quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O MISTÉRIO DA VIDA HUMANA


"Também disse Deus:
Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança."

1- O PLANO DE DEUS- Deus deseja expressar a Si mesmo por meio do homem (Rm 8:29) Com esse propósito, Ele criou o homem a Sua imagem (Gn1;26). Assim como uma luva tem a imagem da mão, com o fim de conter a mão, o homem foi feito a imagem de Deus para conter Deus. Recebendo Deus como seu conteúdo, o homem pode expressar Deus (2 Co 4:7). ** DEUS- Espírito, Alma, Corpo

2- O HOMEM- Para cumprir Seu plano, Deus criou o homem como um vaso (Rm 9:21-24). Esse vaso tem três partes: corpo, alma e espírito (1 Ts 5:23). O corpo é para contatar e receber as coisas da esfera física. A alma, a faculdade mental, contata e recebe as coisas da esfera psicológica. E o espírito humano, a parte mais interior do homem, foi feito para contatar e receber o próprio Deus (Jo 4:24). O homem não foi criado para conter meramente comida em sua mente, mas para conter Deus em seu espírito (Ef 5:18).

3- AQUEDA DO HOMEM- Mas, antes que o homem recebesse Deus como vida em seu espírito, o pecado entrou no homem (Rm 5:12). O pecado amorteceu seu espírito ( Ef 2:1),tornou o homem inimigo d Deusem sua mente (Cl1:21) e transformou seu corpo em corpo de pecado (Gn 6:3; Rm6:12). Assim, o pecado danificou as três partes do homem, separando-o de Deus. Nessa condição, o homem não pode receber Deus.

4- A REDENÇÃO DE CRISTO PARA O DISPENSAR DE DEUS - ** DEUS - Encarnação- Viver humano- Crucificação-  Sepultamento- Ressurreição- Espírito que dá vida- Entronização- Dispensar- HOMEM

Contudo, a queda do homem não deteve Deus de cumprir Seu plano original. Para cumprir Seu plano, Deus primeiramente se tornou um homem, chamado Jesus Cristo ( Jo1:1,14). Então, Cristo morreu na cruz para redimir o homem ( Ef 1:7), Tirando, assim, seu pecado e levando-o de volta a Deus ( Jo1:29; Ef 2:13). Por fim, em ressurreição, Ele tornou-se o Espírito que dá vida para poder dispensar Suas riquezas insondáveis para o espírito do homem ( 1 Co 15:45b; Jo 20:22; 3:6).

5- A REGENERAÇÃO DO HOMEM- ** Arrepender-se e crer traz Deus para o homem

Uma  vez que Cristo se tornou o Espírito que dá vida, o homem pode agora receber a vida de Deus em seu espírito. A Bíblia chama isso de regeneração ( 1Pe 1:3; Jo 3:3). Para receber essa vida, o homem precisa se arrepender para Deus e crer no Senhor Jesus Cristo ( At 20;21; 16:31).

Para ser regenerado, simplesmente abra o seu coração ao Senhor e, com sinceridade, diga:  

             Senhor Jesus, eu sou um pecador,
                    Eu preciso de Ti.
          Obrigado por teres morrido por mim.
              Senhor Jesus, perdoa-me.
           Limpa-me de todos os meus pecados.
       Eu creio que Tu ressuscitasse dentre os mortos.
     Eu te recebo agora como meu Salvador e minha vida.
           Entra em mim! Enche-me com a Tua vida!
     Senhor Jesus, eu me entrego a Ti para o Teu propósito. Amém.

6- A SALVAÇÃO PLENA DE DEUS-  Após a regeneração, aquele que creu precisa ser batizado ( Mc 16:16). Então, Deus começa o processo de Se espalhar gradualmente do espírito para a alma daquele que creu (Ef 3:170; e esse é um processo que dura toda a vida. Esse processo, chamado transformação ( Rm12:2), exige a cooperação humana ( Fp 2:12). O crente coopera permitindo ao Senhor que se expanda para sua alma, até que todos os seus desejos, pensamentos e decisões tornem-seum com os de Cristo. Por fim, na volta de Cristo, Deus saturará plenamente o corpo do crente com a sua vida. Isso é chamado de glorificação(Fp 3:21). Assim, em vez de estar vazio e danificado em todas as partes, esse homem está cheio e saturado pela vida de Deus. Isso é a salvação plena de Deus! Esse homem expressa Deus e cumpre Seu plano.


                             


terça-feira, 25 de setembro de 2012

A PARÁBOLA DOS TALENTOS

As parábolas ditas pelo Senhor Jesus, e registradas em Mateus 24 e 25, ajudam-nos a compreender melhor sobre esse assunto. Abordaremos agora, também sucintamente a parábola dos talentos (15: 14- 30).
A parábola das dez virgens está relacionada com a vida, e a dos talentos com a obra. No aspecto da vida, os cristãos são virgens, e a exigência é crescer e ser vigilante; quanto à obra, somos servos, o que implica sermos bons, fiéis e prudentes. Portanto, não podemos negligenciar nem o aspecto da vida (que é interior, subjetivo e se refere à nossa experiência com Deus) nem o aspecto da obra (que é exterior, objetivo e resulta da nossa comunhão com Deus). A parábola dos talentos, dessa forma, está relacionada ao adequado uso dos dons que de Deus recebemos.
“Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens” (v. 14). O “homem” aqui se refere a Cristo. Ele entregou Seus bens a Seus servos. Os cristãos, ao mesmo tempo em que são filhos de Deus, são servos ou escravos de Cristo (1 Co 7: 22- 23; 2 Pe 1: 1; Tg 1: 1; Rm 1: 1). No aspecto da vida, somos virgens vivendo unicamente para Cristo (2 Co 11: 2), e no aspecto da obra nós O servimos como escravos comprados por Seu precioso sangue. Por termos a Sua vida, somos a igreja, que é a herança de Deus (Ef 1: 18), e somos os Seus bens. Nesta era, o bem mais precioso que Cristo possui, alcançado com o sacrifício de Sua própria vida, é a igreja, Seu corpo e noiva.
“A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e então partiu” (Mt 25: 15). Os talentos nessa parábola representam os dons espirituais (Ef 4: 7- 8; Rm 12: 6; 1 Co 12: 4; 1 Pe 4: 10; 2 Tm 1: 6). Para servir ao Senhor precisamos de dons. Muitas pessoas, ao tornarem-se cristãos, pensam usar para o Senhor seus talentos naturais, sua habilidades “de nascimento”. Isso, no entanto, é abominável para Deus, pois tais habilidades pertencem ao homem caído, à velha criação, à vida da alma. Os talentos de que Deus necessita no serviço a Ele são dons espirituais, que nos foram dados por Ele após a nossa salvação. Somente com esses dons podemos servir ao Senhor como bons servos a fim de realizar Sua obra.
No momento em que recebemos a vida de Deus, por meio da regeneração, tornamo-nos membros do Corpo de Cristo e membros uns dos outros. Num corpo nem todos os membros têm a mesma função (Rm 12: 4- 5). em nosso corpo físico, cada membro sabe exatamente qual é sua função, como deve agir em coordenação com os outros membros. Do mesmo modo, no Corpo de Cristo cada membro tem sua função, e é especialmente necessário que aprendamos a servir junto com outros irmãos. Por essa razão, Deus “concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres” (Ef 4: 11), visando um fim proveitoso: o aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério, para a edificação do Corpo de Cristo (v. 12). Esses irmãos aperfeiçoam e ensinam-nos a usar os dons que recebemos de Deus da maneira mais adequada e proveitosa.

