quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O EXERCÍCIO CONTÍNUO DOS DONS PRODUZ MINISTÉRIOS

Alimento diário - Semana 6 - sexta-feira


 


NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES


O aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério (1 Co 12:4-6; Ef 4:11-12)
 

Leitura bíblica: At 6:4; 1 Co 14:31; 16:15; 2 Co 9:7; Fp 1:3-5; 4:15-17

 

Ler com oração: Dou graças ao meu Deus por tudo que recordo de vós, fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vós, em todas as minhas orações, pela vossa cooperação no evangelho, desde o primeiro dia até agora (Fp 1:3-5).
 


O EXERCÍCIO CONTÍNUO DOS DONS PRODUZ MINISTÉRIOS
Vimos ontem que todos nós precisamos ser aperfeiçoados. Muitos entre nós talvez tenham dificuldade na pregação do evangelho e na colportagem por causa de sua timidez. Quando isso acontece, o melhor que fazemos é sair com os irmãos, mesmo que não falemos nada, apenas para estar com eles. Na parábola de Mateus 25, o Senhor falou ao que recebeu um talento que, em vez de escondê-lo, deveria tê-lo confiado aos banqueiros. Então, o primeiro passo é estar junto com aqueles que sabem negociar seus talentos. Fazendo assim, com o passar do tempo, iremos aprender a usar o nosso talento, do mesmo modo como uma criança aprende a andar.
Ao exercitarmos continuamente nossos dons, eles se tornam ministérios. Por exemplo, de tanto invocar o nome do Senhor, isso se torna um ministério para nós. Um bebê não nasce andando, mas tem o dom de andar; pouco a pouco, ele engatinha, dá os primeiros passos e desenvolve esse "ministério" por meio de exercícios e tentativas, até alcançar seu objetivo que é andar com desenvoltura. Depois desse estágio, caminhar será automático. Portanto, na vida da igreja, precisamos exercitar os nossos dons, e logo eles se tornarão ministérios, isto é, farão parte de nós.
Podemos classificar os ministérios em três categorias: da Palavra; dos serviços e das ofertas de riquezas materiais. Por meio do ministério da Palavra, podemos falar por Deus e pregar o evangelho, levando as pessoas a invocar o nome do Senhor. Tudo o que desfrutamos ao ler a Bíblia e os livros espirituais precisa ser transformado em palavras para alimentar os próprios irmãos e até mesmo aqueles que ainda não creem no Senhor. O Senhor necessita de muitos ministros que tenham o ministério da Palavra, porque, por meio dela, a verdade alcança as pessoas e a Fé pode ser infundida nelas. Os apóstolos, profetas e evangelistas têm o ministério da Palavra (At 6:4), e nos aperfeiçoam para que tenhamos não apenas o dom, mas o ministério de falar por Deus.
Em segundo lugar, temos o ministério dos serviços, que é uma maneira de praticar a verdade. Podemos servir, por exemplo, no BooKafé ou abrindo nossas casas para oração. Talvez estivéssemos acostumados a ser servidos, mas agora, como mordomos que levam a Fé às pessoas, precisamos aprender a servi-las (Mc 10:45; 1 Co 16:15).
O objetivo do ministério de ofertas de riquezas materiais é levar adiante a obra de Deus, que é a pregação do evangelho do reino, uma vez que para isso precisamos de recursos financeiros. Essa provisão, contudo, não vem de doações, de uma forma comum, mas por exercitarmos o dom de ofertar, sempre que surge uma necessidade especial na obra de expansão; além de nosso dízimo (2 Co 9:7; Fp 1:3-5; 4:15-17). De tanto ofertar com liberalidade, desenvolvemos o ministério de riquezas materiais, e abrimos caminho para que Deus opere abundantemente.

 



Ponto-chave: O exercício dos dons abre caminho para as operações de Deus.


 
Pergunta: De acordo com o texto, como podemos classificar os diferentes ministérios?


NEGOCIAR OS DONS QUE RECEBEMOS ATÉ A VOLTA DO SENHOR

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 6 / QUINTA-FEIRA


 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
 O aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério (1 Co 12:4-6; Ef 4:11-12)
Leitura bíblica: Mt 25:14-30; 1 Co 12:1-6; Ef 4:7

Ler com oração: Certo homem nobre partiu para uma terra distante, com o fim de tomar posse de um reino e voltar. Chamou dez servos seus, confiou-lhes dez minas e disse-lhes: Negociai até que eu volte (Lc 19:12-13).

NEGOCIAR OS DONS QUE RECEBEMOS ATÉ A VOLTA DO SENHOR

Em 1 Coríntios 12, ao relatar a respeito dos dons espirituais, Paulo começa falando sobre invocar o nome do Senhor Jesus. No dia em que fomos salvos e recebemos a vida de Deus, nós também recebemos dons espirituais. Os dons são inerentes a cada espécie de vida. Por exemplo, não precisamos ensinar as aves a voar nem os patos a nadar. Assim, também, a vida de Deus trouxe consigo os Seus dons quando a recebemos em nosso espírito. O primeiro dom que recebemos foi invocar o nome do Senhor: “Ninguém pode dizer: Senhor Jesus!, senão pelo Espírito Santo” (v. 3). Em outras palavras, todas as vezes que invocamos o nome do Senhor, estamos falando pelo Espírito Santo. Por ser esse o primeiro dom, é também a maior das verdades. Nós nascemos de novo quando invocamos: Ó Senhor Jesus! Continuamente invocamos esse nome, pois é ele que nos mantém vivos espiritualmente.
Além dos dons, Paulo nos apresenta os ministérios e as operações (vs. 4-6). Os dons nos são dados pelo Espírito, e são diversos, mas o Espírito é o mesmo. Também há diversidade nos ministérios (serviços), mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações (operações), mas é o mesmo Deus quem opera tudo em todos. Como Deus consegue fazer com que os membros do Corpo de Cristo, sejam aperfeiçoados? É por meio de exercitar esses dons que o Espírito nos concedeu.
Após morrer e ressuscitar, o Senhor Jesus gerou a igreja e distribuiu dons, que precisam ser negociados por cada um de seus filhos. O Evangelho de Mateus (25:14-30) nos mostra que cada um recebeu os talentos conforme a sua capacidade: um recebeu cinco, outro dois, e outro, um. O que recebeu cinco talentos negociou-os e ganhou outros cinco, e aquele que recebeu dois talentos ganhou outros dois (vs. 20-23). Mas o que ganhou um talento, ao invés de negociá-lo, o enterrou. É como se ele dissesse: “Senhor, eu não sei fazer muitas coisas, então não me chame para pregar o evangelho ou para orar com as pessoas. Eu não quero servir e também não sei explicar a Bíblia. Prefiro só ir para as reuniões da igreja e ficar sentado quieto, sem exercitar meu espírito”. Quando o Senhor daquele servo voltou, disse a ele: “Servo mau e negligente. Sabias que ceifo onde não semeei, e ajunto onde não espalhei. Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu” (vs. 26-27).
Precisamos investir, ser empreendedores do reino, exercitar o dom que recebemos inicialmente a fim de ganhar outros. De maneira prática, entregar nossos talentos aos banqueiros significa estar junto daqueles que podem nos ajudar a negociar os talentos que temos. Ainda que tenhamos dificuldade em pregar o evangelho e cuidar das pessoas, podemos sempre estar próximos daqueles que foram mais aperfeiçoados para aprender com eles a exercitar os nossos dons. Dessa maneira, quando o Senhor voltar, teremos algo para Lhe apresentar.


Ponto-chave: Negociar os talentos que Deus nos confiou.

Pergunta: Se hoje temos dificuldade em negociar nosso talento, de que maneira podemos entregá-lo aos “banqueiros”?

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

OS DOIS ASPECTOS DO APERFEIÇOAMENTO

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 6 - QUARTA-FEIRA


 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES

 O aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério (1 Co 12:4-6; Ef 4:11-12)

Leitura bíblica: Mt 16:25-26; 24:3-14; 28:19; Ef 4:11-13

Ler com oração: Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus (Mt 7:21).

OS DOIS ASPECTOS DO APERFEIÇOAMENTO

Vimos ontem que o Senhor deseja que todos os membros do Corpo sejam aperfeiçoados. Por um lado, temos a questão do crescimento da vida divina em nós, o que somente poderá ocorrer se negarmos a nossa vida da alma, liberando espaço para a vida de Deus. Nossa alma é como um copo com água: se ele estiver cheio, não há como colocar mais água no seu interior. Quando cremos no Senhor Jesus e invocamos o Seu nome, o nosso espírito foi salvo e a vida de Deus entrou em nós. Todavia, a nossa alma ainda permaneceu como estava anteriormente à salvação, totalmente preenchida com o ego, com uma vida independente de Deus. Por meio de Sua vida em nosso espírito, Deus deseja dispensar mais da vida divina à nossa alma, mas o “copo” ainda está “cheio”. A solução é esvaziá-lo, e fazemos isso quando negamos a nós mesmos, não apenas rejeitando o lado mau de nossa vida da alma, mas também seu lado bom. Para receber a herança do Pai, precisamos alcançar a maturidade por meio desse processo contínuo de perder a vida da alma e ganhar a vida de Deus (Mt 16:25-26; Rm 8:17).
Por outro lado, precisamos cuidar do aspecto da obra. Todos nós fomos criados em Cristo para boas obras (Ef 2:10). Aqui não se trata de fazer a própria obra e buscar a própria glória, mas de fazer a obra de Deus. Conforme a vida de Deus cresce em nós, Ele nos confiará certas obras. Um bebê, por exemplo, não precisa se preocupar em ajudar seus pais nas tarefas da casa. Antes, tudo o que ele precisa fazer é se alimentar adequadamente. No entanto, quando cresce e atinge determinada idade, precisa assumir responsabilidades a fim de ser útil à sociedade. Da mesma forma, o crescimento normal da vida de Deus em nós é que nos torna úteis para a Sua obra, que consiste em realizar a Sua vontade.
Em Mateus 24:14 lemos: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim”. Essa é a comissão de Deus para nós. Atualmente podemos ver muitos sinais do fim dos tempos, como, por exemplo, terremotos na China, conflitos no Egito e na Síria etc. No entanto, ainda não é o fim. Ainda falta completar a obra de pregação do evangelho do reino, iniciada pelo próprio Senhor Jesus quando esteve na terra.
Para realizarmos essa obra, Efésios 4:11-12 fala do aperfeiçoamento dos santos para a edificação do Corpo de Cristo. Esse Corpo não é formado por um pequeno grupo de pessoas, mas por todos aqueles que foram redimidos pelo sangue de Cristo e regenerados com a vida de Deus. Logo, nosso encargo não é de edificar apenas o grupo com o qual nos reunimos, mas, sim, todos os filhos de Deus. De maneira prática, os livros espirituais nos ajudam a levar o evangelho do reino a muitos lugares onde não podemos estar fisicamente.
Portanto, não podemos viver a vida da igreja visando apenas a nosso próprio crescimento de vida. Há uma comissão importante que foi dada a cada um de nós: de pregar o evangelho do reino e promover a edificação do Corpo de Cristo.


Ponto-chave: Completar a obra de pregação do evangelho do reino.

