ter uma retaguarda forte diante do Senhor. Desta forma seremos conhecidos Dele, e em nossa obra o número de irmãos vai aumentar, mais irmãos estarão dispostos a ser aperfeiçoados no CEAPE, assim teremos mais colportores, mais ofertas e mais frentes de batalha para propagar o evangelho do reino.


Ponto-chave: Fazer a vontade do Senhor e ser conhecido Dele.

Pergunta: Que significa “afiar o machado” em seu serviço ao Senhor?

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

CUIDAR DA RETAGUARDA – NOSSAS FAMÍLIAS

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 7 / SEXTA-FEIRA


SÉRIE: NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES

 Andar na graça e na verdade (Ef 4:1, 7, 17, 21)
Leitura bíblica: Ne 4:6-7, 13, 17; Mt 24:43-44; Ef 4:21-24

Ler com oração: E sabeis, ainda, de que maneira, como pai a seus filhos, a cada um de vós, exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus, que vos chama para o seu reino e glória (1 Ts 2:11-12).

CUIDAR DA RETAGUARDA – NOSSAS FAMÍLIAS

Além do aspecto coletivo de nosso andar, também há o aspecto individual, pessoal. Não somente devemos praticar a Palavra no aspecto coletivo, mas também no individual. Em Efésios 4:21-22 lemos: “Se é que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus, no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano”. Esses versículos mostram que devemos nos despojar do velho homem. Isso diz respeito à nossa velha maneira de viver em nossa casa e nos demais aspectos do nosso dia a dia.
No versículo 23 lemos: “Vos renoveis no espírito do vosso entendimento”. Hoje, estamos passando por uma transição em nossa vida da igreja com o fim de introduzirmos a próxima fase que é o reino. Para isso, nossa mente precisa ser renovada com o Espírito. Em seguida, Paulo prossegue: “E vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (v. 24). Esse é o andar na verdade aplicado ao aspecto individual.
No Novo Testamento, é possível encontrar, no grego, duas palavras distintas para andar. A primeira é peripateo e a segunda é stoicheo. A primeira indicando o andar individual e a segunda um andar coletivo, como de um exército quando marcha. A vida da igreja e a obra, comparados a esse exército, requer que estejamos coordenados e andando numa só direção. Na obra, por exemplo, temos várias frentes, tais como: a pregação do evangelho, por meio do BooKafé e da colportagem, nos continentes americano, africano, europeu e asiático.
Para que essas frentes estejam saudáveis, é necessário cuidar da retaguarda. Isto diz respeito à vida da igreja onde moramos. Um soldado bem alimentado e treinado, com uma retaguarda para mantê-lo, consegue ir à guerra e permanecer na frente de batalha. Do contrário, o que se pode esperar? Na segunda guerra mundial, por exemplo, a Alemanha tinha uma frente de batalha fortíssima. Mas, depois de alguns anos, por descuidar da retaguarda, não conseguiram sustentar a guerra e a perderam.
Dentre os quatro aspectos de nossa retaguarda, um em especial, merece nossa atenção – a família. Em nosso meio há fortes testemunhos de famílias inteiras consagradas à pregação do evangelho do reino, dispondo suas casas como lugar de oração, a fim de que as pessoas sejam alcançadas. Sem contar que hoje, já temos mais de quinhentas unidades do BooKafé espalhadas pelo mundo. Diante desse panorama tão positivo, não podemos achar que o inimigo de Deus irá ficar de braços cruzados.
Portanto, não podemos relaxar nossa guarda. Em Mateus 24:43-44 o Senhor disse: “Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá”. Embora o contexto desses versículos se refira à segunda vinda de Cristo, quando os aplicamos ao cuidado que um pai deve ter com sua família, podemos dizer que se um pai não cuida, o ladrão vem e arromba a sua casa, destruindo seu casamento, filhos e serviço a Deus.
Hoje, por causa dessa falta de cuidado, o inimigo tem investido o máximo para danificar as famílias. Infelizmente, não são poucos os divórcios e jovens envolvidos com fornicação. Afora isso, há constantes quedas nas ofertas para suprir as necessidades nas diversas frentes da batalha espiritual. Por isso, precisamos redobrar nossos cuidados.
Quando Neemias empreendeu a reconstrução dos muros de Jerusalém, algumas brechas precisavam ser reparadas (4:6-7). Para tal, ele usava as famílias, que fechavam essas brechas (v. 13). O grande benefício dessa obra era não deixar o inimigo entrar por alguma brecha existente na cidade. Assim as famílias, com uma das mãos, faziam a obra de reparação e, com a outra, seguravam uma arma (v. 17). Essas famílias servem de modelo para nós: de um lado, precisamos reunir a família para orar, ler a Bíblia e os livros espirituais; de outro devemos envolvê-la com a pregação do evangelho e cuidado de outros. Se tivermos uma vida familiar forte e equilibrada, não só asseguraremos nossa própria saúde espiritual, como seremos uma referência para ajudar outras famílias.
Essas palavras são para nos estimular a vigiar, cuidando da retaguarda, e a avançar de maneira saudável e forte na batalha a favor do reino.


Ponto-chave: Não deixar que a casa seja arrombada pelo inimigo.

Pergunta: Que significa a expressão: com uma das mãos, faziam a obra de reparação e, com a outra, seguravam uma arma?