A ORAÇÃO EFICAZ




“Elias subiu ao cume do Carmelo, e se inclinou por terra, e meteu o seu rosto
entre os seus joelhos. E disse ao seu moço: Sobe agora e olha para a banda do mar. E subiu, e olhou, e disse: Não há nada. Então, disse ele: Torna lá sete vezes. E sucedeu que, à sétima vez, disse: Eis aqui uma pequena nuvem, como a mão de um homem, subindo do mar. Então, disse ele: Sobe e dize a Acabe: Aparelha o teu carro e desce, para que a chuva te não apanhe. E sucedeu que, entretanto, os céus se enegreceram com nuvens e vento, e veio uma grande chuva; e Acabe subiu ao carro e foi para Jezreel”. 1Rs 18.42b-45

A oração é uma comunicação multifacetada entre os crentes e o Senhor. Além de palavras como “oração” e “orar”, essa atividade é descrita como invocar a Deus (Sl 17.6). Invocar o nome do Senhor (Gn 4.26), clamar ao Senhor (Sl3.4), levantar nossa alma ao Senhor (Sl 25.1), buscar ao Senhor (Is 55.6), aproximar-se do trono da graça com confiança (Hb 4.16) e chegar perto de Deus (Hb 10.22).

MOTIVOS PARA A ORAÇÃO.

A Bíblia apresenta motivos claros para o povo de Deus orar.

1) Antes de tudo, Deus ordena que o crente ore. O mandamento para orarmos vem através dos salmistas (1Cr 16.11; Sl 105.4), dos profetas (Is 55.6; Am 5.4,6), dos apóstolos (Ef 6.17,18; Cl 4.2; 1Ts 5.17) e do próprio Senhor Jesus (Mt 26.41; Lc 18.1; Jo 16.24). Deus aspira a comunhão conosco; mediante a oração, mantemos o nosso relacionamento com Ele.

2) A oração é o elo de ligação que carecemos para recebermos as bênçãos de Deus, o seu poder e o cumprimento das suas promessas. Numerosas passagens bíblicas ilustram esse princípio. Jesus, por exemplo, prometeu aos seus seguidores que receberiam o Espírito Santo se perseverassem em pedir, buscar e bater à porta do seu Pai celestial (Lc 11.5-13). Por isso, depois da ascensão de Jesus, seus seguidores reunidos permaneceram em constante oração no cenáculo (At 1.14) até o Espírito Santo ser derramado com poder (At 1.8) no dia de Pentecostes (At 2.1-4). Quando os apóstolos se reuniram após serem libertos da prisão pelas autoridades judaicas, oraram fervorosamente para o Espírito Santo lhes conceder ousadia e autoridade divina para falarem a palavra dEle. “E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus” (At 4.31). O apóstolo Paulo freqüentemente pedia oração em seu próprio favor, sabendo que a sua obra não prosperaria se os crentes não orassem por ele (Rm 15.30-32; 2Co 1.11; Ef 6.18, 20; Fp 1.19; Cl 4.3,4). Tiago declara inequivocamente que o crente pode receber a cura física em resposta à “oração da fé” (Tg 5.14,15).

3) Deus, no seu plano de salvação da humanidade, estabeleceu que os crentes sejam seus cooperadores no processo da redenção. Em certo sentido, Deus se limita às orações santas, de fé e incessantes do seu povo. Muitas coisas não serão realizadas no reino de Deus se não houver oração intercessória dos crentes (ver Êx 33.11). Por exemplo: Deus quer enviar obreiros para evangelizar. Cristo ensina que tal obra não será levada a efeito dentro da plenitude do propósito de Deus sem as orações do seu povo: “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara” (Mt 9.38). Noutras palavras, o poder de Deus para cumprir muitos dos seus propósitos é liberado somente através das orações contritas do seu povo em favor do seu reino. Se não orarmos, poderemos até mesmo estorvar a execução do propósito divino da redenção, tanto para nós mesmos, como indivíduos, quanto para a igreja coletivamente.

REQUISITOS DA ORAÇÃO EFICAZ.

Nossa oração para ser eficaz precisa satisfazer certos requisitos.

1) Nossas orações não serão atendidas se não tivermos fé genuína, verdadeira. Jesus declarou abertamente: “Tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis” (Mc 11.24). Ao pai de um menino endemoninhado, Ele falou assim: “Tudo é possível ao que crê” (Mc 9.23). O autor de Hebreus admoesta-nos assim: “Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé” (Hb 10.22), e Tiago encoraja-nos a pedir com fé, não duvidando (Tg 1.6; cf. 5.15).

2) Além disso, a oração deve ser feita em nome de Jesus. O próprio Jesus expressou esse princípio ao dizer: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.13,14). Nossas orações devem ser feitas em harmonia com a pessoa, caráter e vontade de nosso Senhor (ver Jo 14.13).

3) A oração só poderá ser eficaz se feita segundo a perfeita vontade de Deus. “E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1Jo 5.14). Uma das petições da oração modelo de Jesus, o Pai Nosso, confirma esse fato: “Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu” (Mt 6.10; Lc 11.2; note a oração do próprio Jesus no Getsêmani, Mt 26.42). Em muitos casos, sabemos qual é a vontade de Deus, porque Ele no-la revelou na Bíblia. Podemos ter certeza que será eficaz toda oração realmente baseada nas promessas de Deus constantes da sua Palavra. Elias tinha certeza de que o Deus de Israel atenderia a sua oração por meio do
fogo e, posteriormente, da chuva, porque recebera a palavra profética do Senhor (18.1) e estava plenamente seguro de que nenhum deus pagão era maior do que o Senhor Deus de Israel, nem mais poderoso (18.21-24).

4) Não somente devemos orar segundo a vontade de Deus, mas também devemos estar dentro da vontade de Deus, para que Ele nos ouça e atenda. Deus nos dará as coisas que pedimos, somente se buscarmos em primeiro lugar o seu reino e sua justiça (ver Mt 6.33). O apóstolo João declara que “qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável à sua vista” (1Jo 3.22). Obedecer aos mandamentos de Deus, amá-lo e agradá-lo são condições prévias indispensáveis para termos resposta às orações. Tiago ao escrever que a oração do justo é eficaz, refere-se tanto à pessoa que foi justificada pela fé em Cristo, quanto à pessoa que está a viver uma vida reta, obediente e temente a Deus — tal qual o profeta Elias (Tg 5.16-18; Sl 34.13,14). O AT acentua este mesmo ensino. Deus tornou claro que as orações de Moisés pelos israelitas eram eficazes por causa do seu relacionamento obediente com o Senhor e da sua lealdade a Ele (ver Êx 33.17). Por outro lado, o salmista declara que se abrigarmos o pecado em nossa vida, o Senhor não atenderá as nossas orações (Sl 66.18; ver Tg 4.5 nota). Eis a razão principal por que o Senhor não atendia as orações dos israelitas idólatras e ímpios (Is 1.15). Mas se o povo de Deus arrepender-se e voltar-se dos seus caminhos ímpios, o Senhor promete voltar a atendê-lo, perdoar seus pecados e sarar a sua terra (2Cr 7.14; cf. 6.36-39; Lc 18.14). Note que a oração do sumo sacerdote pelo perdão dos pecados dos israelitas no Dia da Expiação não seria atendida se antes o seu próprio estado pecaminoso não fosse purificado (ver Êx 26.33).

(5) Finalmente, para uma oração eficaz, precisamos ser perseverantes. É essa a lição principal da parábola da viúva importuna (Lc 18.1-7; ver 18.1). A instrução de Jesus: “Pedi... buscai... batei”, ensina a perseverança na oração (ver Mt 7.7,8). O apóstolo Paulo também nos exorta à perseverança na oração (Cl 4.2 nota; 1Ts 5.17). Os santos do AT também reconheciam esse princípio. Por exemplo, foi somente enquanto Moisés perseverava em oração com suas mãos erguidas a Deus, que os israelitas venciam na batalha contra os amalequitas (ver Êx 17.11). Depois de Elias receber a palavra profética de que ia chover, ele continuou em oração até a chuva começar a cair (Ex 18.41-45). Numa ocasião anterior, esse grande profeta orou com insistência e fervor, para Deus devolver a vida ao filho morto da viúva de Sarepta, até que sua oração foi atendida (Ex 17.17-23).

PRINCÍPIOS E MÉTODOS BÍBLICOS DA ORAÇÃO EFICAZ.