Pergunta: Quanto você cresceu na vida divina nos últimos meses?

terça-feira, 29 de outubro de 2013

O APERFEIÇOAMENTO DOS SANTOS PARA A OBRA DO MINISTÉRIO

ALIMENTO DIÁRIO -SEMANA 6 - TERÇA-FEIRA

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
O aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério (1 Co 12:4-6; Ef 4:11-12)

Leitura bíblica: Ef 1:3-14; 2:1-10; 3:2, 17; 4:7-12 

Ler com oração: Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho de seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo (Ef 4:11-12).

O APERFEIÇOAMENTO DOS SANTOS PARA A OBRA DO MINISTÉRIO

Efésios 1 nos traz um resumo da economia neotestamentária de Deus. A essência do Seu plano é resgatar o homem, por meio do perdão dos pecados, e infundir-lhe Sua vida, de modo a transformar pessoas outrora inúteis em úteis para governar com Ele no mundo que há de vir.
No capítulo 2, vemos os elementos constituintes da igreja e o modo como a misericórdia de Deus nos alcançou (vs. 1-10). O capítulo 3, por sua vez, fala dos mordomos, que cooperam com Deus no cuidado com os membros do Corpo de Cristo. São os oikônomos, verdadeiros “garçons” espirituais, que alimentam as pessoas com o evangelho completo, especialmente com o evangelho do reino, por meio dos livros espirituais. Ao falar do mordomado, Paulo ora para que estejamos arraigados e alicerçados no amor que vem do Senhor (v. 17).
Nos capítulos 4 a 6, Paulo nos mostra os cinco tipos de andar cristão: andar na graça, na verdade, no amor, na luz e no espírito. Nossa ênfase nesta semana, contudo, será no aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério.
Em Efésios 4, lemos que “ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres” (v. 11). Aqui vemos alguns mordomos que foram especialmente preparados pelo Senhor para o aperfeiçoamento dos santos. Portanto, esses homens que Deus deu à igreja não são para substituir o funcionamento normal dos membros do Corpo de Cristo. O avião, que representa a economia neotestamentária de Deus, não irá decolar se a asa correspondente à igreja tiver apenas um pequeno grupo que funcione e a grande maioria dos membros permanecer inativa. O objetivo do aperfeiçoamento é fazer com que todos desempenhem o seu serviço, ou seja, funcionem dando sua justa cooperação, para a edificação do Corpo de Cristo (v. 12). Assim, essa “asa” poderá funcionar e o “avião, levantar voo” e cumprir toda a economia neotestamentária de Deus.


Ponto-chave: Todos precisamos ser aperfeiçoados.
Pergunta: Qual a função dos homens-dons que Deus concedeu ao Corpo de Cristo?

EXERCITAR O ESPÍRITO PARA EXTRAIR VIDA DA PALAVRA

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 6 - SEGUNDA-FEIRA

NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
O aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério (1 Co 12:4-6; Ef 4:11-12)

Leitura bíblica: Jo 5:39; 6:63; 14:6; 2 Tm 2:2; 3 Jo 4

Ler com oração: O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco (Fp 4:9).

EXERCITAR O ESPÍRITO PARA EXTRAIR VIDA DA PALAVRA

Nas últimas semanas, temos visto a importância de ler a Bíblia de uma maneira nova, usando nosso espírito para extrair vida da Palavra. O que o Senhor espera de nós é que saibamos aplicar as verdades que temos ouvido, ajudando os demais irmãos por meio de nossas experiências, tal como fizeram os apóstolos Pedro e João na sua maturidade, quando escreveram suas epístolas.
Todas as verdades que temos ouvido fazem parte da Fé, que é o conteúdo da economia neotestamentária de Deus. Essa Fé é também o próprio Filho de Deus, conforme lemos em Gálatas 2:20. Antes disso, em João 14:6, o próprio Senhor Jesus disse que Ele é a verdade. Em outras palavras, a verdade é uma pessoa viva.
Olhando novamente para a figura do avião (vide ilustração na pág. 93), que representa a economia de Deus no Novo Testamento, vemos que uma das suas asas prefigura o livro de Colossenses, onde nos é revelado Cristo como a Cabeça do Corpo, da igreja (Cl 1:18). Sem Ele, tudo é vazio; sem Ele, não temos nada. A outra asa representa o livro de Efésios, que mostra a igreja como o Corpo de Cristo (Ef 1:22-23), onde todos os membros ganharam vida e funcionam. Para que a economia de Deus “alce voo” e a vontade Dele seja cumprida, o conteúdo da Fé, que é o próprio Cristo, precisa ser transferido para a fé subjetiva dos membros de Seu Corpo, e isso acontece, pouco a pouco, sempre que exercitamos nosso espírito e praticamos a Palavra.
Transmitir as verdades é algo muito importante e faz parte de nossa função na igreja (2 Tm 2:2) mas, depois disso, precisamos ajudar os irmãos a praticá-las.


Ponto-chave: Exercitar o espírito nos leva a praticar as verdades.

Pergunta: Qual o enfoque atual do Senhor em relação às verdades contidas na Palavra?

domingo, 27 de outubro de 2013

O CONTEÚDO DA FÉ EM 2 PEDRO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 5 / DOMINGO

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES / A Fé (1 Tm 1:3-4) / Leitura bíblica: 2 Pe 1:1-15

Ler com oração: Por esta razão, sempre estarei pronto para trazer-vos lembrados acerca destas coisas, embora estejais certos da verdade já presente convosco e nela confirmados (2 Pe 1:12).

O CONTEÚDO DA FÉ EM 2 PEDRO

Vejamos um pouco sobre o conteúdo da Fé em 2 Pedro 1. O versículo inicial diz: “Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo”. No original grego o verbo obter tem o sentido de aquinhoar, designar ou obter por quinhão. Deus dividiu a terra de Canaã em lotes, e cada tribo e família recebeu uma porção, um lote. Cada um de nós, que cremos no Senhor, recebeu um quinhão da fé.
Pedro prossegue: “Graça e paz vos sejam multiplicadas, no pleno conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor. Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade” (vs. 2-3a). Quando o Senhor voltar, não poderemos alegar que nos faltou algo para sermos vencedores, uma vez que Ele já nos deu todas as coisas. Certa vez o Senhor disse que “àquele a quem muito é dado, muito será exigido” (Lc 12:48). E Pedro conclui o versículo dizendo: “Pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude”. Esse é o chamado do Senhor para reinarmos com Ele!
Nos versículos 5-7, vemos os passos pelos quais passamos. Primeiro, temos de ser diligentes; não podemos ser preguiçosos. Deus insiste em nos fazer reinar, mas nós precisamos insistir também. Se não cooperarmos com Ele, mesmo que Ele insista, não chegaremos lá. A seguir, Pedro enumera vários itens que devemos associar à nossa fé subjetiva, isto é, para ser desenvolvida, recebendo o conteúdo da Fé objetiva. Depois da fé, temos a virtude, o conhecimento, o domínio próprio, a perseverança, a piedade, o amor fraternal e o amor. Este é o amor ágape, o amor divino, o qual deve ser a essência de tudo o que estamos praticando hoje: alcançar as pessoas por meio do evangelho, das reuniões de casa, do BooKafé, da colportagem etc. Na vida da igreja, a essência tem de ser o amor: amar a Deus e amar as pessoas. Pedro aqui nos mostra essa escada, essa evolução desde a virtude até o amor ágape.
Em sua segunda epístola, Pedro afirma que se esforçava para fazer com que os santos se lembrassem do que já fora falado (1:12-15). A Fé não é um assunto novo, e sim já falado muitas vezes. Mas, para nossa segurança, é bom repetir, porque sempre precisamos ouvir outra vez (Fp 3:1). No Antigo Testamento, em Êxodo, Levítico e Números, o Senhor falou tantas palavras para o povo de Israel, mas em Deuteronômio Ele as repetiu. A palavra deuteronômio significa falar de novo. Deúteros é dois; nómos é lei; portanto, é lei falada pela segunda vez. Nunca devemos ficar cansados do falar do Senhor a nós. É como nossa alimentação de cada dia: “nosso arroz e feijão”, isso é o que nos fortalece e é o que nos vai fazer entrar no reino. Não precisamos procurar novidades, coisas inéditas ou curiosas na Palavra. O que precisamos é ouvir de novo e praticar, experimentar, viver cada vez mais, até que possamos amadurecer e entrar no reino.


Ponto-chave: O Senhor já nos deu todas as coisas que conduzem à vida e à piedade.

Pergunta: Quais os passos que precisam ser desenvolvidos em nossa experiência cristã de acordo com 2 Pedro 1?

sábado, 26 de outubro de 2013

DO “LIXÃO” PARA O REINO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 5 / SÁBADO


 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES / A Fé (1 Tm 1:3-4)

Leitura bíblica: Gl 2:16; 3:2-3; 5:2-3, 11; Ef 1:14; 3:21; Cl 1:15-19; 2:2, 9; 3:11

Ler com oração: Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Fp 3:13-14).

DO “LIXÃO” PARA O REINO

Deus quer dispensar a Fé objetiva à nossa fé subjetiva, e o melhor lugar para isso é o viver da igreja. Além de nos dispensar a Fé, Deus quer nos usar como mordomos para dispensá-la a outros também. Invocar o nome do Senhor é um modo de consertar a “máquina fotográfica”, isto é, o espírito humano nos crentes, para que também possam “tirar fotos”, ou seja, permitir que a Fé objetiva se torne sua fé subjetiva. Graças ao Senhor, centenas de pessoas têm tido essa experiência no mundo todo.
Em Efésios 2, Paulo muda o enfoque e passa a falar do tipo de pessoa que Deus utiliza para realizar Seu propósito. Nós estávamos num “lixão” para ser queimados; éramos imprestáveis, mortos em delitos e pecados. Mas Deus, por causa do Seu grande amor por nós, teve muita misericórdia e nos deu vida juntamente com Cristo a fim de fazer de nós Sua obra-prima. Considerando nossa situação sem Cristo, podemos dizer como o salmista: “Que é o homem, que dele te lembres?” (Hb 2:6). O Senhor, porém, parece ter dito: “Gostei desse pedaço de sucata”, e nos pegou e colocou na vida da igreja. Hoje Ele está trabalhando Sua vida e natureza em nós, a fim de que um dia sejamos semelhantes a Ele (1 Jo 3:1-2). Que misericórdia!
No capítulo 3 de Efésios, vemos sobre a importância dos mordomos na economia de Deus, a oração de Paulo para que Cristo faça morada em nossos corações, pela fé, a fim de conhecermos o imensurável amor de Cristo. Então, nos capítulos 4 a 6, que serão desenvolvidos nas próximas semanas, vemos o viver prático, o andar digno do chamamento do Senhor, os cinco tipos de andar.
Dentre os escritos de Paulo, há cinco livros muito importantes nos quais temos a essência da economia divina revelada a Paulo e escrita por ele a nós: Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. Em Gálatas, Paulo mostra a transferência da economia do Antigo para a do Novo Testamento: das obras da lei para a fé em Cristo (2:16); da carne para o Espírito (3:2-3). Colossenses nos mostra Cristo como o mistério de Deus e centro de todas as coisas (Cl 1:15-19; 2:2, 9; 3:11). Não vamos nos distrair com outras coisas, mas nos ater apenas a Cristo. Em Efésios, é-nos mostrada a igreja como a plenitude de Cristo (Ef 1:22-23).
A Epístola de Paulo aos Filipenses nos mostra a meta: esquecer as coisas que para trás ficam e avançar para as que estão adiante (3:13). Damos graças ao Senhor por todas as experiências passadas, mas não podemos ficar presos nelas; antes, avançar para a meta. O avião da economia de Deus tem por destino o reino. A vida da igreja é o “avião” que nos leva ao reino. Hoje temos de cuidar bem dela, nosso “avião”, para que seja cheia do Espírito, de serviços, de crescimento em vida, de cuidado mútuo, de amor. Sem o avião, ninguém chega ao destino; ambos são igualmente importantes.
Por fim temos Filemom, que fala do amor, a base, a pista de decolagem, para alcançarmos nossa meta. Enquanto estamos correndo para o alvo, não estamos sós, mas estamos correndo juntos. Se um cair, o irmão do lado vai ajudá-lo a se levantar; se a perna de um doer, outro poderá carregá-lo em amor e seguir junto com ele, ajudando-o a perseverar e a ser aperfeiçoado. Dessa maneira, seremos como os Demétrios e Onésimos, que outrora eram inúteis, mas agora são úteis à economia de Deus.
Graças ao Senhor pelo “avião” da economia de Deus, de Seu dispensar, cujo destino é a manifestação do reino na era vindoura. É nele que estamos.