1) Quais são os princípios da oração eficaz?

a) Para orarmos com eficácia, devemos louvar e adorar a Deus com sinceridade (Sl 150; At 2.47; Rm 15.11).
b) Intimamente ligada ao louvor, e de igual importância, vem a ação de graças a Deus (Sl 100.4; Mt 11.25,26; Fp 4.6).
c) A confissão sincera de pecados conhecidos é vital à oração da fé (Tg 5.15,16; Sl 51; Lc 18.13; 1Jo 1.9).
d) Deus também nos ensina a pedir de acordo com as nossas necessidades, segundo está escrito em Tiago: deixamos de receber as coisas de que precisamos, ou porque não pedimos, ou porque pedimos com motivos injustos (Tg 4.2,3; Sl 27.7-12; Mt 7.7-11; Fp 4.6).
e) Devemos orar de coração pelos outros, especialmente oração intercessória (Nm 14.13-19; Sl 122.6-9; Lc 22.31,32; 23.34).

2) Como devemos orar?

Jesus acentua a sinceridade do nosso coração, pois não somos atendidos na oração simplesmente pelo nosso falar de modo vazio (Mt 6.7). Podemos orar em silêncio (1Sm 1.13) ou em voz alta (Ne 9.4; Ez 11.13). Podemos orar com nossas próprias palavras, ou usando palavras diretas das Escrituras. Podemos orar com a nossa mente, ou podemos orar através do Espírito (i.e., em línguas, 1Co 14.14-18). Podemos até mesmo orar através de gemidos, i.e., sem usar qualquer palavra humana (Rm 8.26), sabendo que o Espírito levará a Deus esses pedidos inaudíveis. Ainda outro método de orar é cantar ao Senhor (Sl 92.1,2; Ef 5.19,20; Cl 3.16). A oração profunda ao Senhor será, às vezes, acompanhada de jejum (Ed 8.21; Ne 1.4; Dn 9.3,4; Lc 2.37; At 14.23; ver Mt 6.16).

(3) Qual a posição apropriada, do corpo, na oração?

A Bíblia menciona pessoas orando em pé (8.22; Ne 9.4,5), sentadas (1Cr 17.16; Lc 10.13), ajoelhadas (Ed 9.5; Dn 6.10; At 20.36), acamadas (Sl 63.6), curvadas até o chão (Êx 34.8; Sl 95.6), prostradas no chão (2Sm 12.16; Mt 26.39) e de mãos levantadas aos céus (Sl 28.2; Is 1.15; 1Tm 2.8).

EXEMPLOS DE ORAÇÃO EFICAZ.

A Bíblia está cheia de exemplos de orações que foram poderosas e eficazes.

1) Moisés fez numerosas orações intercessórias às quais Deus atendeu, mesmo depois de Ele dizer a Moisés que ia proceder de outra maneira.

2) Sansão, arrependido, orou pedindo uma última oportunidade de cumprir sua missão máxima de derrotar os filisteus; Deus atendeu essa oração ao lhe dar forças suficientes para derrubar as colunas do prédio onde os inimigos estavam exaltando o poder dos seus deuses (Jz 16.21-30).

3) Deus respondeu às orações de Elias em pelo menos quatro grandes ocasiões; em todas elas redundaram em glória ao Deus de Israel (17-18; Tg 5.17,18).

4) O rei Ezequias adoeceu e Isaías lhe declarou que morreria (2Rs 20.1; Is 38.1). Ezequias, reconhecendo que sua vida e obra estavam incompletas, virou o rosto para a parede e orou intensamente a Deus para que prolongasse sua vida. Deus mandou Isaías retornar a Ezequias para garantir a cura e mais quinze anos de vida (2Rs 20.2-6; Is 38.2-6).

5) Não há dúvida de que Daniel orou ao Senhor na cova dos leões, pedindo para não ser devorado por eles, e Deus atendeu o seu pedido (Dn 6.10,16-22).

6) Os cristãos primitivos oraram incessantemente a Deus pela libertação de Pedro da prisão, e Deus enviou um anjo para libertá-lo (At 12.3-11; cf. 12.5 nota). Tais exemplos devem fortalecer a nossa fé e encher-nos de disposição para orarmos de modo eficaz, segundo os princípios delineados na Bíblia.

O CRISTÃO É PLANTADO, NUTRIDO E PROTEGIDO PELO SENHOR


"Os cedros do Líbano que Ele plantou." (Sl. 104:16)

"O cristão é plantado, nutrido e protegido pelo Senhor."

Os cedros do Líbano simbolizam os cristãos, naquilo que se refere a terem sido inteiramente plantados pelo Senhor. Isto é a verdade absoluta de cada filho de Deus. O cristão não é plantado pelo homem, nem por si mesmo, mas é plantado por Deus.
A mão misteriosa do Espírito divino fez cair a semente da vida dentro do coração que Ele mesmo preparara para recebê-la. Cada verdadeiro herdeiro do céu pertence ao grande Agricultor que o plantou. Além disso, os cedros do Líbano não dependem do homem para regá-los; eles subsistem nas altas rochas não irrigadas pelo homem; e, no entanto, nosso Pai Celeste supre suas necessidades.
Assim é com o cristão que aprendeu a viver pela fé. Ele não depende do homem, mesmo nas coisas temporais; ele espera no Senhor seu Deus pelo seu sustento, e somente nEle. O orvalho do céu é sua porção e o Deus do céu o seu manancial. Mais uma vez, os cedros do Líbano não são protegidos por nenhum poder mortal. Eles nada devem aos homens para serem preservados das tempestades e ventos tormentosos. São árvores de Deus, mantidas e preservadas por Ele, somente por Ele. é exatamente a mesma coisa com o cristão. Ele não é uma planta de estufa, protegido das tentações; ele fica no local mais exposto; não tem refúgio, nem proteção, exceto esta, que as vastas asas do Deus eterno sempre abrigam os cedros que Ele mesmo plantou.
Como os cedros, os crentes são cheios de vigor, tendo vitalidade suficiente para estarem sempre viçosos, mesmo no meio das neves do inverno. Finalmente, o florescimento e as majestosas condições do cedro são somente para o louvor de Deus. O Senhor, e somente Ele, tem sido tudo para o cedro e, por isso, Davi, com muita doçura, colocou num de seus salmos: "Louvai ao SENHOR, árvores frutíferas e todos os cedros." (Sl. 148:9) No crente não existe nada que possa glorificar o homem; ele é plantado, nutrido e protegido pela própria mão do Senhor, e a Ele seja atribuída toda a glória.
Fonte: Morning and Evening — Charles Haddon Spurgeon

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

COMUNHÃO COM DEUS


    COMUNHÃO COM DEUS: Sem dúvida, George Muller foi um  cristão que experimentou durante toda sua vida o poder da oração. Ele sustentava orfanatos sem nunca pedir donativos para ninguém, tampouco tornar públicas as necessidades que tinha- ele simplesmente orava. E Deus sempre o supria na medida.
     Um de seus "segredos" era ler a Bíblia antes de orar. Ele dedicava as primeiras horas do dia para a oração, e iniciava isso lendo a Bíblia. Assim, seu homem interior era suprido, sua mente era cheia dos pensamentos de Deus e, então, espontaneamente uma oração de acordo com a vontade de Deus surgia. Muller testificava na presença de Deus, e podia apresentar-Lhe suas necessidades, confessar seus pecados e oferecer-se ao Senhor.
     Precisamos praticar isso. Muitas vezes, ao orar, estamos tão ansiosos por pedir coisas, por interceder por muitas pessoas, que nossa mente e coração ficam cheios de nossas coisas e da nossa vontade. Precisamos ser esvaziados das preocupações, e a melhor maneira é primeiramente ter contato com a Palavra de Deus. Mesmo apenas um ou dois versículos, se lidos com oração, com desejo de ter comunhão com o Senhor, são suficientes para nos preparar para entrar no Santos dos Santos.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

COMO ENSINAR OS FILHOS


COMO ENSINAR OS FILHOS



"Tu, meu filho Timóteo, desde a infância sabes as Sagradas Letras que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus." (Tm 3:15)
Só a palavra de Deus nos faz sábios para a salvação. Timóteo recebeu tal conhecimento na sua infância. Ele o aprendeu por meio da sua avó e da sua mãe, ambas cristãs, pela fé que estava nelas. Elas certamente praticavam o que está de acordo com Deutrenômio 6, pois Paulo falava da mesma fé que estava na sua vó Lóide e na sua mãe Eunice.
Esta fé passou de uma geração a outra e chegou até Timóteo. Deve ter havido uma fonte originadora que foi infundida de uma geração que conhecia a Deus à outra geração.
Além do conhecimento do Novo Testamento, Timóteo também tinha desde sua infânca, bom fundamento no Antigo Testamento. Ele era alguém que estava totalmente aperfeiçoado e equipado para ministrar a palavra de Deus, não somente no cuidado da igreja em sua cidade, como também no confronto com o crescente declínio da igreja em todo o mundo de sua época.
Hoje, todos os cristãos, especialmente os jovens, precisam do entendimento da palavra de Deus, tanto do Antigo como do Novo Testamento. é muito interessante que isso seja desde a mais tenra infância.
A palavra infância vem do latim e quer dizer: "Não falar" — ou seja, uma idade antes de aprender a falar. Timóteo, antes de aprender a falar, já estava sendo instruído nas sagradas letras.
Muitos pais cristãos não tem clareza de quando devem começar a ensinar a Bíblia aos filhos. Na vida de Timóteo, temos a resposta: mesmo antes de aprender a falar, devemos ensinar-lhes as sagradas letras. Isso não vai regenerá-los, mas poderá fazê-los sábios para a salvação.
Além disso, o conhecimento da palavra vai guardar a infância e a juventude deles da influência maligna do mundo. Pense sobre isso e comece já a ensinar a seus filhos.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

SUBMISSÃO, AMOR E BRANDURA




Coração
O maior sonho de todos os pais é ter um lar feliz. Mesmo aqueles que já desistiram, por qualquer motivo, já anelaram isso um dia. Avaliando a condição da maioria das famílias, percebe-se que são poucos os pais que atingiram o alvo. Tal insucesso dar-se-ia porque um lar feliz não passa de uma utopia ou seria o resultado da falha dos pais em não atentar aos princípios que Deus estabeleceu?
A carta que o apóstolo Paulo escreveu aos colossenses estabelece princípios que a esposa, marido, pais e filhos devem viver no seio familiar (Colossenses 3:18-21).
O primeiro grande princípio é que, antes de ser uma boa mãe, a mãe precisa ser uma boa esposa.
Dedicar-se primeiramente aos filhos antes de dedicar-se ao marido constitui erro grave. Há beleza no lar quando os filhos submetem-se à autoridade dos pais. Essa ordem é desejada por todas as famílias. De um fato todos nós devemos ter clareza: são as esposas as responsáveis por estabelecer o padrão de submissão no lar. Quando a esposa consegue submeter-se a seu próprio marido, torna-se desnecessário falar de autoridade e submissão para os filhos. O exemplo de submissão da esposa ao marido substituirá os gritos e as agressões físicas que os pais, às vezes, lançam mão para fazer os filhos enxergarem sua posição e dever. é uma lei: se a esposa grita, desobedece e faz pouco caso do marido, os filhos não somente aprenderão essa nociva lição, como também se voltarão mais tarde contra o pai, confrontando, assim, sua autoridade. Esposas submissas = filhos submissos.
O segundo grande princípio é que, antes de ser um bom pai, o pai precisa ser um bom marido. Pouco adianta o esforço do pai em dar presentes e fazer piqueniques com os filhos se a forma como ele trata a esposa é com amargura. Se o pai pudesse ter uma conversa sincera com os filhos e perguntasse-lhes o que mais alegraria seu pequeno coração, certamente a resposta seria que amasse profundamente a mãe deles. Os maridos geralmente desempenham erradamente seu papel de autoridade em casa. Eles pensam que exercer autoridade é mandar, humilhar e esbravejar quando as esposas não respondem a contento as suas reclamações. A verdadeira autoridade é exercida sem força, sem peso. A verdadeira autoridade é exercida com amor. Quando o marido ama verdadeiramente a esposa como ele ama o próprio corpo, a esposa submete-se ao esposo espontaneamente e os filhos entendem que o melhor caminho a trilhar com os pais e com os irmãos é amando-os.
O terceiro grande princípio está na correção branda dos pais ao corrigir os erros dos filhos. No passado erramos com nossos pais. Nossos avós e todos os outros filhos que vieram antes de nós também erraram bastante com seus pais; entretanto, achamos inadmissível que nossos filhos errem. Quando os filhos brigam uns com os outros, tiram notas baixas, mentem ou, por alguma razão, ficam introspectivos, a maioria dos pais reage de uma forma tão irritadiça que chegam a transparecer que desconhecem todos esses gestos e sentimentos e que jamais agiram de modo semelhante.
A irritação furta dos pais a possibilidade do diálogo, da sobriedade, do discernimento, do equilíbrio, da compreensão e da disciplina eficaz. Muitos pais, em vez de ajudarem os filhos que erraram, irritam os filhos, "jogando na cara" seus erros, deficiências e humilhando-os perante os outros. Por causa dessas atitudes, os filhos ficam bastante desanimados para prosseguir. A crítica amarga dificilmente produz bons resultados; pelo contrário, a crítica amarga elimina a esperança dos filhos, deixa-os na defensiva e gera no coração deles raiz de amargura. Não estamos incentivando a condescendência ou conivência com o erro cometido pelo filho. Entretanto, quando os filhos tiverem de ser corrigidos, devemos fazê-lo com brandura (Gálatas 6:1). Voltemos ao passado, lembremo-nos de que já cometemos o mesmo erro e nos perguntemos: "Como eu gostaria de, numa situação dessas, ser corrigido pelos meus pais?" Esse pequeno lapso de tempo pode desfazer a irritação e produzir caminhos mais criativos no trato do pai com o filho. Dessa forma fica mais fácil os filhos obedecerem.
Se aqueles que têm filhos desejam ser bons pais, precisam primeiramente ser boas esposas e bons maridos. Ambos precisam compartilhar submissão e amor um para com o outro. é somente dessa forma que bons pais surgem, é dessa forma que lares felizes surgem.
Fonte: Jornal árvore da Vida nº 146

FALTA DE DISPOSIÇÃO PARA OBEDECER A PALAVRA DE DEUS


Falta de Disposição para Obedecer à Palavra de Deus

Coração
Não apenas temos os pecados no lado negativo: a Bíblia nos mostra que ser negligente diante de Deus em nossa intenção de obedecer à Sua palavra também é pecado.
Irmãos e irmãs, quantos mandamentos de Deus vocês têm lido, e a quantos têm obedecido? Quantos maridos amam a mulher e quantas mulheres se submetem ao marido? Uma irmã disse certa vez que sabia que devia submeter-se ao marido, mas sempre discutia um pouco antes de submeter-se. Ela percebeu com o tempo que nunca havia tido uma verdadeira submissão conforme o padrão do mandamento de Deus. Isso, é claro, é pecado.
Quantos cristãos percebem que estar tristes é pecado? A Bíblia diz que devemos regozijar-nos sempre. Quantos cristãos têm obedecido a esse mandamento? Devemos ver que estar triste é pecado. Todos os que não se regozijam, pecam. O mandamento de Deus diz que por nada devemos estar ansiosos. Se estamos cheios de ansiedade, temos pecado. De acordo com o mandamento de Deus, estar triste e ansioso é pecado. Claro que, de acordo com o homem, estar triste ou ansioso não é pecado, mas a Palavra de Deus diz que a tristeza e a ansiedade são pecados.
Devemos em tudo dar graças. Deus manda que demos graças em tudo. Em tudo devemos dizer: "Deus, eu Te agradeço e Te louvo". Mesmo que encontremos dificuldades devemos dizer: "Deus, eu Te agradeço e Te louvo". Uma mulher que teve nove filhos pensava que a palavra sobre não estar ansiosos estava equivocada. Ela alegava que uma mãe precisa estar ansiosa. Achava que não estar ansiosa era pecado. Já havia perdido dois filhos em meio à sua ansiedade e acreditava que devia criar os outros sete com ansiedade. Essa irmã não entendia que a ansiedade é pecado; pensava que era sua obrigação estar ansiosa. Regozijar-se sempre é um mandamento de Deus. Não andar ansioso de coisa alguma também o é. Em tudo dar graças, mais ainda, é um mandamento de Deus. A vitória e a força nos capacitam para obedecer o que Deus manda. Os que não conseguem vencer não são capazes de guardar os mandamentos de Deus.
Agora, se você pensar: "Mas tenho muitos motivos para estar ansioso ou triste", considere o seguinte: acaso nós não colhemos aquilo que plantamos? Se prefiro viver ao meu modo, como a promessa de Deus será uma realidade pra mim?
Se para Deus não estar ansioso é um mandamento, deve ser mandamento pra mim também. Se para Ele, "alegrai-vos" ou "regozijai-vos" é um mandamento, para mim também é.
"Quanto ao mais, irmãos meus, regozijai-vos no Senhor. Não me é penoso a mim escrever-vos as mesmas coisas, e a vós vos dá segurança." (Filipenses 3:1)
Reconheça que precisa crer na palavra de Deus. Crer é receber. Por exemplo, sobre a ansiedade, o que diz a Bíblia?
"Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós." (I Pedro 5:7)
O que você acha, é um conselho ou mandamento? Acha que este cuidado de Deus é só se você concorda? Ele quer cuidar de você a todo o tempo, mas se você não crer, não terá outra opção exceto de cuidar de si mesmo. As palavras da Bíblia não devem ser interpretadas segundo nossa lógica, precisamos da luz de Deus para entendê-lO. Reconheça que não tem obedecido ao Senhor e que é ainda um cristão tão triste e ansioso. Sobre o que deveríamos estar ansiosos? Por buscar a presença do Senhor, isso é a única coisa que deixa Ele também ansioso, pois deseja ainda mais a nossa presença:
"ó Deus, tu és o meu Deus; ansiosamente te busco. A minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água." (Salmo 63:1)
Graças a Deus, há um caminho de volta: arrependimento. Se o homem se arrepende, Deus o restaura. Se quiser mesmo ser restaurado, volte-se para o Senhor, confesse seu pecado - esses dos quais falamos aqui - e arrependa-se, Ele será fiel com você.
Adaptado de "A Vida Que Vence" - Watchman Nee