Ponto-chave: Até que todos cheguemos ao reino.

Pergunta: Você consegue descrever o “avião”, “o plano de voo” e o destino que Deus preparou para os crentes?

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O DISPENSAR DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 5 / SEXTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES / A Fé (1 Tm 1:3-4)

Leitura Bíblica:Ef 1:1-14

Ler com oração: Que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele (Ef 1:17).

O DISPENSAR DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO

A economia de Deus é apresentada de maneira muito clara no capítulo 1 do livro de Efésios. Paulo diz: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo” (v. 3). Hoje muitos cristãos, por meio do evangelho da prosperidade, buscam a Deus para obter bênçãos materiais. Mas, na economia de Deus, o enfoque são as bênçãos espirituais – essa é a incumbência que recebemos de Deus: levar a todas as pessoas as bênçãos espirituais, isto é, a obra que o Deus Triúno deseja fazer em nós. Esse é “o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo” (3:8).
Em Efésios 1, Paulo apresenta primeiro as bênçãos espirituais de Deus Pai: a escolha e predestinação para a filiação (vs. 4-5a – lit.). A expressão “adoção de filhos” encontrada em muitas versões é melhor traduzida por “filiação”. Não somos filhos adotivos de Deus, e sim legítimos, pois nascemos Dele ao crer (Jo 1:13), fomos regenerados e ganhamos a vida de Deus (1 Pe 1:3). Essa é a exigência para entrar no reino de Deus (Jo 3:3, 5).
Em Sua economia, o Deus Triúno quer Se dispensar ao homem tripartido. A porção do Pai nessa economia é a escolha em Cristo antes da fundação do mundo e a predestinação para a filiação, ou seja, para sermos filhos maduros, não infantis, aptos para reinar com Cristo no milênio. Para que esse crescimento ocorra, e nos tornemos filhos maduros, o Senhor nos coloca na vida da igreja. Como já falamos inúmeras vezes, o crescimento espiritual, na vida de Deus, ocorre quando negamos a vida da alma. Se não a negamos, somos como um vaso totalmente cheio, sem espaço para receber mais nada. Mas, se a negamos e nos esvaziamos, abrimos espaço para Deus nos dispensar mais da vida divina. Quando crescemos em Sua vida, temos o desejo de servir os outros, pregando o evangelho, cuidando de pessoas e abrindo nossas casas. Isso é o que se entende por filiação.
Após o dispensar do Pai, temos a obra do Filho: a redenção (vs. 6-7). Deus nos escolheu como Seus filhos e nos predestinou para reinar. Mas havia um problema: éramos pecadores. Por isso Deus teve de vir como Filho do Homem, tomar nosso lugar na cruz e resolver o problema dos pecados. E, como Filho de Deus, Ele nos dispensa Sua vida para que possamos crescer e um dia reinar juntamente com Ele. O versículo 10 diz que Deus quer “fazer convergir nele [em Cristo], na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu, como as da terra”. A expressão “da dispensação da plenitude dos tempos” refere-se à manifestação do reino na era vindoura. Nessa ocasião, Deus fará convergir em Cristo todas as coisas e fará de Cristo o Cabeça de tudo (v. 22). Esse é o encabeçamento do Senhor. Tudo isso faz parte da Fé, da economia de Deus, que devemos experimentar e dispensar às pessoas.
Por fim temos o dispensar do Espírito: o selar e o penhor (vs. 13-14). Quando alguém toma dinheiro emprestado numa loja de penhores, precisa dar algo de valor como garantia que irá devolver o dinheiro: isso é um penhor. Quando o dinheiro é devolvido à loja, pode-se resgatar o que se penhorou. Deus colocou Seu Espírito em nós como penhor, garantia de que vai nos resgatar. O selar do Espírito é a aprovação de nosso procedimento, nossos atos de justiça. Sempre que fazemos algo pela vida e natureza divina que condiz com a justiça de Deus, o Espírito nos sela, ou confirma. Quando o Senhor voltar, esperamos que nossa conduta esteja toda carimbada do Espírito.
Uma coisa é entender a economia de Deus na teoria, outra é praticá-la e permitir que ela mude nossa vida! Ao receber a Palavra, invocando o nome do Senhor, orando e exercitando o espírito, a Fé objetiva se torna subjetiva. O dispensar que obtemos, dispensamos aos demais.


Ponto-chave: Bênçãos espirituais que mudam nossa vida.

Pergunta: Que experiências você tem tido com o selar do Espírito em seus atos?

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A FÉ OBJETIVA E A FÉ SUBJETIVA

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 5 - QUINTA-FEIRA


NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES - A Fé (1 Tm 1:3-4)

Leitura bíblica: Ef 3:1-4; Cl 1:25-29; 1 Tm 3:9

Ler com oração: Mantendo fé e boa consciência, porquanto alguns, tendo rejeitado a boa consciência, vieram a naufragar na fé (1 Tm 1:19).

A FÉ OBJETIVA E A FÉ SUBJETIVA

Chegamos agora ao tema desta semana: “A Fé”. O termo “fé”, na Bíblia, tem dois significados, ou duas aplicações: precedido do artigo “a” (a Fé), refere-se a tudo aquilo em que cremos. Geralmente o grafamos com inicial maiúscula. Podemos dizer que é tudo o que o Senhor nos transmite na Palavra, as verdades objetivas reveladas na Bíblia, ou seja, o conteúdo da economia neotestamentária de Deus que chamamos de “a Fé”. Toda a visão que Paulo recebeu não era para ele apenas, mas para transmitir a nós (Ef 3:1-4; Cl 1:25-29).
No nome BooKafé (Book-a-fé), o termo fé refere-se às verdades, não como doutrina ou mero conhecimento, mas às verdades que mudam vidas, que se tornam nossa experiência. O segredo não é quanto ouvimos ou sabemos, e sim quanto elas são eficazes em nosso viver, quanto nossa vida mudou por meio delas. Nossa vida pessoal, familiar, social, profissional, precisa receber a influência da Fé. É isso que Paulo chama de “dispensar” ou “economia”.
Já o termo fé (geralmente sem o artigo e que grafamos com inicial minúscula) refere-se a nosso ato de crer nas verdades objetivas, é nossa atitude ou reação. O alvo de Deus é colocar a Fé objetiva em nossa fé subjetiva, ou seja, em nosso espírito (objetiva quer dizer fora de nós e subjetiva quer dizer dentro de nós, e que podemos experimentar, vivenciar). Uma ilustração disso é a comida: fora de nós ela é objetiva, mas, quando a comemos, ela entra em nosso estômago, é assimilada pelo organismo e nos fortalece.
Por exemplo, há um prato chinês famoso, o pato de Pequim. Podemos pesquisar esse prato na internet ou em livros culinários e saber muito a respeito dele, mas, se nunca o comemos, não o experimentamos nem sabemos como é. Se, porém, formos a um restaurante chinês, pedirmos esse prato e o comermos, teremos a experiência subjetiva dessa comida e não apenas pesquisado ou obtido conhecimento objetivo dela. Igualmente o enfoque de Deus ao nos dispensar as verdades é que elas se tornem nossa experiência. Por vezes ouvimos uma mensagem e pensamos: “Ah, entendi”. Entender na mente não é assimilar no espírito – não necessariamente se tornou nossa vida.
A assimilação da Fé objetiva na fé subjetiva requer uma parte importante de nosso espírito: a consciência. Tomemos o exemplo de uma câmera fotográfica (vide diagrama na pág. 82). Quando tiramos uma foto, apertamos um botão e a cena que estava fora da câmera é gravada, registrada, nela. A cada clique, mais uma imagem objetiva entra na câmera. Nossa reação às verdades é como apertar o botão dessa máquina fotográfica. Mas, se a lente está suja, a imagem não é registrada correta ou nitidamente. Podemos comparar nossa consciência à lente da câmera: ela precisa estar limpa (1 Tm 3:9). Não podemos ter nenhum “véu” que turve a visão ou “tampa” que bloqueie a imagem.
A fé subjetiva está sempre ligada à uma boa consciência (At 23:1; 1 Tm 1:19; Hb 13:18; 1 Pe 3:16, 21). Por isso, encorajamos os irmãos a exercitar o espírito no viver da igreja, esvaziando-se e orando: “Ó Senhor Jesus, tira de mim tudo o que me impede de ter visão. Quero ter um espírito sensível, uma consciência limpa”. Quando temos uma boa consciência, ao ouvirmos a Palavra de Deus, reagimos. Porém, se nossa consciência estiver “suja”, teremos uma atitude crítica quanto ao que ouvimos e, por conseguinte, não veremos o que o Senhor quer nos mostrar. Portanto, nossa reação depende do estado da nossa consciência.
Que todos estejamos aptos a ver o que o Senhor nos quer mostrar e tenhamos pronta reação!


Ponto-chave: Consciência limpa, reação rápida e positiva à Palavra do Senhor.

Pergunta: Como está sua consciência?

terça-feira, 22 de outubro de 2013

MORDOMOS

ALIMENTO DIÁRIO -SEMANA 5 - QUARTA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES - A Fé (1 Tm 1:3-4)

Leitura bíblica: Lc 12:42-48

Quem é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor confiará os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? (Lc 12:42).