COM ELEVAR A AUTO-ESTIMA DO SEU FILHO




Todos os pais devem esforçar-se para elevar a auto-estima de seus filhos. Quando uma criança possui auto-estima, significa que ela possui um forte senso de valor e de prestígio de si mesma. Esse sentimento lhe garante crescer sem complexo de inferioridade. O preço que ela dirá ter e a percepção de valor de seus amigos, parentes e as pessoas de um modo geral enxergarão nela é determinado pelo rótulo que os pais imprimirem nas crianças durante os primeiros anos de vida. Os pais são, por isso, os responsáveis pela etiqueta de valor que terão os filhos.

Não podemos esperar que o mundo faça isso. O mundo tornou-se muito competitivo e exigente, basta que os nossos filhos não atinjam a média na escola ou errem frente a seus parentes ou se estranhem com as outras crianças nos parques recreativos, para que várias palavras negativas sejam dirigidas sem misericórdia a elas, abalando, assim, sua base de sustentação e quebrando o termômetro que os mede como alguém importante: sua auto-estima.

Nosso lar, como um jardim, e nossos filhos como a cultura, precisam ser regados e devidamente adubados para crescerem fortes. Se somos estes que irão produzir filhos fortes, confiantes e bem consigo mesmos, não podemos deixar passar as oportunidades que nosso próprio lar proporciona. O lar pode se transformar em um viveiro produtor de filhos que gostam de si mesmos. Cultivar esse sentimento é fundamental para uma criança.

Quando permitimos que nossos filhos ajudem em casa varrendo o chão, enxugando a louça, atendendo o telefone, arrumando a própria cama, colocando os sapatos em lugar próprio, escovando os próprios dentes e fazendo uma infinidade de pequenas coisas que temos ao nosso dispor, sem dúvida, eles crescerão sentindo-se mais importantes e com uma saudável percepção de valor. Essa é a forma de transformar uma plantinha em uma grande árvore.

é certo que muitos desses serviços não sairão bem feitos, já que a vontade de ajudar da criança nem sempre corresponde com a maturidade que tem: estatura, coordenação motora, capacidade de discernir prioridades, etc. Esse é o grande motivo de os pais rejeitarem a ajuda que os filhos pretendem e gostam de dar. O que os pais geralmemente não percebem é que quando o serviço de uma criança é rejeitado, ela também sente-se rejeitada. Esse sentimento de rejeição é muito ruim para se conviver com ele. Um pai com visão nunca olha para o resultado do serviço que o filho presta, mas para o resultado que ocorre na pessoa dele. E não há melhor resultado do que este: ser estimado como alguém de grande valor.

Os filhos que crescem em um lar onde os pais agem como meros gerentes, sempre exigindo e esperando a melhor performance deles, correm o sério risco de tornar-se filhos tímidos e inseguros. Talvez preferirão, por medo de errar, não se aventurar em desempenhar as tarefas que lhe cabem ou não terão iniciativa de criar algumas outras. Que lástima! Quando nossas crianças são privadas desse senso de valor, não temerão, no futuro, gastar sua vida com o mundo, andar com o carro em alta velocidade, usar drogas, tatuar seu corpo, pois não aprenderam a gostar de si mesmas.

Por outro lado, se tivermos pais com as características de um bom jardineiro, que lança a semente, rega, aduba e que tem a paciência de esperar décadas, se for necessário, para ver os resultados, esses produzirão filhos positivamente destemidos, ousados e com mais capacidade de influenciar o grupo com que se relacionam do que serem influenciados por ele.

A vida de nossos filhos é preciosa demais para não ser usada por Aquele que sabe valorizar o homem - Deus. O preço que Ele pagou por nossos filhos foi suficiente para que eles se sintam os mais especiais do mundo.

Pais, permitam que seus filhos ajudem em casa, tenham paciência, gastem tempo com eles, ajam como bons jardineiros e digam-lhes, por favor, que eles são preciosos para Deus.
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domingo, 9 de setembro de 2012

AOS CASAIS

Oh! Senhor Jesus--( Aos Casais )
O amargo pode se tornar doce ler: Êxodo 15:22-26
"...Ás vezes nosso casamento passa pro situações amargas e difíceis porque o Senhor nos quer mostrar que em nosso ego não existe água pura que possa dessendentar. Deus por meio das circunstâncias, revela que não somente é amargo o que ocorre ao nosso redor mas todo o nosso ser também é amargo. Só a cruz de Cristo cu
ra nossa amargura e muda o que somos. somos doente física, emocional e espiritualmente. precisamos de socorro!... Em nossa vida cristã e em nosso relacionamento conjugal, se não andarmos em comunhão constante com o Senhor e não dependermos Dele, nos encontraremos várias vezes cansados e sedentos, mas só com águas amargas que não podem satisfazer nossa sede. o Senhor permite isso para que percebamos que, em nós mesmos, em nosso ego, não existe nada doce, nenhuma água que consiga saciar nossa sede. somente águas amargas. é também o que temos a oferecer ao conjugue....Após crermos no Senhor ainda precisamos ter um viver de obedecer ao Senhor e aplicar a cruz em nosso ser doente e amargo. Nossa cruz vem por meio de negarmos a nós mesmos, tomarmos a cruz de Cristo e seguir-Lo. percebemos desequilibrio em nossas emoções, assim como em nossas decisões carregadas de insegurança. até nosso corpo perde a força e adoece por causa do stress gerado pelas emoções desequilibradas. não adianta insistir para o Senhor mudar somente a situação exterior, pois nosso coração, que é a fonte de todos os nossos sentimentos é cheio de amargura, insatisfações, queixas contra o conjugue e contra o próprio Deus. Não aceitamos o seus caminhos., reclamamos das pessoas que nos cercam, do chefe, do conjugue, dos filhos, dos pais,dos amigos, como se Deus não estivesse fazendo nada a nosso favor! quando ouvimos a voz do Senhor , obedecemos à Ele , guardamos Seus mandamentos e rejeitamos toda a rebelião que há em nosso ser aí o experimentamos como nosso médico e remédio. Ele é o único que pode mudar uma situação amarga em doce e pode principalmente mudar nosso interior, onde está a fonte dos problemas... Abramo-nos a Ele: OH SENHOR JESUS!

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O QUE ACONTECE NO NOVO NASCIMENTO?


 Você Precisa Nascer de Novo

João 3:1-10

Ora, havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus. 2 Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de Deus; pois ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele. 3 Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. 4 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? 5 Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. 6 O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. 7 Não te admires de eu te haver dito: Necessário vos é nascer de novo. 8 O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito. 9 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode ser isto? 10 Respondeu-lhe Jesus: Tu és mestre em Israel, e não entendes estas coisas?

Nós começamos uma série de mensagens sobre o novo nascimento. Jesus disse a Nicodemos em João 3.3: "em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus". Ele estava falando com todos nós quando disse isso. Nicodemos não era um caso especial. Você e eu precisamos nascer novamente, ou não veremos o reino de Deus. Isso significa que nós não seremos salvos, não seremos parte da família de Deus, não iremos para o céu, mas para o inferno.

Nicodemos era um dos Fariseus, os líderes judeus mais religiosos. Jesus disse pra eles em Mateus 23.15 e 33, "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o tornais duas vezes mais filho do inferno do que vós ... Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação do inferno?". Então a série que começamos não é sobre um assunto secundário. É central. A eternidade está em questão quando se fala sobre o novo nascimento. "Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus".

O novo nascimento é desconfortável
Na primeira mensagem nós focalizamos as razões para essa série e os tipos de questionamentos que faríamos. A pergunta de hoje é: O que acontece no novo nascimento? Antes de tentar responder essa pergunta, deixe-me mencionar uma profunda preocupação que tenho sobre a maneira que esta mensagem será entendida. Estou ciente de que essa série de mensagens será desconfortável para muitos de vocês - assim como as palavras de Jesus são desconfortáveis para nós vez após vez, se as levamos a sério. Existem pelo menos três razões pra isso:

1) Por causa da nossa condição sem esperança

O ensinamento de Jesus sobre o novo nascimento nos confronta com nossa condição sem esperança espiritual, moral e legal, à parte da graça regeneradora de Deus. Antes de o novo nascimento ocorrer para nós, estamos espiritualmente mortos. Somos moralmente egoístas e rebeldes. Somos legalmente culpados perante a lei de Deus e estamos debaixo de Sua ira. Quando Jesus nos diz que devemos nascer de novo, Ele está dizendo que o nosso presente estado é desesperadamente irresponsável, corrupto e culpado. A não ser pela maravilhosa graça em nossas vidas, nós não gostamos de ouvir essas coisas sobre nós mesmos. Então é desconfortável quando Jesus diz que devemos nascer de novo.

2) Porque nós não podemos causar o novo nascimento

Ensinar sobre o novo nascimento é desconfortável porque isso envolve algo que é feito em nós, não algo que nós fazemos. João 1.13 enfatiza isso. Refere-se aos filhos de Deus como àqueles que “não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus". Pedro expõe a mesma coisa "bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança" (1Pe 1.3). Nós não causamos o novo nascimento. Deus causa o novo nascimento. Qualquer coisa de bom que fazemos é resultado do novo nascimento, não a causa dele. Isso significa que o novo nascimento está fora do nosso próprio alcance. Está fora do nosso controle. E isso confronta nossa inutilidade e nossa absoluta dependência de Alguém que não nós mesmos.

Isso é desconfortável. Ele nos diz que não veremos o reino de Deus se não nascermos de novo. E nos diz, ainda, que não podemos nascer de novo por nós mesmos. Isso incomoda.

3) Porque a liberdade absoluta de Deus nos confronta

Então, a terceira razão porque o ensino de Jesus sobre o novo nascimento incomoda, é porque nos confronta com a absoluta liberdade de Deus. A não ser por Deus, estamos espiritualmente mortos no nosso egoísmo e rebeldia. Somos filhos da ira por natureza (Efésios 2.3). Nossa rebeldia é tão profunda que não perceber ou desejar a glória de Cristo no evangelho (2 Coríntios 4.4). Portanto, se nascemos de novo, isso é baseado decisivamente e em ultima instância por Deus. A decisão dEle de nos dar vida não será uma resposta ao que nós espiritualmente fizemos, mas o que nós fazemos será a resposta por Ele nos ter dado vida. Para a maioria das pessoas, pelo menos inicialmente, isso é desconfortável.

Minha esperança: Calmo e Salvo, não somente incomodado
Então, conforme eu inicio a série, sei quão desconfortável esse ensinamento sobre o novo nascimento pode ser. E como eu quero ser cuidadoso. Não quero inquietar desnecessariamente almas tranquilas. E não quero dar falsa esperança para aqueles que têm confundido moralidade ou religião com vida espiritual. Por favor, orem por mim. Sinto-me como se tivesse almas eternas em minhas mãos nesses dias. E ainda sei que não tenho poder para lhes dar vida. Mas Deus tem. E tenho muita esperança que Ele fará como diz em Efésios 2.4-5 "Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo". Deus ama magnificar as riquezas da sua graça vivificadora, na qual Cristo é exaltado em verdade. Essa é a minha esperança: que essa série não somente incomode, mas que acalme e salve.

O que acontece no novo nascimento?
Vamos tratar agora dessa questão: o que acontece no novo nascimento? Tentarei responder em três itens. Trataremos dos dois primeiros hoje, e do terceiro falaremos domingo que vem, se Deus quiser: 1) O que acontece no novo nascimento não é admitir uma nova religião, mas receber uma nova vida, 2) O que acontece no novo nascimento não é meramente afirmar o sobrenatural em Jesus, mas experimentar o sobrenatural em você mesmo, 3) O que acontece no novo nascimento não é o melhoramento da sua antiga natureza humana, mas a criação de uma nova natureza humana (uma natureza que é verdadeiramente você, é perdoada e purificada, é realmente nova e está sendo formada pela habitação do Espírito de Deus. Vamos ver um ponto de cada vez.

1) Nova vida, não nova religião

O que acontece no novo nascimento não é admitir uma nova religião, mas receber uma nova vida. Leia comigo os três primeiros versos de João 3: “Ora, havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus. Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de Deus; pois ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele. Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.”

João faz questão de deixar claro que Nicodemos é um fariseu, poderoso entre os Judeus. Os fariseus eram o grupo mais religiosamente rigoroso dentre todos os grupos judaicos. A esse fariseu, Jesus disse (no verso 3), "Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus". E ainda mais pessoalmente no verso 7: "Necessário vos é nascer de novo." Logo, um dos pontos de João é: Toda a religião de Nicodemos, todo o seu maravilhoso estudo, disciplina e legalismo farisaicos não suprem a necessidade do novo nascimento. Na verdade, eles podem muito bem evidenciar a necessidade do novo nascimento.

O que Nicodemos precisa, e que você e eu precisamos, não é religião, mas vida. O motivo de referir-se a novo nascimento é porque nascimento traz nova vida ao mundo. Em um sentido, claramente, Nicodemos está vivo. Ele está respirando, pensando, sentindo, agindo. Ele é humano, criado à imagem de Deus. Mas evidentemente, Jesus pensa que ele está morto. Não existe vida espiritual em Nicodemos. Espiritualmente, ele não nasceu. Ele precisa de vida, não mais atividades religiosas ou zelo. Disso ele já tem muito.

Você se lembra do que Jesus disse em Lucas 9.60 ao homem que queria adiar seguir a Jesus para poder enterrar o seu próprio pai? Jesus disse: "Deixa os mortos sepultar os seus próprios mortos; tu, porém, vai e anuncia o reino de Deus". Isso significa que existem pessoas fisicamente mortas que precisam ser enterradas. E existem pessoas espiritualmente mortas que podem enterrá-las. Em outras palavras, Jesus pensou em termos de pessoas que andam por aí com aparência de muita vida, e que estão mortas. Na parábola do filho pródigo, o pai diz: "porque este meu filho estava morto, e reviveu". (Lucas 15.24)

Nicodemos não precisava de religião. Ele precisava de vida, vida espiritual. O que acontece no novo nascimento é que vida passa a existir onde não existia antes. Nova vida acontece no novo nascimento. Isso não é atividade religiosa, disciplina ou decisão. Isso é a vida passando a existir. Esse é o primeiro modo de descrever o que acontece no novo nascimento.