MORDOMOS

Nos tempos antigos, as famílias eram muito grandes e moravam juntas num grande complexo. Como o pai de família não podia cuidar de tudo sozinho, ele contratava um mordomo, que no grego é oikonómos, um despenseiro, que cuidava da despensa e supria as necessidades de todos que moravam na casa. Sua responsabilidade era assegurar-se de que todos os membros da família estavam supridos em suas necessidades e não havia falta de nada.
Podemos dizer que a economia de Deus pode ser exemplificada por um enorme restaurante com a cozinha cheia de comida por todos os cantos, enquanto muitas pessoas estão assentadas às mesas, famintas, esperando ser atendidas pelos garçons que, mesa a mesa, servirão a comida.
O “restaurante” divino está repleto de comida celestial, porém faltam “garçons” que distribuam o alimento. Esses “garçons” são o que a Bíblia chama de ministros, despenseiros, mordomos. Deus nos confiou Suas riquezas, portanto, precisamos arregaçar as mangas, sair das quatro paredes da “cozinha” e servir as pessoas que estão com fome. Esse serviço, ou administração das riquezas espirituais de Cristo, é feito por meio da pregação do evangelho, nas unidades de BooKafé, cujo objetivo é levar, por meio dos livros, a economia de Deus, que é o conteúdo da Fé, para a fé das pessoas. Também podemos sair aos domingos de manhã ou à tarde ou ainda no sábado para evangelizar, visitar e cuidar de pessoas. Enquanto fazemos isso, podemos apresentar-lhes os livros que estamos lendo e desfrutando. Isso é ser mordomos fiéis que alimentam os conservos (Mt 25:45-47).
O Senhor precisa desses mordomos em toda parte: em casa, no trabalho, no ônibus, em qualquer lugar. É disso que Deus nos encarregou hoje; é um grande privilégio ter as riquezas de Cristo confiadas a nós. O “restaurante” de Deus já está aberto, muitos tipos de “pratos” estão prontos, cheios de comida, e milhares e milhares de pessoas estão com fome. Deus ainda precisa de muitos “garçons” que conheçam o conteúdo da Fé e se disponham a servi-las.
O Senhor insiste em nos fazer reinar, mas de nossa parte, precisamos cooperar com Ele. Que esse fogo da fé arda em cada um de nós. Isso não é tão confortável, pois teremos de ler-orar a Palavra, exercitar o espírito, ler os livros. Como apresentar às pessoas livros que não conhecemos? Temos de ter certa disciplina hoje para reinar no futuro. Devemos fazer um investimento, uma programação de leitura, quer em grupos, quer individualmente, pois isso vai render “dividendos” espirituais em médio e longo prazos. Essa programação de leitura deve incluir o marido, a esposa, os filhos, enfim, toda a família. Isso pode ser feito no BooKafé, no local de reuniões, ou até nos grupos familiares de cuidado mútuo. Ficaremos surpresos em ver, depois de um ano, quantos livros conseguimos ler e o quanto nos alimentamos do Senhor. Isso revolucionará nossa vida espiritual. Vai ser muito bom para nós, para nossa família, para a vida da igreja, para as pessoas ao nosso redor e para os irmãos que contatarmos. Que o Senhor nos dê graça para desenvolver nosso mordomado!


Ponto-chave: Mordomos fiéis e prudentes.

Pergunta: Quantos livros espirituais você leu nos últimos doze meses?

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

ALIMENTAR OS FILHOS DE DEUS

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 5 - TERÇA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES:  MENSAGEM 05: A Fé (1 Tm 1:3-4)

 Em declinando a tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram: É deserto este lugar, e já avançada a hora; despede-os para que, passando pelos campos ao redor e pelas aldeias, comprem para si o que comer. Porém ele lhes respondeu: Dai-lhes vós mesmos de comer (Mc 6:35-37a).

ALIMENTAR OS FILHOS DE DEUS

A economia divina é a administração doméstica, ou arranjo familiar, que visa dispensar, distribuir o mantimento provido pelo Pai a todos os membros de Sua família segundo a necessidade de cada um. Temos de ampliar nossa visão, pois a família de Deus não são apenas os irmãos que se reúnem conosco entre as quatro paredes de nossos locais de reuniões. A família de Deus é formada por todos os crentes regenerados, nascidos de Deus (Jo 1:12-13). Por isso, nossa responsabilidade é dispensar as riquezas de Cristo como alimento a todos os filhos de Deus.
Por anos e anos temos procurado penetrar nas riquezas de Cristo que há na Palavra e alimentar-nos das verdades, por isso temos tantas conferências ministradas e tantos livros publicados. Porém devemos perceber que essas riquezas não são apenas para nosso desfrute mas para serem compartilhadas com nossos queridos irmãos, com todos os filhos de Deus. Paulo disse aos efésios que ele recebera o dispensar da graça de Deus não para ele, mas para os crentes (Ef 3:2-3); e o mesmo também falou aos colossenses (Cl 1:25). Quanto mais compartilharmos, mais o Senhor nos dará de Suas riquezas.
Esse é o objetivo do BooKafé, dos colportores e do CEAPE. As riquezas que desfrutamos não podem ficar paradas em nossas “estantes”; antes, devemos usá-las para suprir todos os filhos de Deus. É por isso que Ele nos deu tanta abundância espiritual. Há irmãos em vários lugares, como África, América Central e outros continentes aguardando por esse suprimento, como passarinhos com a boca aberta, esperando que a mamãe pássaro os alimente.
Todo país tem um plano para administrar suas riquezas e prosperar. Seu desenvolvimento depende de sua economia, isto é, todos os recursos naturais, financeiros e econômicos precisam ser administrados adequadamente para que a riqueza dele seja distribuída de maneira equilibrada entre todos os seus habitantes. Quando isso ocorre, não existe disparidade entre as classes sociais, ou seja, não existem os muito ricos nem os muito pobres.
O que existe no meio cristão hoje é que alguns retêm as riquezas de Cristo; e, como os irmãos em sua maioria são leigos, não participam dessas riquezas, e por isso não crescem espiritualmente. Precisamos reverter esse quadro e distribuir as riquezas insondáveis de Cristo, que foram colocadas em nossas mãos, a todos os filhos de Deus para que desfrutem o Senhor, cresçam na vida divina, amadureçam, desenvolvam seus dons em ministérios e sejam aperfeiçoados para um dia também reinar no mundo que há de vir.


Ponto-chave: Ministrar as riquezas de Cristo para o crescimento e amadurecimento dos filhos de Deus.
Pergunta: Que precisamos fazer para que as riquezas de Cristo alcancem os filhos de Deus?

domingo, 20 de outubro de 2013

PROMOVER O DISPENSAR DE DEUS NA FÉ

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 5 - SEGUNDA-FEIRA

 NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES -  A Fé (1 Tm 1:3-4)

Leitura bíblica:  Mt 4:19; 11:28; 28:19; At 1:8

A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo e manifestar qual seja a dispensação do mistério, desde os séculos, oculto em Deus, que criou todas as coisas (Ef 3:8-9).

PROMOVER O DISPENSAR DE DEUS NA FÉ

Entre seu primeiro e segundo aprisionamentos, Paulo voltou a visitar as igrejas e novamente foi a Éfeso quando seguia para a Macedônia. Ao constatar que alguns dos irmãos se envolviam com coisas que nada tinham a ver com a economia de Deus, Paulo escreveu a Timóteo rogando que permanecesse ainda em Éfeso para admoestar a certas pessoas, a fim de que não ensinassem outra doutrina, nem se ocupassem com fábulas e genealogias sem fim, que, antes, promoviam discussões do que o serviço de Deus, na fé (1 Tm 1:3-4).
A palavra serviço no grego é oikonomía, ou seja, economia. Ensinar outra doutrina, ou ensinos diferentes que não produzem a economia de Deus, refere-se a buscar novidades e curiosidades que nos desviam do centro do plano de Deus para o homem, revelados na Bíblia. Era como se Paulo falasse a Timóteo: “Fala para essas pessoas que não ensinem outras coisas, mas permaneçam no que ouviram, nos itens centrais do propósito de Deus. O que eles estão falando são fábulas e genealogias sem fim, que só promovem discussões, mas não promove, em nada, a economia de Deus na fé”.
A palavra grega oikonomía é composta de dois radicais: oikós, que quer dizer casa, e nómos, que significa lei; ou seja, é uma lei da casa, ou, em termos de hoje, uma administração doméstica. Todas as donas de casa têm uma administração familiar: sabem que toda semana têm de abastecer a despensa, anotam o que foi consumido na casa e quanto precisam comprar; administram os recursos financeiros planejando o que devem ou não comprar.
Igualmente em Sua casa, que é a igreja, Deus tem uma economia: Ele sabe o que Seus filhos precisam e o quanto precisam. Desse modo Ele usa os irmãos líderes para ir até a “despensa” obter alimento espiritual para Seus filhos. Essa é a economia divina, Seu dispensar, que temos provado por tanto tempo.
Que possamos nos preocupar mais em alimentar os filhos de Deus com Suas riquezas para que cresçam de maneira saudável. Graças ao Senhor por Seu cuidado conosco!


Ponto-chave: Promover a economia de Deus na fé
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Pergunta: Que significa promover a economia de Deus na fé?

Agora meus olhos te vêem

Agora meus olhos te vêem

Em meio a tantas lutas e dificuldades;  em meio as turbulências da vida...
Quando muitos não tem a quem recorrer, e ninguém para os socorrer...
Nós somos privilegiados por termos uma fé viva num Deus vivo.
E olha que eu não estou falando de religião; eu estou falando do Deus da Bíblia; do Deus de Abraão, Isaque, e Jacó; enfim, do Deus Todo Poderoso.
Esse Deus, que muitos conhecem por nome, por ouvir falar; mas não o conhecem por fé e verdade; devido a falta de uma experiência pessoal com ele.
Jó demostrou regozijo ao falar da diferença entre ouvir falar,  e conhece-lo através de uma experiência pessoal...
"Antes eu te conhecia só por ouvir falar, mas agora eu te vejo com os meus próprios olhos. (Jó 42:5)
O que levou Jó a uma experiência tão profunda com Deus? - Bem, com certeza foi a sua retidão, integridade, fidelidade, temor; mas, acima de tudo, o seu sincero desejo de estar com Deus.
Jó conhecia  Deus de ouvir falar; provavelmente ouvira falar de sua grandeza e seus grandes feitos.
Jó é um exemplo vivo, de abnegação, fé, e confiança em Deus.
Apesar das grandes perdas e sofrimento, Jó manteve-se fiel.
Fiel aquele de quem ele tanto ouvira falar,
e que tanto desejava conhecer. Consequentemente esse desejo, essa fidelidade, o levaram a uma forte experiência com Deus.
"E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo, o vosso coração." (Jeremias 29:13)
De igual modo, nós também, podemos ter uma experiência viva e maravilhosa com esse Deus.
Se entregarmos verdadeiramente o nosso coração ao Senhor ...  
Mas, não esqueçamos, que essa entrega consiste em renuncia...
Jó perdeu quase tudo o que possuía, mas não se deixou tragar pela agonia e desespero; Ele Confiou... E depositou a sua vida e esperança nas mãos de Deus.
Lamentavelmente alguns  dizem: "Eu  entreguei a minha vida para Deus, e  nada aconteceu!"...
É  claro que nada aconteceu e nada acontecerá, se realmente você não a entregar de fato e de verdade. Entregar a vida nas mãos de Deus, é mais que simples palavras...  É ação! - É renuncia! - É submissão!
Tem que haver verdadeiramente vontade e desejo de entrega.
"Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos observem os meus caminhos".
(Provérbios 23:26)
"Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo". (Apocalipse 3:20)
Logo, somos nós que abrimos a porta do nosso coração. A "chave" que abre essa porta, chama-se: "querer". A responsabilidade é minha de abrir ou não a 'porta'. Quando eu verdadeiramente "quero" tudo pode acontecer... -
Quando realmente queremos, experimentamos uma maravilhosa vivência com o Espírito Santo. E, veja bem, isso não quer dizer que a partir daí, passamos a ser perfeitos e infalíveis - Não! - Com certeza não! - Mas Deus olha para dentro do nosso coração e contempla o nosso sincero desejo de querer acertar, mesmo errando.
Ao errarmos: - "Meu Deus eu falhei! Mas não posso viver sem ti; eu preciso de ti Senhor; eu quero a tua constante presença comigo" - "Deus eu tropocei! Segura minha mão Senhor... sou totalmente dependente de ti!"
Amados, Deus ama a sinceridade. Deus ama a verdade no íntimo.
Confira no Salmo 51, a declaração do rei Davi, arrependido, após ter pecado contra o Senhor Deus:

                        Salmo de Davi

1 "Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.

 2 Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado.

 3 Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.

 4 Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista, para que sejas justificado quando falares, e puro quando julgares.

 5 Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.

 6 Eis que amas a verdade no íntimo, e no oculto me fazes conhecer a sabedoria.

7 Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais branco do que a neve.

 8 Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que gozem os ossos que tu quebraste.

 9 Esconde a tua face dos meus pecados, e apaga todas as minhas iniqüidades.

 10 Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto.

 11 Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo.

 12 Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário.

 13 Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão.

 14 Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua louvará altamente a tua justiça.

 15 Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca entoará o teu louvor.

 16 Pois não desejas sacrifícios, senão eu os daria; tu não te deleitas em holocaustos.

 17 Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.

 18 Faze o bem a Sião, segundo a tua boa vontade; edifica os muros de Jerusalém.

 19 Então te agradarás dos sacrifícios de justiça, dos holocaustos e das ofertas queimadas; então se oferecerão novilhos sobre o teu altar.
Salmos 51:1-19

 Assim como o humilde Jó, o aquebrantado Davi, e muitos outros; inclusive na atualidade, homens e mulheres, que se humilham e se submetem ao querer e a vontade do eterno Deus.
Deus então passa a ser vivo, real, para essa pessoa, em sua experiência pessoal com ele. A nossa intimidade e comunhão com ele se acentua, a ponto de podermos dizer com convicção o mesmo que disse Jó: "Antes eu te conhecia só por ouvir falar, mas agora eu te vejo com meus próprios olhos".
A fé é isso! - A fé nos dar visão de Deus. É claro que Jó foi um homem que teve uma das mais terríveis provações do qual a bíblia relata.
Já a  nossa experiência, 'pela graça de Deus', se quer se aproxima de tanta dor e sofrimento. Mas uma coisa podemos ter em comum com Jó, o seu Deus e a sua fé viva; consequentemente poderemos senti-lo e vê-lo, com os olhos da fé, dentro do nosso coração.
Quem sabe você deseja ardentemente ter experiência e  intimidade com Deus. Então levante-se pela fé! - O momento é esse! ...  É agora! ...
E quanto a você, que já se encontra em uma igreja, mas sente-se abatido e desanimado, e quem sabe tenha dito pra si mesmo:
"É, comigo não adianta, pois nada acontece. Deus não me aceita como sou... Sou fraco e falho... Deus não me ama..."
Isso não é verdade pessoa querida e amada de Deus!
Vamos, levante-se agora! - Erga a sua cabeça! -  Entregue-se sem reservas nas mãos do Salvador Jesus!...
E veja o quanto você é importante para ele...
Veja o milagre acontecer em sua vida! -
Você poderá ter, a partir de agora, acesso ao Deus Vivo, sem barreiras, e sem reservas, através da fé em Cristo Jesus.
Através de sua maravilhosa "graça" revelada aos homens, na cruz do calvário.
Muitos não tem esperança por não conhecerem a palavra, a grandeza, e fidelidade desse Deus. Mas você pode, pois a palavra dele está aí, bem próxima a você. Acredite, você verá o Rei  e a sua glória, numa experiência única e pessoal. Tome posse, pois o tempo de cantar... chegou!!
Que o nosso Deus e Pai, nos abençoe à todos, rica e abundantemente.
Amém!!

A MANEIRA ESPONTÂNEA DE NEGAR A VIDA DA ALMA

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 4 / DOMINGO


ALIMENTO DIÁRIO - A PRÁTICA DA VERDADE

Leitura Bíblica:
Rm 6:6; 2 Co 5:17; Gl 5:24

"Pelo Seu divino Poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo"
(2 Pedro 1:3-4).

A MANEIRA ESPONTÂNEA DE NEGAR A VIDA DA ALMA

Por permitir que o Senhor trabalhasse nele, Pedro tinha certeza de que receberia louvor, glória e honra na revelação do Senhor, isto é, na Sua volta (1 Pe 1:7). E quanto a nós? Devemos continuar a negar a vida da alma, voltar-nos ao espírito e permitir que o fogo queime todas as impurezas de nosso ser.

A Bíblia nos revela vários fatos espirituais realizados pelo Senhor a nosso favor na cruz. Romanos 6:6 diz: “Sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos”. Em 2 Coríntios 5:17 Paulo nos diz: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”. Em Gálatas 5:24 lemos: “E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências”. Esses feitos realizados pelo Senhor são objetivos, isto é, são fatos que, em muitos aspectos de nosso viver, ainda não se tornaram nossa realidade.

Por isso insistimos que não é fácil negar a vida da alma, negar a si mesmo, tomar a cruz, fazer morrer a carne com suas paixões e concupiscências, e despojar-nos do velho homem com suas práticas. Isso não depende simplesmente de entender os fatos espirituais com a mente e tomar uma decisão com a vontade.
Quando ouvimos essas palavras acerca de negar a nós mesmos, de que nosso velho homem já foi crucificado juntamente com Cristo e que hoje somos uma nova criatura, muitas vezes decidimos: “De hoje em diante, eu vou negar a vida da alma”, pensando que desse modo a vida da alma vai embora. Não! Dia a dia devemos experimentar desses fatos espirituais. O reino foi semeado em nós pela Palavra do Senhor (Mt 13:19). Agora essa semente precisa crescer, e isso leva tempo e requer labor e cuidado. Por um lado, ninguém pode dizer que já foi totalmente transformado e já está crescido; por outro, todos têm esperança, pois a semente está lá. Aleluia, estamos nesse processo!

O modo de experimentar esses feitos do Senhor é voltar-nos ao nosso espírito, onde habita o Espírito da verdade, da realidade. Ele é que torna todos esses fatos espirituais realidade para nós e em nós. Uma maneira simples e eficiente de nos voltar ao espírito é invocar o nome do Senhor Jesus (cf. 1 Co 12:3). O Senhor está trabalhando naqueles que foram regenerados. Eles nasceram de novo, receberam a vida divina e estão no processo de crescimento e transformação a fim de se tornarem filhos maduros. Quando o Senhor terminar essa obra neles, poderão herdar o reino a fim de governar com Ele o mundo que há de vir. Louvado seja o Senhor!

sábado, 19 de outubro de 2013

A ECONOMIA DE DEUS NOS LIVROS DE GÁLATAS, COLOSSENSES E EFÉSIOS

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 4 / SÁBADO


SÉRIE: NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 04: O ministério epistolar de Paulo (Gl 3:14; 5:25; Ef 1:3; Cl 1:18; Fp 3:14; Fm 11)

Leitura bíblica: Gl 1:13-16; 2:20; 3:14; Ef 1:22-23

Ler com oração: [Em Cristo] foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste (Cl 1:16-17).

A ECONOMIA DE DEUS NOS LIVROS DE GÁLATAS, COLOSSENSES E EFÉSIOS

Para melhor compreendermos a economia neotestamentária de Deus nas principais epístolas de Paulo, o Senhor nos concedeu a ilustração de um avião (vide ilustração na pág. 93). O corpo desse avião ou sua fuselagem representa o livro de Gálatas, que nos apresenta um panorama geral da economia divina.
Nessa epístola, vemos que Paulo, um fariseu que devastava as igrejas e era zeloso das tradições de seus pais, tornou-se útil para Deus, conforme o testemunho que deu: “Aprouve a Deus revelar Seu Filho em mim” (Gl 1:15-16). E completou: “Não sou mais eu quem vive mas Cristo vive em mim” (2:20). Isso é possível, pois Cristo não está mais em carne, já se tornou o Espírito; é por meio do Espírito que a bênção de Abraão chegou a nós(3:14). Aleluia! No Espírito temos o Pai, o Filho e o Espírito Santo como revelado no Evangelho de João (14:16-17, 20). Além disso, o livro de Gálatas nos mostra que não somente devemos começar no Espírito, como também viver e andar Nele, a fim de cumprirmos a vontade de Deus (3:3; 5:16, 25).
Somente a fuselagem, entretanto, não é suficiente para esse “avião” levantar voo. Ele precisa de duas asas que são representadas por Efésios e Colossenses. Colossenses fala do mistério de Deus, que é Cristo (2:2). Ele é a imagem do Deus invisível, e todas as coisas foram criadas por meio Dele e para Ele (1:16). Ele é antes de todas as coisas e Nele tudo subsiste (v. 17). Ele é a Cabeça do Corpo, da igreja e deve ter a primazia sobre todas as coisas. Em poucas palavras: Ele é tudo, sem Ele não temos nada (3:11).
Jesus Cristo é o primogênito dentre os mortos (1:18). O Senhor se tornou um Homem e viveu uma vida totalmente de acordo com a vontade de Deus. Em nenhum momento Ele viveu segundo Sua própria vontade, opinião ou buscando Sua própria glória. Jesus viveu uma vida de negar e esvaziar a Si mesmo. Ele se humilhou e tornou-se obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso, Deus o exaltou sobremaneira, e Lhe deu o nome que está acima de todo o nome, para que todo joelho se dobre e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. Com o fim de desfrutarmos da realidade de tudo o que Ele é e tem, precisamos praticar a maior das verdades – invocar o nome do Senhor. Esse nome é o único em que há salvação!
O “avião” mencionado acima ainda não está completo porque falta uma asa. Essa asa é o livro de Efésios, que revela o mistério de Cristo, que é igreja (3:4-6). Portanto, a igreja é essa asa, porque ela é o Corpo vivo de Cristo (1:22-23). Nós, como membros desse Corpo, precisamos movimentar-nos, exercitando os dons até se tornarem ministérios, por meio de exercitar o dom da Palavra, dos serviços e das ofertas de riquezas materiais. Para o exercício desses dons, Deus nos concedeu a vida da igreja, e também algumas ferramentas para acelerar a divulgação de Sua Palavra como o BooKafé e a colportagem. O primeiro passo é invocar o nome do Senhor (1 Co 12:1-3). Quando os membros se movimentam, essa “asa” faz com que a economia de Deus atinja seu alvo.


Ponto-chave: Cristo é tudo. Sem Ele não temos nada.

Pergunta: O que é revelado nos livros de Gálatas, Colossenses e Efésios?

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

NOSSA ATITUDE: TRANSMITIR A VIDA DE DEUS CONTIDA NAS VERDADES

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 4 / SEXTA-FEIRA

SÉRIE: NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 04: O ministério epistolar de Paulo (Gl 3:14; 5:25; Ef 1:3; Cl 1:18; Fp 3:14; Fm 11)

Leitura bíblica: 1 Tm 1:3-4; 2:4; 5:23; 2 Tm 2:2

Ler com oração: [Deus] nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica (2 Co 3:6).