2) Experimentando o sobrenatural, e não somente o afirmando

O que acontece no novo nascimento não é a mera afirmação do sobrenatural em Jesus, mas experimentar o sobrenatural em você mesmo. No verso 2, Nicodemos diz "Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de Deus; pois ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele". E, outras palavras, Nicodemos vê em Jesus uma genuína atividade divina. Ele admite que Jesus viera da parte de Deus. Jesus faz as obras de Deus. A isso, Jesus não responde: "quem dera todos na Palestina vissem a verdade que você vê em mim". Ao invés disso, Ele disse: "se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus".

Vendo sinais e maravilhas, e se maravilhando com eles, e dando o devido crédito da operação de milagres a Deus, isso não salva ninguém. Esse é um dos maiores perigos dos sinais e maravilhas: você não precisa de um novo coração para se maravilhar com eles. A velha e caída natureza humana é tudo o que é necessário para se maravilhar com sinais e milagres. E essa velha e caída natureza humana quer reconhecer que o operador de milagres é da parte de Deus. O próprio diabo sabe que Jesus é o filho de Deus e opera milagres (Marcos 1.24). Não, Nicodemos, ver-me como um operador de milagres enviado por Deus não é a chave para o reino de Deus. "Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus".

Em outras palavras, o que importa não é meramente afirmar o sobrenatural em Jesus, mas experimentar o sobrenatural em você mesmo. O novo nascimento é sobrenatural, não natural. Ele não pode ser calculado por coisas que já são encontradas neste mundo. O verso 6 enfatiza a natureza sobrenatural do novo nascimento: "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito". A carne é o que somos. O Espírito de Deus é a pessoa sobrenatural que traz o novo nascimento. Jesus diz novamente no versículo 8: "o vento sopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito". O Espírito de Deus não é parte deste mundo natural. Ele está acima dessa natureza. Ele é sobrenatural. De fato, Ele é Deus. Ele é a causa imediata do novo nascimento.

Então, Nicodemos - disse Jesus - o que acontece no novo nascimento não é meramente afirmar o sobrenatural em mim, mas experimentar o sobrenatural em você mesmo. Você precisa nascer de novo. E não de maneira metafórica, mas de modo sobrenatural. O Espírito Santo de Deus precisa vir sobre você e trazer nova vida à existência.

No próximo encontro veremos as palavras do verso 5 mais de perto: "em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus". O que água e Espírito significam aqui? E como isso nos ajuda a entender o que acontece no novo nascimento?

Jesus é a vida
Mas hoje eu quero encerrar fazendo uma conexão crucial entre o novo nascimento pelo Espírito e ter vida eterna pela fé em Jesus. O que vimos até agora é que o que acontece no novo nascimento é obra sobrenatural do Espírito Santo que traz vida espiritual onde ela não existia. Jesus disse novamente em João 6.63: "o espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita".

Mas o evangelho de João esclarece outra coisa também: Jesus é a vida que o Espírito Santo concede. Ou podemos dizer: a vida espiritual que Ele dá, Ele só dá em conexão com Jesus. União com Jesus é onde experimentamos o sobrenatural, a vida espiritual. Jesus disse em João 14.6: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim". Em João 6.35, disse: "Eu sou o pão da vida". E em 20.31, João diz: "estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome".

Não há vida à parte de Jesus
Então, não há vida espiritual (vida eternal) longe de Jesus e da fé em Jesus. Nós teríamos muito mais a dizer sobre a relação entre o novo nascimento e a fé em Jesus. Mas deixe-me colocar assim por enquanto: no novo nascimento, o Espírito Santo une-nos a Cristo numa união vivificadora. Cristo é vida. Cristo é a vinha onde brota vida. Nós somos os ramos (João 15.1 e seguintes). O que acontece no novo nascimento é a criação sobrenatural de nova vida espiritual, e ela é criada pela união em Cristo Jesus. O Santo Espírito nos traz uma conexão vital com Cristo, que é o caminho, a verdade e a vida. Essa é a realidade objetiva do que acontece no novo nascimento.

E do nosso lado, o modo que experimentamos isso, é que a fé em Jesus é despertada em nossos corações. Vida espiritual e fé em Jesus vêm a existir simultaneamente. A nova vida faz a fé possível e uma vez que vida espiritual sempre desperta a fé e se expressa na fé, não há vida sem fé em Jesus. Portanto, nós devemos nunca separar o novo nascimento da fé em Jesus. Do lado de Deus, nós somos unidos a Cristo no novo nascimento. É isso que o Espírito Santo faz. Do nosso lado, nós experimentamos essa união pela fé em Jesus.

Nunca separe o novo nascimento da fé em Jesus
Veja como João coloca essas coisas juntas em 1 João 5.4: “porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”. Nascido de Deus – a chave da vitória. Fé – a chave da vitória. Porque fé é a maneira que experimentamos o nascer de Deus.

Veja agora como João diz isso em 1 João 5.11-12: “e o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida”. Portanto, quando Jesus diz, “o espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita” (João 6.63), e quando diz “você precisa nascer do Espírito” para ter vida, ele quer dizer: No novo nascimento, o Espírito Santo nos dá sobrenaturalmente nova vida espiritual ao nos conectar com Jesus Cristo pela fé. Porque Jesus é vida.

Então, nunca separe essas duas afirmações de Jesus em João 3: “se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (v.3) e “quem crê no Filho tem a vida eterna” (v.36).

AS SETE IGREJAS DE APOCALIPSE (Ap 1:20)


"E o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera." Mt 13:22 - fomos ensinados que deveríamos arrancar os espinhos, mas de acordo com a luz que recebemos atualmente vimos que o melhor é queimá-los.
A diferença entre o joio e o trigo: o joio não dá frutos e quando cresce fica reto, o que representa seu orgulho: quanto mais cresce, mais orgulhoso se torna. Já o trigo ao crescer dá sementes que fazem peso e o faz se inclinar, indicando sua humildade; quanto mais cresce mais frutos dá e mais humilde se torna.
Às vezes sofremos com pessoas que nos atacam e caluniam, querendo destruir a igreja. Nós os vemos como joio, e vamos até o Senhor para apresentar a situação e dizemos: "Senhor, arranca este joio que não me deixa receber a luz solar." Mas o Senhor lhe responde: "Não, você deve cre
scer mais para receber mais luz."
Quando você estuda a Bíblia, qual a parte de seu ser você usa? É a alma. Ao invés de negar a vida da alma, muitos cristãos a usam para ganhar conhecimento da letra e, ao fazerem comparações, se acham melhores que os demais. A situação de Éfeso era assim, e se agravou tanto que Timóteo adoeceu fisicamente a ponto de Paulo recomendar-lhe tomar um pouco de vinho, o que muitos cristão que vivem na alma tomam como licença para beber vinho.
A igreja em Tiatira representa a igreja Católica, que por um lado reconhece Cristo, mas por outro está na posição de Jezabel, que introduziu fermento (falsos ensinamentos) nas três medidas de farinha (a pura palavra do Deus Triúno) substituindo o nome do Senhor Jesus pelo de Maria. (Lc 13:21)
Sardes significa restaração. A igreja em Sardes representa o protestantismo que, através de Martim Lutero, tornou pública as Escrituras, mas não restaurou a igreja como deveria, pois ao conhecer a Bíblia, ao invés de restaurar a igreja se voltou para doutrinas e ensinamentos diferentes, causando ainda mais divisão.
A igreja em Filadélfia indica todos aqueles que guardam o nome e a palavra; são os que de coração puro invocam o nome do Senhor.
A igreja em Laodicéia refere-se àqueles que se acham abastados, que nada mais precisam receber.