NOSSA ATITUDE: TRANSMITIR A VIDA DE DEUS CONTIDA NAS VERDADES

No período em que aguardava seu julgamento, aproximadamente dois anos, Paulo resolveu visitar as igrejas. No caminho para a Macedônia passou por Éfeso. Ao chegar ali, constatou que os irmãos tomaram seu conteúdo, a economia neotestamentária de Deus, meramente para conhecimento, análise e discussão. Embora a carta escrita aos efésios fosse a melhor de todas, a situação da igreja naquela cidade não era tão boa, pois se ocuparam e se distraíram com muitas coisas em vez de promover a Fé.
Por essa razão, Paulo deixou seu jovem cooperador Timóteo para tentar reverter aquela situação (1 Tm 1:3-4). Essa não era uma tarefa tão simples. Ele enfrentou muita pressão a ponto de sofrer problemas estomacais. Sabendo disso, ao escrever-lhe, Paulo o aconselhou a tomar um pouco de vinho, como tratamento para esse tipo de enfermidade (5:23).
Paulo tinha uma grande preocupação em transmitir as verdades, e, por isso, escreveu: “Deus, nosso salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Tm 2:3b, 4). Ele havia recebido a verdade de uma só vez, como um pacote de livros didáticos, e, de alguma forma, precisava transmitir esse conhecimento para as pessoas. Paulo também aconselhou Timóteo a transmitir essas verdades para homens fiéis, que fossem capazes de transmiti-las com idoneidade a outros (2 Tm 2:2).
É importante notar que a atitude de Paulo não estava errada. O erro estava na maneira como as igrejas da Ásia receberam as verdades ensinadas pelo apóstolo. Eles apenas tomaram seus escritos para estudá-los e discuti-los, e não procuraram colocá-los em prática. Por fim, apesar de todo o esforço de Paulo a favor deles, estes o abandonaram (1:15).
Esse mesmo perigo ainda persiste em nossos dias. As catorze epístolas de Paulo são um grande tesouro que contém a revelação da economia de Deus, portanto, precisamos ajudar os irmãos a praticá-las. Embora alguns possam transmitir essas verdades como mero conhecimento, nossa atitude deve ser a de usar o espírito para extrair a vida divina que há nelas, assim como em toda a Palavra de Deus, aplicando-as em nosso viver e suprindo essa vida às pessoas.
Paulo concluiu seu ministério epistolar próximo ao seu martírio, escrevendo quatro cartas: 1 e 2 Timóteo, Tito e Hebreus. Em sua segunda epístola a Timóteo, Paulo o encorajou a reacender o dom de Deus que havia em seu espírito, visto que ele estava em um ambiente negativo e sob muita pressão (2 Tm 1:6). Como não conseguira solucionar essa situação, seu espírito foi apagado.
Ainda na Segunda Epístola a Timóteo, mesmo sabendo da degradação que havia nas igrejas, Paulo declara: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé” (4:7). Seu ministério de edificação das igrejas não teve sucesso devido a atitude dos irmãos em não praticar as verdades ensinadas por ele, mas seu ministério epistolar foi vitorioso (v. 8). Essa vitória é referente às catorze epístolas que nos foram deixadas como um legado muito precioso, apresentando-nos a revelação da economia neotestamentária de Deus.
Diante disso, devemos usar nosso espírito para reler e extrair a vida contida nos escritos de Paulo. Deixemos de lado o mero conhecimento em forma de letra, e busquemos o Espírito para que a vida de Deus, que há nessas epístolas, nos transforme e nos torne praticantes da verdade.


Ponto-chave: Ajudar-nos, mutuamente, a praticar a verdade.

Pergunta: Como devemos tomar as verdades que recebemos?

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

SALVO DO AMBIENTE RELIGIOSO E POUPADO PARA ESCREVER SUAS EPÍSTOLAS

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 4 / QUINTA-FEIRA

SÉRIE: NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 04: O ministério epistolar de Paulo (Gl 3:14; 5:25; Ef 1:3; Cl 1:18; Fp 3:14; Fm 11)
Leitura bíblica: At 21:10-40

Ler com oração:  Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão (Gl 2:21).

SALVO DO AMBIENTE RELIGIOSO E POUPADO PARA ESCREVER SUAS EPÍSTOLAS

Em sua terceira viagem, o apóstolo Paulo saiu imediatamente e foi para Éfeso. Silas, porém, não o acompanhou. Nessa viagem, o apóstolo Paulo fez coisas que não tinha feito nas viagens anteriores. Por exemplo, ele se utilizou de uma estrutura existente, a escola de Tirano e, por dois anos, passou a discorrer diariamente sobre a Palavra de Deus. Provavelmente os efésios apropriaram-se somente do conhecimento das verdades e do aspecto doutrinário da Palavra. Com isso o progresso espiritual dos irmãos parou.
No fim da terceira viagem, Paulo ainda insistiu em ir para Jerusalém, contra a vontade do Espírito (At 21:10-13). Ao encontrar-se com Tiago e os presbíteros, passou a relatar tudo que o Senhor estava fazendo por meio dele na terra dos gentios (vs. 18-19). Tiago e os presbíteros elogiaram o trabalho de Paulo, porém, fizeram uma comparação entre a quantidade de irmãos nas igrejas que Paulo havia levantado e na igreja em Jerusalém. Ademais, mostraram que Jerusalém possuía milhares de judeus que, além de crer em Jesus, guardavam a lei (v. 20). Por fim, para mostrar aos judeus que ele não se apostatara da lei de Moisés, Tiago sugeriu a Paulo que fizesse um voto de nazireado (vs. 21-24).
Paulo foi subjugado pela atmosfera religiosa de Jerusalém, e, convencido, dispôs-se a fazer o voto. Graças ao Senhor, o voto não foi concluído, pois caso fosse consumado, toda a economia neotestamentária estaria arruinada. Por isso, Deus permitiu que um tumulto se levantasse para matá-lo, mas sua vida foi preservada por um comandante da guarda (vs. 30-33). Em seguida ele foi levado para Cesareia onde ficou por dois anos (At 23:23, 33; 24:27). Vendo que não tinha futuro ali, apelou para César e foi levado a Roma. Deus permitiu tudo isso para que Paulo iniciasse o ministério epistolar e levasse Sua economia a todos os Seus filhos.
Até esse período, em que esteve em Cesareia, Paulo havia escrito seis de suas epístolas: Gálatas, Romanos, 1 e 2 Coríntios, e 1 e 2 Tessalonicenses. Depois disso, Paulo foi levado para Roma onde alugou uma casa, pois havia guardas romanos ao redor dela para que não saísse. Nesta residência, ele teve tempo, calma e liberdade para escrever as outras quatro cartas que são consideradas o “coração” da Bíblia: Efésios, Colossenses, Filipenses e Filemom, que revelam a economia de Deus e seu objetivo.


Ponto-chave: Um ambiente religioso pode ofuscar a visão da economia de Deus.

Pergunta: Quais foram as epístolas escritas por Paulo e onde ele estava quando as escreveu?

SER TOLERANTE COM OS IRMÃOS E SEGUIR A DIREÇÃO DO ESPÍRITO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 4 / QUARTA-FEIRA


SÉRIE: NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 04: O ministério epistolar de Paulo (Gl 3:14; 5:25; Ef 1:3; Cl 1:18; Fp 3:14; Fm 11)

Leitura bíblica: At 15:1-11, 20, 22, 32-40; 16:6-10; Fm 11

Ler com oração:  O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito (Jo 3:8).

SER TOLERANTE COM OS IRMÃOS E SEGUIR A DIREÇÃO DO ESPÍRITO

Em sua primeira viagem, Paulo e Barnabé pregaram o evangelho com sucesso, por toda a região da Galácia, Síria e Cilícia. Retornando a Antioquia, tiveram conhecimento de que os judaizantes ensinavam que, para receber a salvação, os irmãos das igrejas gentias precisavam circuncidar-se segundo o costume de Moisés (At 15:1-11).
Para tratar desse assunto, Paulo e Barnabé desceram para Jerusalém. A solução encontrada foi escrever uma epístola contendo quatro itens da ordenança a serem observados pelas igrejas gentias (v. 20). Escolheram, assim, Judas e Silas, homens notáveis entre os irmãos, para lhes acompanharem na leitura dessa epístola (vs. 22, 30). Depois de lida, Judas voltou para Jerusalém, mas Silas, vendo que o Espírito estava atuando na igreja em Antioquia, resolveu ficar (vs. 32-34).
Paulo e Barnabé estavam prestes a realizar a segunda viagem para revisitar os irmãos em todas as cidades nas quais haviam anunciado a Palavra, quando houve uma divergência de opiniões relacionada a João Marcos, o que causou a separação deles. Paulo, muito impaciente, decidiu que o jovem não iria mais, porque em sua primeira viagem, por não aguentar os sofrimentos, ele os abandonou. Assim, Barnabé foi para Chipre e Paulo levou Silas com ele na viagem (vs. 36-40).
Nessa passagem aprendemos uma lição acerca dos irmãos que cometem erros na obra. Não podemos desprezar um irmão devido as suas atitudes imaturas, como se ele não fosse mais útil. A economia de Deus visa transformar homens inúteis em úteis (Fm 11). Na verdade, todos nós estamos nesse processo de nos tornar úteis por meio do trabalhar de Deus e da Palavra que temos recebido.
Essa segunda viagem de Paulo, acompanhado por Silas, foi maravilhosa, porque o Espírito conduziu todas as coisas. Ambos andaram totalmente no espírito, a ponto de não se moverem sem antes orar. Eles até mesmo foram impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia. Também não foram para Bitínia, porque o Espírito não permitiu (At 16:6-7). Ao seguir viagem, chegaram a Trôade e, por não saber o que fazer, começaram a orar. Então sobreveio a Paulo uma visão na qual um varão macedônio lhe rogava que fosse até a Macedônia para ajudá-los. Por estarem no espírito, todos compreenderam que Deus os estava chamando para anunciar o evangelho naquele lugar (vs. 8-10).
Foi por meio dessa viagem que surgiu a igreja em Filipos, num lugar de oração junto ao rio, onde Lídia foi ganha e abriu sua casa. Nessa mesma ocasião, a casa do carcereiro também foi aberta, de forma que as duas famílias foram salvas e batizadas. Todos esses fatos mostram que quando damos liberdade para o Espírito agir, e seguimos seu mover, Deus colhe muitos frutos.
No final da segunda viagem de Paulo, talvez devido a um afeto natural pelos judeus, que eram seus patrícios, ele decidiu levar as ofertas coletadas em uma região rica da Acaia, para uma região da Judeia onde havia fome. A comissão de Deus para Paulo, entretanto, era levar o evangelho aos gentios e não aos judeus.


Ponto-chave: Seguir a direção do Espírito.

Pergunta: Quais lições aprendemos com a segunda viagem de Paulo?

terça-feira, 15 de outubro de 2013

O INÍCIO DO SERVIÇO DE PAULO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 4 / TERÇA-FEIRA

SÉRIE: NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 04: O ministério epistolar de Paulo (Gl 3:14; 5:25; Ef 1:3; Cl 1:18; Fp 3:14; Fm 11)

Leitura bíblica: At 9:22-30; 11:19-26; 13:1-4

Ler com oração: Servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado (At 13:2).

O INÍCIO DO SERVIÇO DE PAULO

Como vimos ontem, Deus chamou o apóstolo Paulo, levando-o às regiões da Arábia, para equipá-lo com a visão, a revelação do terceiro céu, que é toda a economia neotestamentária de Deus, ou seja, o plano de Deus para salvar o homem e prepará-lo para governar o mundo que há de vir.
Quando comparamos a maneira como os doze apóstolos receberam a economia de Deus e como Paulo a recebeu, notamos uma grande diferença, pois aqueles aprenderam pela convivência com o Senhor Jesus. Cada situação, bem como a maneira específica de falar com diferentes pessoas, tornavam-se exemplos usados pelo Senhor para ensiná-los visando a aplicação em seu viver e ministério.
O apóstolo Paulo, porém, não teve a oportunidade de conviver com o Senhor pessoalmente. Pelo contrário, recebeu todo o plano de Deus de uma vez, por meio de uma visão celestial. Isso foi semelhante a um curso de MBA ou pós-graduação, em que se recebe um conteúdo denso em pouco tempo. O que Paulo recebeu é equivalente a muitos livros didáticos, sua preocupação foi passar adiante o que vira, para que outros tomassem conhecimento dessa revelação (Ef 3:2-3).
Em Damasco, com todo o conhecimento da economia de Deus, Paulo passou a discutir com as pessoas, a ponto destas desejarem matá-lo (At 9:22-24). Mas seus discípulos, por meio de um cesto, desceram-no por uma muralha e o ajudaram a fugir da cidade. Paulo, então, foi para Jerusalém, mas continuou a discutir as verdades com as pessoas. O resultado disso foi que, novamente, o ameaçaram de morte. Sem alternativa, os irmãos enviaram-no a Cesareia e de lá para Tarso (vs. 25-30). Embora Paulo tivesse a economia de Deus completa, faltava-lhe maturidade para transmiti-la.
Até aquele momento, os que foram dispersos por causa da perseguição em Jerusalém, pregavam o evangelho apenas aos judeus (11:19). Porém, mais tarde, o evangelho também chegou aos gentios de Antioquia, de tal forma que de Jerusalém enviaram Barnabé àquela cidade. Este, por sua vez, lembrou-se de Paulo e o levou para Antioquia, onde serviram juntos por um ano (vs. 20-26). Nesse período, o jovem Paulo aprendeu a servir em coordenação com outros. Essa é uma lição muito importante, pois, geralmente aqueles que possuem muito conhecimento têm dificuldade para se coordenar com outros.
Numa esfera de jejum e oração, com servos coordenados, o Espírito Santo teve liberdade para separar Barnabé e Paulo e enviá-los à obra, para sua primeira viagem missionária (13:1-4).


Ponto-chave: Conhecer as verdades para suprir vida.

Pergunta:  Qual é a diferença entre o aprendizado dos apóstolos e o de Paulo?

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

PAULO É CHAMADO E EQUIPADO POR DEUS PARA SER MINISTRO AOS GENTIOS

ALIMENTO DIÁRIO - SEMANA 4 - SEGUNDA-FEIRA

SÉRIE: NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 04: O ministério epistolar de Paulo (Gl 3:14; 5:25; Ef 1:3; Cl 1:18; Fp 3:14; Fm 11)

Leitura bíblica: At 2:21; 4:4, 12; 7:58–8:4; 9:1-5, 14, 17-19; 2 Co 12:2-3; Gl 1:15-17

Ler com oração: O Deus de nossos pais, de antemão, te escolheu para conheceres a sua vontade, veres o Justo e ouvires uma voz da sua própria boca, porque terás de ser sua testemunha diante de todos os homens, das coisas que tens visto e ouvido (At 22:14-15).

PAULO É CHAMADO E EQUIPADO POR DEUS PARA SER MINISTRO AOS GENTIOS

Nesta semana abordaremos o ministério epistolar do apóstolo Paulo. Ao longo de seu ministério, Paulo escreveu catorze epístolas, sendo as seis primeiras – Gálatas, Romanos, 1 e 2 Tessalonicenses e 1 e 2 Coríntios – escritas antes de sua prisão em Roma. Após seu aprisionamento, ele escreveu mais quatro cartas: Efésios, Colossenses, Filipenses e Filemom; e, pouco antes de seu martírio, escreveu: 1 e 2 Timóteo, Tito e Hebreus.
Conforme vimos, foi confiado aos doze apóstolos o ministério de invocar o nome do Senhor, cujo início se deu a partir do dia de Pentecostes. Após orarem durante dez dias, eles ficaram cheios do Espírito, revestidos de poder. Nessa ocasião, o apóstolo Pedro se levantou, juntamente com os onze, e pregou com intrepidez aos inúmeros judeus que estavam em Jerusalém. A pregação foi acerca da profecia de Joel: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (At 2:21). Para que fossem salvos e ganhassem a vida de Deus, eles precisavam invocar o nome do Senhor. Nesta ocasião, três mil homens foram batizados e, logo em seguida, o número subiu a cinco mil (4:4). Assim, todos invocavam o nome do Senhor e o evangelho continuou sendo pregado com muita ousadia.
Todavia, quando se levantou grande perseguição contra a igreja em Jerusalém, após a morte de Estêvão, muitos irmãos foram dispersos pela Judeia e Samaria. A partir de então não mais é feita a menção de que os apóstolos estivessem invocando o nome do Senhor publicamente como faziam antes.
Então, para dar continuidade a esse ministério, Deus chamou Saulo – perseguidor implacável da igreja. Muito jovem ainda, ele guardava a roupa daqueles que apedrejavam Estêvão, e o viu invocar o nome do Senhor (cf. At 7:58–8:1). Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere (v. 3). Tamanha era sua ira, a ponto de pedir cartas de autorização para prender os que invocavam o nome do Senhor em Damasco (9:1-2 cf. v. 14).
A caminho dessa cidade, porém, aconteceu algo que mudaria sua vida: uma grande luz brilhou sobre ele e uma voz lhe disse: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” (v. 4b). A esta voz, Saulo perguntou: “Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues; mas levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer” (vs. 5-6). Em Damasco, Saulo foi ajudado por meio de um membro do Corpo de Cristo chamado Ananias que o fez saber que Deus queria usá-lo. Após ser batizado, invocando o nome do Senhor, passou a viver a vida da igreja em Damasco (vs. 12-16; 22:12-16).
Logo depois, Saulo foi às regiões da Arábia, onde, muito provavelmente, recebeu a visão celestial (Gl 1:15-17; 2 Co 12:2-3). Certamente as “palavras inefáveis” que ouviu dizem respeito à economia neotestamentária de Deus, isto é, a Seu plano eterno. Podemos inferir que, assim como Moisés permaneceu no monte Sinai por quarenta dias e quarenta noites para receber de Deus o conteúdo da economia veterotestamentária; Paulo tenha permanecido tempo semelhante para receber todo o conteúdo do plano de Deus no Novo Testamento.
Saulo era um judeu, profundo conhecedor de assuntos do judaísmo, pois fora educado aos pés de Gamaliel (At 22:3). Agora, porém, como ministro de Cristo e, principalmente, ministro para os gentios, precisava ser equipado com a revelação da economia neotestamentária de Deus, a qual consiste em salvar o homem e prepará-lo para governar o mundo que há de vir.


Ponto-chave: Chamado por Deus e equipado com Sua economia neotestamentária.

Pergunta: Qual é a relação entre as experiências de Paulo e Moisés?

domingo, 13 de outubro de 2013

O FIRME FUNDAMENTO QUE PERMANECE

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 3 / DOMINGO

SÉRIE: NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 03: O Senhor levanta o ministério de Paulo (At 9:3-6, 10-16; 22:12-16)
Leitura bíblica: 2 Tm 2:14-23
Ler com oração: O firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem. E mais: aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor (2 Tm 2:19).

O FIRME FUNDAMENTO QUE PERMANECE

O Senhor não está interessado em doutrinas profundas da teologia, mas em preparar-nos para reinar. Isso acontece quando negamos a vida da alma e permitimos que a vida divina cresça em nós. A maneira mais simples de termos essa experiência é invocando o nome do Senhor.
Na Segunda Epístola a Timóteo, vemos a situação negativa da igreja em Éfeso. Paulo estava ciente de que alguns irmãos tomavam suas palavras para contender entre si (2:14). Havia ali muitos “falatórios inúteis e profanos” que desviavam os irmãos da verdade (v. 18). No versículo 19 temos, então, o antídoto para toda essa situação negativa: “Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem. E mais: aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor”. Aleluia! A maior das verdades é invocar o nome do Senhor, não no sentido doutrinário, mas como verdade que permanece, mesmo diante de um cenário de profunda degradação.
No versículo 20, Paulo nos mostra que, em uma grande casa, há muitos vasos, uns para honra e outros para desonra. Ontem vimos o exemplo de Demétrio: assim como ele se tornou um vaso útil ao Senhor, igualmente, Deus deseja restaurar-nos para cumprir Sua vontade. A melhor maneira de nos tornarmos vasos úteis é fugir das paixões da mocidade; seguir a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor. Esse é o segredo: invocar o nome do Senhor, não de qualquer maneira, mas de todo o coração.
Quando lemos as epístolas de Pedro e João, vemos a linha do Espírito e da vida, com ricas experiências pessoais que tiveram com o Senhor Jesus na terra. Nos últimos meses, enfatizamos o ministério ulterior do apóstolo João em sua maturidade, entretanto, ainda precisamos das epístolas de Paulo. A nossa necessidade é a mudança de atitude em relação a todas as verdades contidas na Bíblia. Ao tomarmos a Palavra de Deus, precisamos primeiramente nos voltar ao espírito, invocar o nome do Senhor e pedir-Lhe que nos esvazie de todos os conceitos que aprendemos no passado. Essa atitude certamente nos tornará aptos para reinar com o Senhor no mundo que há de vir. Louvado seja o Senhor!


Ponto-chave: Aplicar as verdades em nosso viver diário invocando o nome do Senhor.

Pergunta: Por que podemos dizer que invocar o nome do Senhor é a maior das verdades?

sábado, 12 de outubro de 2013

A VERDADE NAS EPÍSTOLAS DE PAULO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 3 / SÁBADO


SÉRIE: NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 03: O Senhor levanta o ministério de Paulo (At 9:3-6, 10-16; 22:12-16)
Leitura bíblica: Jo 1:1; 6:63; 1 Co 2:1-5; 2 Co 3:1-4; 2 Tm 1:14

Ler com oração: Não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus, o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito, porque a letra mata, mas o espírito vivifica (2 Co 3:5-6).