DESOCUPADOS


"Porque o reino dos céus é semelhante a um homem, pai de família, que saiu pela manhã a contratar trabalhadores para a sua vinha. E tendo ajustato com os trabalhadores por um denário ao dia, enviou-os para a sua vinha. Saindo perto da terceira hora, viu outros que estavam no lugar desocupados; e lhes disse: Vão também vós para a minha vinha, e lhes darei o que seja justo. E eles foram. Saiu outra vez perto da sexta hora e da nona, e fez o mesmo. E saindo perto da décima primeira hora..." (Mt. 20:1-6).
Esta é a conhecida parábola dos trabalhadores da vinha. A décima primeira hora é a penúltima hora do dia, porque os hebreus dividiam o dia em doze horas, do amanhecer até o ocaso. Então, aqui faltava uma hora para que fosse concluído o dia de trabalho, e a essa hora, o dono da vinha"...achou outros que estavam desocupados; e lhes disse: por que estais aqui todo o dia desocupados?". No relato, a palavra desocupados aparece três vezes. O que significa isto, espiritualmente falando?
A vinha representa a obra de Deus. Agora, se nós estivermos fora da vinha, estamos desocupados. Como considera Deus nossa vida fora da vinha? Não importa quantas coisas façamos para nós mesmos, quantos planos desenvolvemos, quanta riqueza acumulemos. Para Deus, este é um tempo desocupado, sem proveito, sem fruto. É um tempo que não conta, não existe.
A vinha do Senhor é o âmbito de nosso trabalho. É nela onde podemos investir o tempo e ser achado úteis, ocupados, dando fruto. Isso não significa que tenhamos que deixar todas as nossas ocupações terrestres para nos dedicar à obra do Senhor em tempo completo. Não. Significa, simplesmente, estar no lugar que Deus quer, fazendo realmente o que Deus quer que façamos.
Você está, amado irmão, no lugar certo? Ou está fora da vinha? Talvez considere que está fazendo muita obra para Deus, mas mesmo assim, poderia estar fora da vinha. Lembra que é a Sua vinha, não nossa vinha; são Seus trabalhos, não nossos trabalhos.
Creio que, na vida de todos os servos de Deus, quando estamos muito atarefados ou muito desgastados servindo ao Senhor, chega um momento em que nos curvamos. E então nos perguntamos: "Estou realmente fazendo a obra de Deus?". E esta pergunta pode trazer um grande terremoto e até um dano em nossa vida. Tudo o que façamos fora da vinha será tempo perdido, será trabalho inútil, será obra sem valor para Deus.
Nesta parábola, esse dia de doze horas da manhã até a tarde, representa para nós toda a nossa vida. Talvez estejamos na décima primeira hora, e falte só uma hora para que se feche a porta. Estamos fora, desocupados, fazendo muitas coisas para nós mesmos? Estamos realmente servindo na vinha do Senhor? Como estamos ocupando os nossos dias?

VIVER COMO PASSARINHOS

Em muitas ocasiões ouvimos a expressão: “Não podemos viver como passarinhos”. A conotação que tem esta frase dentro da cultura popular se relaciona com a ideia de viver sem responsabilidades, sem preocupar-se com nada. Em nossa sociedade, isto é considerado como algo negativo, pois, o homem deve preocupar-se e assumir responsabilidades diante da vida. Assuntos como trabalhar e desta forma poder adquirir o necessário (ou talvez mais do que o necessário) para nos alimentar e nos vestir, são ações elogiáveis.

Olhemos com atenção esta expressão à luz das palavras de nosso Senhor Jesus, registradas em Mateus 6:26: “Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem recolhem em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas?”.

Viver como passarinhos não significa ausência de responsabilidade, pelo contrário. Deus não leva o alimento para as aves no ninho. Elas saem em busca do sustento que Deus lhes preparou e, através das capacidades que o Criador lhes outorgou, podem ir e recolher o necessário no lugar correto. Portanto, a vida das aves não é uma vida irresponsável.

O tema central aqui é a preocupação pelas coisas materiais e não a irresponsabilidade ou vadiagem. As aves não se preocupam, só saem em busca da comida que, elas sabem, foi preparada para esse dia. Elas saem, vão procurá-la, mas confiando em que a encontrarão, pois, conhecem o seu Criador. A vida das aves é uma vida de dependência absoluta, de espera confiada, não de preocupação.

Isto é um grande exemplo para nós, pois, sempre estamos preocupados pelas coisas que estão por vir e não sabemos descansar em Deus com respeito aos nossos planos e projetos. Sejamos como os passarinhos, confiemos em nosso Deus e Pai, aquele que conhece o nosso coração e sabe do que necessitamos. Ele nos proverá o necessário e nos dirá também onde e como. Aprendamos a lhe conhecer e então confiaremos muito mais nele. Só procuremos o seu reino e a sua vontade e esperemos nele.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

O INÍCIO DO MINISTÉRIO DE PAULO


Entrementes, Saulo assolava a igreja e “respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote e lhe pediu cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, caso achasse alguns que eram do Caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para Jerusalém” (At 9:1-2). Ele foi a Damasco para prender a todos que invocavam o nome do Senhor (v. 14). Mas aconteceu que “seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (vs. 3-5). Então Saulo entendeu que ao perseguir aqueles que invocavam o nome do Senhor, ele estava perseguindo 
o próprio Jesus.
Saulo creu, foi batizado e ousadamente pregava o evangelho. Ele era muito jovem e por onde passava discutia com os judeus, e estes intentavam matá-lo. Para guardá-lo, ele foi enviado para Tarso, sua terra natal. Tempos depois, Barnabé o levou para servir na igreja em Antioquia e o ajudou a exercitar seus dons.
Paulo ganhou muita graça e, de perseguidor daqueles que invocavam o nome do Senhor, se tornou um instrumento útil nas mãos de Deus. Um dia, quando ele estava servindo e jejuando junto com os demais irmãos em Antioquia, “disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado” (At 13:2). Eles foram enviados para pregar o evangelho, receberam o ministério e apostolado.
Apóstolo é aquele que é enviado da parte de Deus. O Senhor abençoou a obra deles porque estavam no espírito. Provavelmente eles invocavam o nome do Senhor e levavam as pessoas ao espírito. Isso nos revela um princípio: se pararmos de invocar o nome do Senhor, como os doze apóstolos fizeram, perderemos nossa função e o ministério que recebemos será entregue a outros, assim como ocorreu naquela época, quando o ministério foi passado para Barnabé e Paulo. Isto é, a responsabilidade de levar adiante a obra do Senhor recaiu sobre eles.

O QUE É A IGREJA?



Depois de salvos, precisamos prosseguir para ver a igreja. O que é a igreja? A igreja não é uma catedral, um local de reuniões, tampouco uma casa, um edifício, uma organização humana ou ainda um grupo religioso. Na língua original, a palavra igreja é ekklesia. Ela é composta de duas palavras: a primeira palavra é ek, que significa fora, e a segunda, klesia que significa chamar. A igreja, portanto, segundo o Novo Testamento, é a congregação dos que foram chamados para fora do mundo (1 Coríntios 1:2).

A igreja é o Corpo de Cristo (Efésios 1:22-23). Assim como Jesus tinha um corpo e usava-o para andar e se expressar, a igreja, como o Corpo de Cristo deve ser a expressão de Cristo na terra. Por isso é tão fundamental que a igreja desfrute as insondáveis riquezas de Cristo.
 Tudo o que Cristo é pode ser expresso pela igreja. Quando as insondáveis riquezas de Cristo são desfrutadas pelos santos, surge a igreja como a plenitude de Cristo, expressando tudo o que Ele é.

A igreja também é a casa do Deus vivo. Por todos os séculos, desde o princípio, Deus desejava ter um lar. Ele já tinha um trono para se assentar, um estrado para pôr Seus pés, mas carecia de uma casa para descansar (Atos 7:48-49). A igreja é a casa de Deus; é o lugar onde Ele pode ser manifestado na terra (1 Timóteo 3:15-16). No Antigo Testamento Ele estava em um lugar inacessível, mas com a edificação do tabernáculo e depois com a edificação do templo, Ele teve uma morada temporária, onde Sua Pessoa poderia ser achada e buscada pelos filhos de Israel. No Novo Testamento, quando Cristo se encarnou, Ele armou um tabernáculo entre os homens; assim, onde quer que Cristo estivesse, ali estava Deus. Agora, depois que o Senhor Jesus morreu, ressuscitou e ascendeu, se alguém quiser buscá-Lo, onde O encontrará? Aleluia! Hoje Deus está na igreja, Sua casa, Sua residência entre os homens, e essa é a razão pela qual Ele deseja estabelecer uma igreja em casa cidade.