A VERDADE NAS EPÍSTOLAS DE PAULO

A segunda linha das verdades é a de Paulo. Ele não andou com o Senhor durante Seu ministério terreno, mas teve uma experiência de conversão muito forte, por meio da qual o Senhor deu-lhe uma comissão. O principal encargo que Deus deu a Paulo foi o de registrar, por escrito, o conteúdo da economia neotestamentária de Deus, a fim de que nada se perdesse.
Paulo era uma pessoa muito culta e, por essa razão, utilizou palavras difíceis para escrever suas epístolas. Devido a isso, a maioria dos cristãos e estudiosos da Bíblia, tomam seus escritos apenas para estudo teológico, agregando muitas dissertações e tratados sobre o que ele escreveu, porque o fez de uma maneira muito profunda. As pessoas se preocupam em analisar a letra das cartas de Paulo e se esquecem do propósito de Deus, a saber: que tomemos Sua Palavra como Espírito e vida. No entanto, o próprio Paulo se preocupava com essa situação e alertou os irmãos de Corinto: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus” (1 Co 2:4-5). Apesar de os escritos de Paulo serem de difícil compreensão, ainda assim precisamos deles, bem como das verdades escritas pelos apóstolos Pedro e João.
Devemos observar o Espírito que está na Palavra: “A letra mata, mas o espírito vivifica” (2 Co 3:6). A Bíblia é a Palavra de Deus, mas, se a tomarmos como letra, o resultado será morte. Por isso, não vamos perder tempo com discussões e debates pela internet, onde se defende esse ou aquele ponto de vista. Quando Deus incumbiu Paulo de escrever suas epístolas, Seu desejo era transmitir vida às igrejas. Ao lermos as epístolas de Paulo, de Pedro, de João, ou qualquer outra porção da Palavra, precisamos sempre nos voltar ao espírito, porque no espírito temos a vida.
Em outras palavras, precisamos armazenar a Palavra de Deus em nós por meio do Espírito (2 Tm 1:14) e aplicá-la a nossa experiência para, por fim, transmiti-la a outros. Em João 1:1 lemos: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. No original grego Verbo é logos, a palavra objetiva, aquela que está escrita: a palavra que é o próprio Deus, mas numa perspectiva estática. João 6:63 nos diz que “as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida”. Aqui não temos logos, mas rhema. Podemos ilustrar a diferença entre uma e outra da seguinte forma: logos é a água na caixa d’água, parada ali, e, rhema é a água que sai da torneira quando a abrimos, que satisfaz a sede e utilizamos para preparar os alimentos e para limpar. Logos é a palavra parada, rhema é a palavra que flui, a palavra que você vive e experimenta. Aplicando à nossa experiência, não podemos deixar a palavra “parada” na caixa d’água permanentemente. Isso não quer dizer que não precisamos mais da palavra escrita (logos). Pelo contrário, devemos dedicar um tempo diário à leitura da Bíblia e dos livros espirituais, que são de grande ajuda para nós. O que Deus deseja é que apliquemos essa palavra em nosso dia a dia, e não só viver acumulando conhecimento como uma grande caixa d’água sem utilidade. De maneira prática, pregar o evangelho é a maneira de “abrir a torneira” e permitir que “a água saia de nós” e sacie a sede espiritual das pessoas com quem mantemos contato.


Ponto-chave: A letra mata, mas o Espírito dá vida.
Pergunta: Explique a relação entre logos e rhema concernente à sua leitura da Bíblia.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A VERDADE NOS ESCRITOS DOS APÓSTOLOS PEDRO E JOÃO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 3 / SEXTA-FEIRA

SÉRIE: NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 03: O Senhor levanta o ministério de Paulo (At 9:3-6, 10-16; 22:12-16)

Leitura bíblica: Mt 3:11; 1 Pe 4:12; 2 Pe 3:15-16; 1 Jo 1:5; 4:7-8; 3 Jo 12

Ler com oração: Para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo (1 Pe 1:7).

A VERDADE NOS ESCRITOS DOS APÓSTOLOS PEDRO E JOÃO

Nos últimos meses, o Senhor tem nos incomodado acerca da nossa atitude em relação às verdades. Sabemos que o problema não está com as verdades da Bíblia, mas na atitude que nós temos para com elas.
A ênfase atual é que o Senhor almeja nos preparar para reinar no mundo que há de vir. A fim de preparar-nos, não podemos mais ter uma atitude passiva, pois o Senhor tem pressa. Nossa preparação abrange dois aspectos: precisamos crescer em vida (Mt 25:1-13) e ser aperfeiçoados por meio das experiências relacionadas com a obra de Deus (vs. 14-30). Em sua vinda, o Senhor espera que estejamos preparados para governar com Ele o mundo que há de vir.
No Novo Testamento encontramos duas linhas de verdades: a dos doze apóstolos e a de Paulo; precisamos de uma atitude correta para com ambas. A dos doze apóstolos, refere-se às palavras recebidas diretamente da boca do Senhor Jesus enquanto esteve na terra; por meio de diversas situações, eles foram aperfeiçoados pessoalmente pelo Senhor. Contudo, quando lemos o livro de Atos, vemos que, embora tenha havido um bom início na igreja em Jerusalém, todos foram fortemente influenciados pela tradição do judaísmo, o que prejudicou temporariamente o avanço do evangelho. Louvado seja o Senhor porque, com a prática de invocar o nome do Senhor e negar a vida da alma, mais tarde eles amadureceram, especialmente Pedro e João. Suas epístolas não trazem novos ensinamentos, mas são baseadas nas experiências que tiveram com o Senhor.
Pedro, por exemplo, teve muitos problemas com sua vida da alma forte. Ele talvez tenha tentado eliminá-la pelos sofrimentos, porém, mais tarde, quando já estava maduro, relata as experiências que teve com o fogo que há no Espírito (1 Pe 4:12). Isso corresponde à palavra do Senhor em Mateus 3:11: “Ele vos batizará com Espírito Santo e com fogo”. No passado interpretávamos como “Espírito Santo ou com fogo”, ou seja, se você cresse no Senhor, seria batizado com o Espírito Santo, mas se não cresse seria batizado no fogo eterno. Entretanto, a Bíblia diz “Espírito Santo e com fogo”, isto é, o fogo está no Espírito. Portanto, quando nossa vida da alma se manifesta, devemos imediatamente invocar o nome do Senhor para lançá-la no fogo do Espírito para que, pouco a pouco, seja purificada e enchida com a vida de Deus. Essa é a nossa esperança!
Uma evidência da mudança que ocorreu em Pedro está no final de sua segunda epístola, quando recomenda os escritos do “amado irmão Paulo” (2 Pe 3:15-16). Ele não guardou rancor ao ser repreendido publicamente por Paulo quando esteve em Antioquia (Gl 2:11-14), mas tornou-se longânimo e paciente. Isso foi resultado do queimar do Espírito em seu interior.
O mesmo amadurecimento ocorreu com João: ao sair da ilha de Patmos, ele foi servir em Éfeso, uma igreja que havia caído em degradação. Por meio de seu ministério de Espírito e vida, o apóstolo conseguiu restaurar os irmãos. Ele, provavelmente, tomou a Epístola aos Efésios, onde temos cinco tipos de andar: na graça, na verdade, no amor, na luz e no espírito, e levou a igreja a praticar essas verdades. João nos mostra, em seu evangelho, que a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo (Jo 1:17); em suas epístolas, mostra que Deus é luz (1 Jo 1:5) e amor (4:8). Em seu evangelho, vemos que Deus é Espírito (Jo 4:24). O amor que provém do Espírito transformou Demétrio, que outrora havia incitado um grande tumulto contra Paulo (At 19:23-27), mas agora todos davam bom testemunho a seu respeito (3 Jo 12).


Ponto-chave: Experimentar o fogo do Espírito por meio de invocar o nome do Senhor.

Pergunta: Que relação há entre o fogo em Mateus 3:11 e em 1 Pedro 1:6-7?

AS EPÍSTOLAS DE PAULO

ALIMENTO DIÁRIO / SEMANA 3 - QUINTA-FEIRA


SÉRIE: NOSSA ATITUDE PARA COM AS VERDADES
MENSAGEM 03: O Senhor levanta o ministério de Paulo (At 9:3-6, 10-16; 22:12-16)

Leitura bíblica: At 28:16-31; 1 Co 16:14; Fp 1:12-13; 3:12-14; 4:12; Fm 10-12

Ler com oração:  Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará (1 Co 13:1-3).

AS EPÍSTOLAS DE PAULO

Nos volumes anteriores do Alimento Diário tivemos a oportunidade de estudar as viagens de Paulo. Vimos que as duas primeiras viagens que fez, com Barnabé e Silas, respectivamente, foram bem-sucedidas, pois ele estava no espírito. Em sua terceira viagem, porém, Paulo saiu sozinho e seu foco mudou. Deus não se agradou disso e, por diversas vezes, tentou impedi-lo de ir a Jerusalém (At 21:4, 10-12). Uma vez em Jerusalém, Paulo quase pôs tudo a perder quando aceitou cumprir um voto do Antigo Testamento, contradizendo tudo o que havia ensinado às igrejas (Gl 2:19-21). Soberanamente, seu voto foi interrompido antes que se completassem os sete dias. Alguns judeus, ao reconhecê-lo, alvoroçaram todo o povo e o agarraram, e, por fim, o arrastaram para fora do templo (At 21:27-31). Na verdade eles queriam matá-lo, mas Deus sabia que o ministério de Paulo ainda não estava concluído, e preservou sua vida, permitindo que fosse preso (vs. 32-33).
Ao todo, Paulo escreveu catorze epístolas, que compõem mais da metade do Novo Testamento. Até então, Paulo havia escrito apenas seis epístolas: Gálatas, Romanos, 1 e 2 Coríntios, e 1 e 2 Tessalonicenses. Depois de ter apelado a César, Paulo foi para Roma, onde permaneceu em uma casa alugada, em regime de prisão domiciliar, aguardando julgamento. Nesse período, Paulo pregava o evangelho e converteu vários soldados romanos (At 28:30-31; Fp 1:12-13; 4:22), além do irmão Onésimo, do qual deu testemunho na carta a Filemom (vs. 10-12). Deus permitiu que ele permanecesse em Roma, para que pudesse terminar de escrever o que faltava, e ali foram escritas mais quatro epístolas: Efésios, Colossenses, Filipenses e Filemom.
Estes quatro livros, somados à Epístola aos Gálatas, apresentam uma visão geral da economia neotestamentária de Deus. Ela pode ser comparada à figura de um avião (vide ilustração na pág. 93), o livro de Gálatas é representado pela sua fuselagem; as asas por Efésios e Colossenses; e o alvo e destino, por Filipenses.
O Senhor nos chama lá do alto: “Esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3:13-14). Colossenses fala que o mistério de Deus é Cristo, Efésios revela o mistério de Cristo, que é a igreja.
Ainda que você tenha o melhor avião, ele não decolará se não tiver uma pista. Essa “pista”, representada pelo livro de Filemom, nos fala do amor de Paulo por Onésimo (cujo nome significa útil). Quando este invocou o nome do Senhor e recebeu a vida de Deus, foi aperfeiçoado por Paulo e se tornou útil. Hoje, quando pregamos o evangelho do reino, seja por meio da colportagem, BooKafé, Bookafé caseiro ou por meio das reuniões de casa, precisamos do amor como fundamento, como a base de tudo o que fazemos (1 Co 13:1-3; 16:14).
Após escrever essas quatro epístolas, Paulo esteve livre por um tempo e depois foi aprisionado pela segunda vez. Antes de ser martirizado, escreveu 1 e 2 Timóteo, Tito e Hebreus. As três primeiras Paulo escreveu para Timóteo e Tito a fim de tratar com a degradação presente nas igrejas, especialmente em Éfeso. Por fim, temos o livro de Hebreus, que contém um versículo-chave que mudou nosso enfoque na vida da igreja: “Pois não foi a anjos que sujeitou o mundo que há de vir, sobre o qual estamos falando” (Hb 2:5). Aleluia! Deus deseja aperfeiçoar milhares de pessoas a fim de governar com Ele o mundo que há de vir.


Ponto-chave: A base de tudo o que fazemos deve ser o amor.
Pergunta: Como podemos aplicar a figura do avião da economia neotestamentária de Deus em nosso viver diário?